O verdadeiro objetivo do conhecimento profético se alcança apenas pela reforma interior, e não pelo conhecimento acumulado em si mesmo.

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terça-feira, 26 de julho de 2022

O Sistema de Crédito Social

Olá a todos,

Você já ouviu falar do Sistema de Crédito Social?

O Sistema de Crédito Social é uma espécie de lista de pontuação de alcance nacional, que está sendo aplicada pelo governo da República Popular da China desde 2020, sobre sua população de 1,451 bilhão de pessoas, ou 18% da população global.

Sistema de Crédito Social chinês visa, basicamente, monitorar os cidadãos do Pais e pontua-los de acordo com suas ações. De acordo com a pontuação, os cidadãos são enquadrados pelo Governo chinês como Positivos ou Confiáveis, e Negativos ou Não Confiáveis. 

Baseado nisso, os cidadãos passam a ter facilidades e dificuldades de acesso a produtos e serviços, públicos e privados, inclusive viagens e até mesmo oportunidades de emprego.

Em uma Sociedade em que o Estado já controla a internet, a imprensa, a religião e toda a manifestação artística, só faltava mesmo controlar diretamente o comportamento de seus cidadãos, em seus atos cotidianos.

Um cenário parecido com o descrito na obra literária “1984”, de George Orwell, publicada em 1949.

A história do livro se passa no então distante ano de 1984, em um futuro onde o Estado impõe um regime totalitário para toda sociedade global, através da vigilância do Grande Irmão, o Big Brother. Por isso o programa de TV tem este nome, devido a vigilância total e por 24 horas por dia.

Neste cenário, qualquer adversário do Big Brother é um inimigo, um representante do mal absoluto, e sua eliminação é condição de sobrevivência do próprio regime.

LEIA:

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O programa chinês iniciou testes regionais em 2009, antes de lançar um piloto nacional em 2014, autorizando oito empresas chinesas a experimentar o desenvolvimento de sistemas de crédito social para os cidadãos.

Dentre elas se destaca o gigantesco Ant Group, dono dentre outros do grupo Alibaba, ou ainda a Tencent, gigante chinesa do ramo de soluções eletrônicas.

Em 2018, esses esforços foram centralizados no Banco Popular da China, o Banco Central chinês.

Ainda em 2018, restrições foram impostas aos cidadãos, o que a mídia estatal chinesa descreveu como o primeiro passo para a criação de um sistema de crédito social em todo o país, focado no  comportamento financeiro desonesto e fraudulento.

Em novembro de 2019, outros comportamentos passaram a listar oficialmente como fatores negativos de classificações de crédito: tocar música alta ou comer em metrôs/trens, violar as regras de trânsito, atravessar fora da faixa de pedestres e violar o sinal vermelho, fazer reservas em restaurantes ou hotéis e não comparecer, deixar de separar corretamente os resíduos pessoais, usar de forma fraudulenta carteiras de identidade de outras pessoas em transporte público e fumar.

Por outro lado, os comportamentos listado como positivos incluem doar sangue, doações a instituições de caridade, trabalho voluntário para serviços comunitários ou ainda, elogiar os esforços do governo em redes sociais.

Em 2020, o Governo chinês finalmente completou a uniformização, a nível nacional, da avaliação da reputação econômica e social dos cidadãos e das empresas.

O sistema de crédito social está intimamente relacionado aos sistemas de vigilância em massa da China, que incorporam reconhecimento facial (ou outros dados biométricos), de inteligência artificial e tecnologia de análise Big Data.

LEIA:

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VIDEO DA NBCNews

(ingles)


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Até junho de 2019, de acordo com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, 27 milhões de passagens aéreas, bem como 6 milhões de passagens de trens de alta velocidade, foram negadas a pessoas consideradas "não confiáveis".

Leva de 2 a 5 anos para ser removido do conceito negativo, mas a remoção antecipada é possível se a pessoa se esforçar “positivamente”.

Eventualmente, informações pessoais de pessoas "não confiáveis" são disponibilizadas para a sociedade e exibidas online, e em locais públicos como cinemas e ônibus. Em algumas cidades, filhos de residentes "não confiáveis" podem ser preteridos de se inscrever em escolas particulares e universidades. 

Já pessoas com alta classificação de crédito podem ter um menor tempo de espera em filas de hospitais e agências governamentais, descontos em hotéis e probabilidade maior de receber ofertas de emprego, por exemplo.

Os defensores do Sistema de Crédito afirmam que o sistema ajuda a regular o comportamento dos cidadãos e promove os valores morais tradicionais.

Os críticos afirmam, com razão no meu entendimento, que o sistema ultrapassa o estado de direito e invade a privacidade. Que infringe direitos legais de residentes e organizações, especialmente o direito à reputação e à dignidade pessoal. 

Além disso, o sistema é uma poderosa ferramenta para vigilância governamental, e para repressão de dissidências do Governo Chinês ou de medidas adotadas por ele.

Segmentar a sociedade entre indivíduos "confiáveis" e "não confiáveis" me recorda a situação retratada no filme "Gattaca", em que as pessoas são classificadas como "Validas" e "Inválidas", de acordo com seu perfil genético, e é claro, as "válidas" obtinham variados privilégios.

Portanto, uma das consequências em potencial deste Sistema, principalmente em Regimes Democráticos, é a segregação e fragmentação social de acordo com a pontuação dos indivíduos, e o perigo deste cenário é a radicalização das diferenças comportamentais e sociais que já existem.

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Em 2022 os gabinetes gerais do Comitê Central do Partido Comunista da China e do Conselho de Estado emitiram nova diretriz sobre a base de desenvolvimento do sistema de crédito social.

O controle da qualidade de produtos e serviços será aprimorado, e a oferta de produtos e serviços de qualidade no mercado interno será ampliada, observando que a China também atuará no combate a produção e a venda de produtos falsificados, propaganda ilegal e publicidade falsa. Também melhorará o sistema de crédito social para proteção ecológica e ambiental. 

A diretriz de 2022 também pede a construção do sistema de crédito social para o mercado de capitais.




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Crédito social ao estilo chinês chega à Itália

A cidade de Bolonha, na Itália, a partir de setembro de 2022, colocará em funcionamento a “Carteira do Cidadão Inteligente”, que recompensará as pessoas com “pontos digitais” por se envolverem em comportamentos como reciclagem, uso de transporte público e ativamente tentando usar menos energia em suas vidas diárias. Os pontos digitais poderão ser resgatados para fazer compras ou receber descontos em experiências culturais.

A novidade está sendo apresentada pela prefeitura de Bologna, com a Smart Citizen Wallet, uma carteira para "cidadãos virtuosos" que visa "premiar" quem, por exemplo, faz a triagem correta lixo, usa transporte público ou não recebe multas. A adesão é opcional e os interessados em fazer parte poderão aderir ao sistema através de um aplicativo. 

Esta é a fórmula pela qual, se você fizer exatamente tudo o que o estado prescreve, você terá vantagens econômicas. Se isso não ocorrer, poderá ser um problema para você.

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democracia que usa reconhecimento facial para registrar seus cidadãos
(Agosto/2022) 

Departamento de Assuntos Internos da Austrália começou a construir um banco de dados nacional de reconhecimento facial em 2016 — e parece pronto para implementá-lo.

Em janeiro de 2022, lançou uma licitação para uma empresa "construir e implantar" os dados. "O reconhecimento facial está à beira de uma implantação relativamente ampla".

"A Austrália está se preparando para usar o reconhecimento facial para permitir o acesso a serviços governamentais. E entre os órgãos de segurança pública, há definitivamente um desejo de ter acesso a essas ferramentas". (Matéria Jornalística)

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VIDEO DO UTUBE

(portugues)

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Futurista?

O episódio Nosedive da terceira temporada de Black Mirror, de 2016, mostra um futuro em que cada ação é avaliada com um sistema de um a cinco estrelas, semelhante à avaliação de aplicativos como Uber e iFood, o que alias é amplamente incentivado.

A personagem Lacie Pound, interpretada por Bryce Dallas Howard, enlouquece com o sistema, que envolve todos os aspectos de sua vida, desde as fotos postadas em suas redes sociais até brigas com vizinhos. Até mesmo esquecer de dar bom dia para o garçom do restaurante, pode ser motivo de perda de pontos.

O cenário real chinês se diferencia do episodio da TV, principalmente porque  no episódio Nosedivea pontuação é obtida pela medição de outros cidadãos. Na China, assim como na iniciativa italiana, o score individual é apurado apenas pelo Governo.

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Algo assim pode ocorrer em países Democráticos?

Sem duvida que SIM.

O exemplo acima de Bologna, na Itália, é uma das iniciativas neste sentido, ocorrendo em um Pais democrático, Europeu, membro da OTAN e da UE

Há vários países praticando censura sobre seus cidadãos, como a Rússia, o Irã, Arábia Saudita, Cuba, Vietnã ou Síria. Todos estes e variados outros países cujas as liberdades individuais não são respeitadas e são suprimidas, são candidatos "imediatos", do ponto de vista social e politico, para o implemento de um sistema de Crédito Social nos moldes da China. Portanto, Teocracias e Ditaduras são candidatos naturais.

E há outros países mais democráticos e que "apenas" rastreiam de alguma forma as comunicações de seus cidadãos ou os próprios, como Israel, Tailândia, Turquia, Reino Unido, EUA, Dinamarca, Austrália ou França.

Existem motivações diferentes nestas iniciativas, algumas são para exercer controle, outras para exercer vigilância, mas todas exercem influência sobre suas Sociedades, algumas de forma ostensiva, outras de forma sutil. Mesmo nestes Governos mais tolerantes e democráticos, a necessidade de controle social existe, e nenhum meio físico, eletrônico ou de propaganda, é descartado para esta função. 

Então, assim como no passado afirmei neste Blog que a biometria avançaria e que a privacidade decairia profundamente, dentre outras afirmações, entendo que sistemas similares ao Crédito Social começarão a surgir pelo Mundo democrático, de forma amigável, voluntária e oferecendo vantagens econômicas, mas no fundo, com as mesmas funções de controle e monitoramento.

Não é a mesma coisa, mas se você (brasileiro) parar para pensar no impacto que o PIX trouxe a bancarização da população brasileira, já que milhões de pessoas passaram a ter uma conta bancária para pagar e receber, dá pra perceber o impacto que teria um sistema de alcance nacional ou mesmo global, que trouxesse vantagens sociais e econômicas diárias a seus participantes. 

Nós já oferecemos nossos dados para obtermos descontos em lojas, sites e supermercados. Se no passado recente éramos zelosos com nosso numero de identidade ou CPF, hoje em dia fornecemos estes dados até pra comprar aspirina.

Um próximo passo é o esperado.


LEIA:


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A Origem

O termo "Crédito social" foi originalmente criado para representar uma filosofia distributiva interdisciplinar, desenvolvida por C. H. Douglas (1879-1952), um engenheiro britânico que publicou um livro com esse nome em 1924. Sua tese engloba economia, ciência política, história e contabilidade.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Oportuno recordar Isaias


(clique nas imagens do Blog para amplia-las) 



Olá Srs.

em menos de 3 anos o Egito teve dois golpes de Estado e duas Constituições.

O primeiro Presidente eleito desde sempre, sofreu um Golpe de Estado, recado claro aos futuros pretendentes ao cargo, que já estão sabendo quem realmente manda por lá.

O Governo civil parece ser apenas uma fachada, e quem desagradar os militares "roda" sem dó e nem piedade, um País sem Leis ou Instituições democráticas que garantam uma transição natural de Poder.

Recado também as parcelas da população que defendem a aplicação do islam na política do País e em outros países da Região, de que via de regra, serão cerceados em suas demandas, e se obterem algum sucesso, serão tratados como párias pela Comunidade internacional, que durante este Golpe de Estado se calou vergonhosamente. Não sou partidário de teocracias, considero que Estado e Religião devem ser separados, mas eles foram democraticamente eleitos no Egito, e democraticamente deveriam ser alijados do Poder, dentro das Regras estabelecidas e aceitas por todos.

Que futuro se pode esperar de um País sem Instituições democráticas, e com um povo que está achando normal que se pratiquem Golpes de Estado bi-anuais? E pior, um País ainda mais dividido agora do que antes, polarizado entre islamitas (mais radicais) e islâmicos, e entre estes e os coptas cristãos?

O egipcio médio sofre com desemprego, com crise econômica, com o custo de vida, e alguém acha que isso vai melhorar com rapidez? Srs., quem se arrisca a fazer turismo em um País que está sempre em revoltas? Quais industrias investem em Países sem regras perenes? Quais investidores colocam dinheiro em Mercados instáveis?

Então são estes aspectos que trazem emprego, renda, progresso, e também por isso o Governo Mursi caiu em desgraça popular, porque o golpe anterior abalou a confiança no País. E agora eles repetem o engano, novamente jogando a credibilidade institucional do País no lixo. Os turistas não voltarão com o mesmo empenho, os investimentos sumirão, as industrias evitarão o País. A situação economica não vai melhorar rapidamente e a insatisfação vai tornar a crescer.

Eu espero estar enganado, mas não estou vendo um bom futuro para o Egito, porque com ou sem repressão dos militares, a mim parece certo que virá a reação destes que foram alijados do Poder democraticamente conquistado, em um País que não tem, aparentemente, os meios institucionais para sair de uma situação de impasse como a que foi criada.

A Comunidade Internacional erra ao endossar o Golpe, e faz isso por mera conveniência, por temor do que um Governante pró-islamico poderia fazer no País e na região, esquecendo-se da tal "Democracia", que neste caso era inconveniente.

Baseado nisso, eu acho sinceramente que o pior está por vir no Egito, mas espero estar errado.


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Oportuno recordar Isaias:


"Peso do Egito. Eis que o SENHOR vem cavalgando numa nuvem ligeira, e entrará no Egito; e os ídolos do Egito estremecerão diante dele, e o coração dos egípcios se derreterá no meio deles. Porque farei com que os egípcios, se levantem contra os egípcios, e cada um pelejará contra o seu irmão, e cada um contra o seu próximo, cidade contra cidade, reino contra reino. E o espírito do Egito se esvaecerá no seu interior, e destruirei o seu conselho; e eles consultarão aos seus ídolos, e encantadores, e aqueles que têm espíritos familiares e feiticeiros. E entregarei os egípcios nas mãos de um senhor cruel, e um rei rigoroso os dominará, diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos." (Isaias 1:1-4)

Também em Isaias 17:1 se fala sobre a Síria: “Peso de Damasco. Eis que Damasco será tirada, e já não será cidade, antes será um montão de ruínas."

Portanto podemos ter aqui a citação profética do porvir do Egito : guerra civil.

As consequências disso serão muitas, algumas imprevisíveis, mas o Egito é o País árabe que mantém o “tampão” dos animos árabes contra Israel, já que assinou em 1979 e mantém em vigor os “Acordos de Camp David”,  que garantiram a Paz entre o País e Israel. Qualquer ameaça a este acordo é uma ameaça direta a Israel, ao EUA e aos interesses ocidentais na região. 

Provavelmente esta seja a maior razão do beneplácito ocidental com o Golpe.

Mas podemos também antever uma forte perseguição aos cristãos coptas egpicios, que já sofrem problemas por lá e representam uns 8 milhões de individuos, em um País com 80 milhões de habitantes, o que indica que haverá muita carnificina se permitido. E também podemos antever que haverão levantes em outros países, motivados por este novo conflito, que já é cercado de conflitos pelas mesmas razões na Líbia, Sudão, Mali, Síria, Etiópia, Yemen, Etiópia e outros.
 

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Isaias

Ao fim de Isaias 1, é dito  sobre a conversão do Egito e fala da Assíria, ligando-as em comunhão neste cenário profético, e estas em comunhão com Israel.

A descrição é compatível com o fim dos eventos proféticos, que conforme descritos, culminarão em comunhão entre os homens, e entre eles e DEUS.

Mas peço que se observe a região citada.

E ferirá o SENHOR ao Egito, ferirá e o curará; e converter-se-ão ao SENHOR, e mover-se-á às suas orações, e os curará; Naquele dia haverá estrada do Egito até à Assíria, e os assírios virão ao Egito, e os egípcios irão à Assíria; e os egípcios servirão com os assírios. Naquele dia Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios, uma bênção no meio da terra.” (Isaias 19:22-24)


Assíria, em verde

Comparem com o mapa político atual.

Oriente Médio


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Das Hadits do Corão sobre dajjal, o anticristo bíblico :

"Ele surgirá entre Shaam e o Iraque, e seu surgimento se tornará conhecido quando ele estiver em Isfahan em um lugar chamado Yahudea"

O Reino de Shaam ou Grande Síria, que abrangia a própria Síria, parte do atual Iraque, Líbano, Jordânia, Israel e parte da Península Arábica.


Al-shaam


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Daniel

E outro dia eu lí um estudo de um terceiro sobre Daniel, e achei interessante o entendimento, mas  principalmente o Mapa, lembrando que "Mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei" (Daniel 8:21).

E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode (Grécia) tinha um chifre insigne entre os olhos (Alexandre o Grande). E dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto em pé diante do rio, e correu contra ele no ímpeto da sua força. E vi-o chegar perto do carneiro, enfurecido contra ele, e ferindo-o quebrou-lhe os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão. E o bode se engrandeceu sobremaneira; mas, estando na sua maior força, aquele grande chifre foi quebrado; e no seu lugar subiram outros quatro também insignes, para os quatro ventos do céu. (Cassandro, Lisimaco, Ptolomeu, Seleuco) (Daniel 8:5-8)

Nesta região indicada surgirá um “chifre pequeno”, e a descrição não deixa dúvida de que é o anticristo, principalmente pelo trecho "E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo".

E de um deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a terra formosa. E se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou. E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra.” (Daniel 8:9-11)


De onde surgirá o "chifre muito pequeno".


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Ezequiel

Em Ezequiel, livro presente nas três religiões abraâmicas, Judeus, Cristãos e Islâmicos, há a narrativa sobre Gog e Magog, citando os povos envolvidos :

"Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, dirige o teu rosto contra Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque, e Tubal, e profetiza contra ele. E dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal; E te farei voltar, e porei anzóis nos teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos com primor, grande multidão, com escudo e rodela, anejando todos a espada; Persas, Puche, e os de Pute com eles, todos com escudo e capacete; Gomere todas as suas tropas; a casa de Togarma, do extremo norte, e todas as suas tropas, muitos povos contigo." (Ezequiel 3:1-6)

- Jafé é associado a uma etnia branca que ocupou a área da atual Turquia, Armêrnia , formando um povo chamado pelos gregos de Citianos (Scythians – Sakas ou Sakai), que se espalhou também por toda a Ásia, chegando até mesmo na Índia, e posteriormente também Rússia e a Europa.

- Meseque e Tubal = os povos descendentes de Jafé que ocupam as regiões citadas, novamente, Turquia, Armêrnia e Rússia.

- Persas = iranianos;

- Puche = povos negros do chifre da áfrica (etiopes, núbios, sudaneses);

- Pute = ancestrais dos libios e outros povos árabes da áfrica do norte, como os egipcios, Algerianos, Tunisianos e Marroquinos.

- Gomer = ligado aos povos do norte do mar negro

- Togarma = refere-se principalmente aos povos da atual Georgia, Armenia e Azerbaijão.

Mapa aproximado das etnias citadas em Ezequiel


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A análise destes Mapas acima me fez recordar outro de meu próprio entendimento, que eu chamo de "o grande V", retirado do texto "Eixo Paquistão, Índia e China", texto de 2009.




"Estes três países (Paquistão, Índia e China) serão decisivos na questão futura, pois se alinharão com a Confederação do ac, e isso por variadas razões.






È importante entender que neste tripé, cada País tem por sí só círculos de influência que serão relevantes no cenário futuro, então não falamos apenas destes países, e sim de um eixo de influência capitaneado por estes países.



Boa parte destes países são fronteiriços, formando um teórico "corredor" ferrestre desde a Coréia do Norte, passando pela China, Índia, Paquistão, Irã e Turquia, o qual se chega a Europa."


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Então Srs., 

temos Isaias falando da região, ligando-a inicialmente a conflitos, temos Daniel falando sobre a região e ligando-a a ascensão do anticristo, e temos o Corão dizendo o mesmo. E neste rol de mapas, temos também a citação de Ezequiel, narrando as etnias que irão compor Magog, que em boa parte, são da região.

No mapa "o grande V", é possível obervar de forma mais ampla que estes países estão também vinculados a outros, que em outras narrativas, são relevantes para o cenário profético.

Todos apontam para a mesma região e áreas limítrofes, ligados a um contexto de guerra e apostasia, para só depois disso, haver a comunhão com DEUS e entre os homens.








Curiosidade :

Verifique a região nos 
Supostos Mapas proféticos.






Com a colaboração de

(clique nas imagens do Blog para amplia-las) 



 


sexta-feira, 16 de março de 2012

A Teoria do "Grande Teatro"

         

Olá a todos

Aqui no Blog é possível ler sobre o que eu chamo de “Eixo Paquistão, Índia e China”, o qual afirmo dentre outras coisas que  “O Paquistão, assim como a Coréia do Norte e o Irã, possui tecnologia de mísseis e tecnologia nuclear graças a China. A tecnologia fluiu entre estas quatro Nações, de forma que as três citadas, Coréia do Norte, Paquistão e Irã,  puderam desenvolver tecnologias próprias nestas esferas, sendo que esta afinidade é patente e já bem demonstrada por órgãos de inteligência e mesmo na mídia.”.

Além das afinidades indicadas neste texto e seu complemento, “Rússia, China e EUA no fim dos tempos”, tenho notado uma certa repetição de eventos no cenário mundial, que me levam a teorizar sobre algo que eu chamo de o “grande teatro”, ou simplesmente “teatrão”.

O sentido é intencionalmente jocoso, porque ao que me parece, ele tem que ser perceptível a Governos e Órgãos de Inteligência, o que indica que faz parte do “jogo entre as Nações”, fruto da "diplomacia de canhões" com a "diplomacia dos salões".

Mascaras gregas

Portanto é um “grande faz de conta de verdade”, em que pessoas acabam morrendo, e no qual valioso tempo e valiosos recursos são gastos.

Lembrando que é apenas uma teoria baseada na observação, basicamente o estes eventos são :

- ameaças de ataque ao Irã
- continuidade do desenvolvimento de mísseis e nuclear do Irã, apesar das ameaças.
- Oposição sistemática da Rússia e da China a um ataque ao Irã, e mesmo contra determinadas  
represálias, que na prática não são respeitadas, e NINGUEM reclama disso de forma efetiva.
- ameaças de ataque a Coréia do Norte
- continuidade do desenvolvimento de mísseis e nuclear da Coréia do Norte, apesar das ameaças.
- Oposição sistemática da Rússia e da China a um ataque a Coréia do Norte, e mesmo contra 
determinadas represálias, que na prática não são respeitadas, e NINGUEM reclama disso de
forma efetiva.

Com isso, é possível perceber que existe há anos, uma ALTERNÂNCIA entre os focos de tensão no Pacífico e no Oriente Médio.

Esta percepção se iniciou através do Boletim MidiaeProfecia, no qual é possível acompanhar uma série de informações sobre a Coréia do Norte e suas continuas ameaças sobre destruir o vizinho do Sul, sobre bombardear o Japão e mesmo, sobre atacar o EUA com misseis balísticos.

Algumas destas ameaças deviam ser levadas a sério, mas muitas não, talvez não na intensidade com o qual o EUA e outros fizeram crer.

Houveram diversos momentos em que a tensão foi real, em que mortes ocorreram e chegou-se perto de um conflito, mas mesmo nestes momentos a tensão sempre diminui em seguida. E as ameaças norte-coreanas, efetivas ou não, se alternam com a pressão exercida sobre o Irã, e isso torna a ocorrer agora.

Um dos eventos que mais me chama a atenção neste "teatrão", além das diversas “ameaças vazias” levadas a cabo pelo Governo Norte-Coreano, e curiosamente levadas a sério por centros de inteligência e Governos adversários, foi o afundamento da Corveta sul-coreana Cheonan, ocorrido em Março de 2010, algo envolto de mistérios.   Quem afundou o navio, os norte-americanos, a China, a própria Coréia do Sul ?
Cheonan - Causas possíveis para o afundamento

            Acusaram a Coréia do Norte, então a questão é que uma embarcação de guerra, em missão de patrulha, foi atacada e destruída por uma Nação estrangeira e hostil, matando 46 militares. E perceberam que nada aconteceu ?

Nesta direção do “nada aconteceu”, já perceberam também que se fala sobre um ataque ao Irã, a propósito de armas nucleares, desde 2006? Sim, já fazem 6 anos e nada ocorreu, os iranianos estão há meses (ou semanas) da sua primeira bomba atômica, se já não a tem.

E como bônus o Irã aproveitou estes seis anos para desenvolver e adquirir mais e melhores armas, construir bunkers mais profundos, maiores e melhor defendidos, ao ponto de terem criado um concreto específico, o “super-duro”, capaz de resistir a bunker-busters.



Mas se há uma encenação, quem a comanda e com qual o objetivo ?

Conforme comentado no texto “Eixo Paquistão, Índia e China”, percebo uma polarização entre interesses mundiais, que embora ainda em estágio de formação, já é bem perceptível nas grandes decisões da economia e política.

Assim como houve no passado, o interesse chinês em compartilhar determinadas tecnologias, de forma a dividir os esforços de inteligência e bélicos das potencias ocidentais, embora fortalecida no presente, a China ainda não tem como fazer frente a um eventual embate pelo controle do Pacífico, ou ainda pelos recursos energéticos do Oriente Médio.

Rotas de fluxo de Petróleo e Gas


A China investe pesadamente, e para exemplificar, acabou de anunciar um aumento significativo de recursos em suas forças armadas, ainda este ano, com uma planificação de aumento anual até 2015. De 2004 até 2013, o orçamento militar oficial da China, aumentou 170%. Só de 2013 para 2014, o orçamento militar chinês teve um aumento de 12%, ultrapassando os US$ 130 bilhões em números oficiais, já que o valor real nunca será conhecido.

Mas ainda precisa de seus “satélites” atuando, por exemplo Coréia do Norte e o Irã,  de forma que possa de alguma maneira, controlar melhor os eventos mundias, influencia-los de acordo com seus interesses, mas principalmente, criar uma situação em que seja necessário que seus adversários, principalmente o EUA, dividam permanentemente suas tropas e equipamentos bélicos, com a perspectiva constante de uma batalha em duas frentes.. E enquanto isso, fortalece seus aliados ao mesmo tempo em que, conjuntamente, investe em auto-desenvolvimento bélico e tecnológico.

Então os focos de tensão ficam oscilando entre os "participantes" deste “teatrão”, de forma que na prática, nenhum deles seja atacado.

As coisas esquentam com o Irã? A Coréia do Norte anuncia ameaças.
A Coréia se acalma? O Paquistão ameaça romper com o EUA.
 O Paquistão é resolvido? Irã fala em manobras ou testes.
O Irã se aquietou? A China ameaça Taiwan.

Taiwan

E assim vai, até que se chegue ao ponto que se deseja, o ponto em que a perspectiva de a China e seus aliados ganharem um embate, seja real.

Dividem foco mundial e obrigam seus adversários a dividirem esforços, e a encararem a possibilidade do "pesadelo" de uma guerra em larga escala e em duas frentes, Eurásia e Pacífico.

LEIA:


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Atualização de texto
Dezembro-2014

Este texto original foi publicado em 16 de Março de 2012, e deveria vir recebendo atualizações desde então, afinal os fatos não pararam e não param de acontecer.

Logo em seguida no tempo, no dia 30 de Março de 2012, a Coréia do Norte realizou dois testes com mísseis de curto alcance, com a capacidade de atingir o Japão e a Coréia do Sul.

Ainda no inicio de Março de 2012, poucos dias antes da publicação do original deste texto, o EUA firmou com a Coréia do Norte um acordo visando parar as atividades de sua usina de enriquecimento de urânio. Em troca o EUA forneceria fundos e alimentos, e se comprometia a baixar sanções e dar sequência ao diálogo, visando uma melhora na relações.

Mas em Abril de 2012 a Coréia do Norte surpreendeu o Mundo ao anunciar que lançaria seu segundo satélite (o primeiro foi lançado em 2009) com um míssil Taepodong-2.  

Contrariando o Conselho de Segurança da ONU, a Coréia do Norte lançou sem sucesso o míssil em 12 de Abril de 2012, que falhou e caiu no Mar Amarelo (Yellow Sea). Recordemo-nos que em Maio de 2009, a Coréia do Norte também realizou o seu segundo teste nuclear, o que gerou amplos protestos da comunidade internacional.

Por conta da quebra do acordo de Março de 2012, a ajuda alimentar a Coréia do Norte, fornecida pelo EUA e pela Coréia do Sul, foi suspensa. Devido a problemas naturais em solo norte-coreano e a interrupção da ajuda alimentar externa, milhares de norte-coreanos morreram de fome naquele ano, em um País em que a população passa fome há anos, também devido a uma política deliberada do Estado Norte-Coreano para controlar de todas as formas sua população. Houveram inclusive relatos de canibalismo nas zonas rurais do País, devido a escassez de alimentos.

As prioridades Norte-coreanas são seu desenvolvimento tecnológico bélico e suas Forças Armadas, um dos maiores exércitos do Mundo, com aproximadamente 1 milhão efetivos ( 2014), e mais de 4 milhões de reservistas . 

A dificuldade destes números é sua precisão, ou seja, não há informações confiáveis por parte do Governo Norte-coreano, mas são estimativas realistas feitas, em sua maioria, com base na espionagem. Mesmo os números do orçamento militar norte-coreano variam muito de fonte para fonte, e pela mesma razão. 

Mas COM CERTEZA o orçamento militar do País é muito menor do que o do EUA, que em 2014 irá girar em torno de US$ 577 bilhões. Mesmo a previsão "mais otimista" em relação ao orçamento militar da Coréia do Norte, aponta para valores em torno de US$ 8 bilhões, superada por países como a Índia, China, Coréia do Sul e mesmo o Japão.  

É claro, estes números declarados pelo Ocidente são os orçamentos legais que podem ser divulgados, mas todos sabemos que há fundos que fazem parte do esforço militar ou de inteligência que não são divulgados. 

No EUA por exemplo, chamam estes fundos de bilhões de dólares "invisíveis" de "Orçamento Negro", e é claro que a Coréia do Norte também tem "seus fundos que ninguém sabe de onde vem", afinal um País que tem um PIB em torno de US$ 40 bilhões, ou seja, 14 vezes MENOR do que apenas o orçamento militar de seu principal inimigo, o EUA, não tem como lhe ser ameaça real ou mesmo lhe fazer face.

Então o suporte da Coréia do Norte vem de outro lugar, de outro País ou Países que lhe proporcionam acesso a fundos e a tecnologia, que possibilitam o País a desenvolver armas nucleares e os mísseis de alta tecnologia para carrega-las.

Já sabemos qual é o principal suporte da Coréia do Norte, está dito mais acima neste texto, é a China.

Em Abril de 2012, o EUA acusou diretamente a China de auxiliar a Coréia do Norte em seu programa de mísseis, e mais recentemente, em 08 de Outubro de 2014, foi publicado um artigo no The Interpreter, organismo especializado na análise de eventos internacionais, traduzido em português pelo DefesaNet, com o nome "China e a Unificação das Coréias - A importância do "para-choque", em que é dito que "manter a Coreia do Norte suspensa representa um profundo interesse da China em termos de segurança, e isso vai atrasar a unificação da península ao máximo. Como na maioria dos casos em se tratando da política externa de Pequim em relação a Pyongyang, acho essa abordagem cínica e manipuladora. A China manipula o suposto pior país do mundo com pouca preocupação acerca da opressão terrível dentro do território. Por um lado enfatiza a importância de sua própria reunificação com Taiwan, e por outro age tacitamente para negar o mesmo processo aos coreanos."

Portanto Srs., a opinião aqui expressada em 2012 ("Mas se há uma encenação, quem a comanda e com qual o objetivo?") vem sendo confirmada pelos fatos, e os fatos não podem ser mantidos obscuros diante de uma escancarada "política do para-choque" aonde a Coréia do Norte atua testando os limites, principalmente das potencias com interesse no Pacífico, a mando ou com o beneplácito de Pequim. 

Eventualmente a China pronuncia-se pedindo moderação a seu "protetorado" norte da Península coreana, mas sem dúvida isso não passa de retórica política, pois os fatos demonstram-se por si só, e continuaremos a citar alguns, para que fiquem ainda mais evidentes.

Península Coreana

A Coréia do Norte manteve durante todo o ano de 2012, e ainda mantém, um discurso bélico e ameaçador, contribuindo grandemente para o aumento da tensão no Pacífico e fazendo com que EUA e China entrassem várias vezes em conflitos de interesses. 

Finalmente em Dezembro de 2012, a Coréia do Norte anunciou um novo lançamento de um satélite, e novamente enfrentou forte oposição internacional. O lançamento desta vez foi um sucesso, e mais uma vez a Comunidade internacional nada pode fazer.


Em Janeiro de 2013, a Agencia Oficial de Noticias da Coréia do Norte divulgou nota: "Não estamos disfarçando o fato de que vários satélites e foguetes de longo alcance que iremos disparar e um teste nuclear de alto nível que iremos realizar, estão direcionados para os Estados Unidos", disse a Comissão Nacional de Defesa da Coreia do Norte, segundo a agência estatal de notícias KCNA.

Em 12 de Fevereiro de 2013, o País realizou seu terceiro teste nuclear, e novamente a Comunidade internacional condenou, aprovou sanções e etc, mas nada de prático além da falatória e da retórica foi feito. O País ainda ameaçou, dizendo que iria realizar novos testes nucleares visando fortalecer seu poder de "dissuasão nuclear". Em Maio de 2013, dava quase como terminado mais um novo reator nuclear, que segundo especialistas, teria a capacidade de enriquecer plutônio para bombas. Em 2014 esta análise foi confirmada através de monitoramento por satélite.

Ainda em Julho de 2013, especialistas já apontavam para a possibilidade técnica de mais um teste nuclear da Coréia do Norte, e em 7 de Outubro de 2014, a Coréia do Sul advertiu ao Mundo que a Coréia do Norte elevou seus esforços de guerra e declarando "2015 como o ano em que completará a unificação" (da Penísula).

Enfim, o País atua como um joguete, realizando o "trabalho sujo" que outros não podem realizar, e com isso ganha proteção (alias muita proteção) e fundos; faz o que quer e nada acontece.

Como já dito, "um grande faz de conta de verdade, em que pessoas acabam morrendo, e no qual valioso tempo e valiosos recursos são gastos", mas que na prática, vem trazendo instabilidade e fazendo com que os  investimentos militares da região aumentem perigosamente.

Seu ditador, Kim Jong-Un é icônico como seu Pai, Kim Jong-Il. Seriam quase figuras queridas e simpáticas, não fossem os absurdos de toda a ordem cometidos por seu Regime. Recentemente, em algo que seria cômico se não fosse verdade, o Governo Norte-Coreano proibiu seus cidadãos de ter o nome de seu Líder, e  quem já tem o mesmo nome, tem que troca-lo. 

Kim Jong-Il e Kim Jong-Un (Pai e Filho)

Não é uma recomendação para a troca de nome, é uma ordem com sérias consequências para quem não cumpri-la, e para exemplificar, quando da morte de Kim Jong-Il, em dezembro de 2011, o povo foi filmado nas ruas e quem não estava "chorando de verdade", segundo o critério do Regime, foi punido.

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Sobre a China especificamente, a política implementada de indiretamente desafiar a comunidade internacional através do apoio as ações da Coréia do Norte, tem tido como custo principal a piora das relações entre o País e o EUA, e está cada vez mais claro para ambos e para os demais, que os países rumam em direção a um conflito bélico no futuro, caso permaneçam na disputa atual.

A região Ásia-Pacífico foi estabelecida como prioridade da ação geopolítica norte-americana desde o final de 2011, e o motivo principal já está dito, a China, que por sua vez, busca diminuir ao máximo a presença e a influência dos norte-americanos na região. Por causa disso o EUA, e também para dissuadir a Rússia diante da atual tensão entre os países,  decidiu intensificar a renovação de seu arsenal nuclear.

Por outro lado, a China investe pesadamente em novas tecnologias bélicas e na modernização de seu exército, e tem sido um dos expoentes em um novo tipo de ataque mortal, o cibernético. Em 15 ou 20 anos, o País irá rivalizar com o EUA em poderio bélico.

Cyberguerra China e EUA
Hackers afirmam que o EUA vem perdendo esta guerra

Embora não seja tão evidenciado como para o EUA, o desenvolvimento bélico chinês é notável, e por exemplo, foi o primeiro País a exibir tecnologia para destruir satélites. Em Dezembro de 2014, o Presidente da China Xi Jinping, "pediu pelo desenvolvimento mais rápido de novos equipamentos militares avançados para construir um Exército mais forte.".

LEIA:

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A Rússia torna-se cada vez mais aliada da China neste cenário, também por ver seus interesses prejudicados na Ucrânia, e mais recentemente com as sanções ocidentais por causa do apoio aos separatistas russos.  Daí volta-se cada vez mais aos seus pares asiáticos, notadamente a Índia e a China.

Em Junho de 2013, o Instituto Internacional de Pesquisas sobre a Paz de Estocolmo (Sipri), divulgou um estudo sobre o arsenal atômico mundial, em que afirma que a China, o Paquistão e a Índia, desde 2012, aumentaram e mantém a tendência de aumento de seus arsenais nucleares.

Lembro que os três países citados DÃO O NOME ao texto de 2008 chamado "Eixo Paquistão-Índia-China", que ilustra um cenário a longo prazo, possível do ponto de vista prático e profético, envolvendo principalmente estes 3 países e a Rússia. Recomendo sua leitura porque faz parte integrante do contexto deste texto, e embora tenha sido escrito há 6 anos, permanece bastante atual.


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Países como o Irã e Taiwan permanecem no cenário internacional, embora neste momento com menos intensidade do ponto de vista bélico. Menos em foco na mídia, mas 100% relevantes.

O Irã se aproximou Diplomaticamente do EUA, e posteriormente aceitou limitar seu programa nuclear e coloca-lo sob a supervisão da AIEA, em um acordo que vem sendo aparentemente cumprindo por Teerã, e isso diminuiu a pressão que o País recebia. Mas envolve-se agora contra uma nova força que surgiu no Oriente Médio, o  EIIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante); em inglês Islamic State of Iraq and the Levant (ISIL); ou ainda EIIS (Estado Islâmico do Iraque e da Síria) ou em inglês Islamic State in Iraq and Syria (ISIS), e isso traz consequências ainda imprevisíveis.

Território aproximado, controlado pelo EIIL

Também eclodiu a Guerra civil na Síria, o principal aliado do Irã no Oriente Médio, conflito que surgiu dos protestos na chamada "Primavera árabe", em 2011. O que esperava-se seria um conflito rápido com a derrota de Bashar Al-Assad, perpetua-se em combates que já duram 3 anos, e agora com a presença de outra força combatente já citada, o EIIL, e isso também levou a uma mudança nos rumos da política externa de Teerã.

Primavera árabe


A Líbia, que também enfrentou uma guerra civil para derrubar Kadafi do Governo, segue para a desagregação territorial, com milicias diversas lutando entre si para tomar o poder central. 

A Líbia já conta com representantes do EIIL fornecendo suporte técnico, bélico e ideológico, arregimentando seguidores e controlando algumas cidades líbias.

Neste cenário, recomendo a leitura dos textos "Oportuno Recordar Isaías" e "Guerras e Rumores de Guerras".


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Taiwan estabeleceu uma espécie de moratória com a China, e em Fevereiro de 2014 houve o primeiro "Diálogo Oficial"  entre os países, desde 1949.

Logo "China e Taiwan" 


Ainda assim, em outubro último, a China declarou que "espera que continuem relações "pacíficas" com Taiwan após eleições".

"Esperamos que nossos compatriotas do outro lado do estreito mantenham os frutos duramente trabalhados em nossas relações e que juntos salvaguardemos e continuemos contribuindo para um desenvolvimento pacífico das relações através do estreito", diz a declaração.

Para "bom entendedor", há uma ameaça contida nas entrelinhas de que a China não aceitará um retrocesso nas "negociações de aproximação", a retórica da China para dizer reintegração de Taiwan.

A China não aceita um NÃO com relação ao que considera seu território, e como exemplo disso temos  as manifestações para Democracia em Hong Kong, região  que foi inglesa em solo chinês, reintegrado a China em 1997, e que conta por isso de um sistema especial de Governo, chamado de "Região Administrativa Especial" que fornece relativa autonomia do Poder Central ("Um País, Dois Sistemas").

Ainda assim, a população local insatisfeita com a pressão do Governo Central Chinês, manifestou-se por mais Liberdade e Democracia e foi combatida com violência pelo Governo da RAE (Região Administrativa Especial), por pressão de Pequim, até que finalmente os líderes desistiram dos protestos.


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E assim seguimos, até que se chegue ao ponto que se deseja.

Até lá iremos conviver com neste "Grande Teatro",  em que pessoas morrem 
e recursos valiosos são desperdiçados.

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LEIA:



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Kimilsungismo
** Acréscimos 10/2022 **

Kimilsungismo, Ideologia Juche, ou apenas Juche, é uma filosofia política nascida do período de resistência à colonização japonesa na Coreia, que defende que os mestres da revolução e da construção social são as massas populares.

Juche em coreano pode ser traduzido como "Mestre de si próprio", e é uma ideologia centrada no homem, explicando o papel e a função que o mesmo exerce no mundo. Segundo essa ideologia, as massas são donas de tudo e forjam seu próprio destino. A construção e o progresso do socialismo só pode surgir delas. 

A ideologia fala essencialmente que o homem é que domina o mundo, com seu espirito criador, sua independência e sua consciência.

Kim-Il Sung, o primeiro líder da Coreia do Norte, de 1948 até sua morte, foi o idealizador da Ideologia Juche, e durante a resistência anticolonial coreana, ele buscou trazer as bases do marxismo leninista à realidade coreana, misturando elementos de culto a personalidade, do xintoísmo, do budismo e mesmo do cristianismo. 

As pessoas na Coreia do Norte rezam para a foto do grande líder, que faleceu em  8 de julho de 1994. Todos os anos, em 15 de abril, no aniversário de nascimento de Kim-Il Sung, fundador e presidente eterno da Coreia do Norte, comemora-se o Dia do Sol, que é o feriado nacional mais importante do país, o equivalente ao Natal em países ocidentais.

O Juche tem sido promovido pelo governo norte-coreano na política de Estado, e faz parte do sistema educacional desde que o conceito foi elaborado em 1955. Em 1977, o Juche substituiu o marxismo-leninismo na constituição da Coreia do Norte, solidificando a sua posição como ideologia oficial do país.

Me parece óbvio que o Juche não é focado no desenvolvimento individual da população Norte-coreana, e sim coletivo enquanto Estado forte, repressor, e com a manutenção de sua oligarquia.

Se algum dia houve a intenção de um foco real no desenvolvimento universal dos habitantes da Coreia do Norte, isso se perdeu há muito.

Resta hoje é o Culto a Kim-Il Sun e a sua dinastia,  Kim Jong-il e atualmente  Kim Jong-un, que na prática se comporta como um reinado absolutista, em um País fechado para o Mundo, e cuja a população não tem seus Direitos humanos básicos garantidos, principalmente caso falem ou façam qualquer coisa que desagrade o Estado ou sua liderança.   

Norte-coreanos não podem escolher aonde morar e nem aonde trabalhar, pais não podem escolher aonde seus filhos estudam, não há internet e nem chamadas internacionais por telefone, não há programas de TV ou radio estrangeiros, sequer musica estrangeira. Viajar dentro do Pais, só com permissão, e para o exterior é praticamente impossível. E a lista segue infindável, desde o corte de cabelo legalmente aceito, até prisão por porte de pornografia.

Calendário Juche

Este calendário é utilizado somente na Coréia do Norte, e segue a ideologia Juche. Os meses, semanas e dias têm a mesma marcação do calendário Gregoriano. 

A contagem cronológica do Calendário Juche começou em 1912, ano do nascimento de Kim Il-Sung, cultuado quase como uma divindade no país.  Os anos anteriores ao nascimento de Kim Il-Sung são grafados com o número, precedido da expressão A.J.

Em 2022, o calendário Juche está no ano 110.



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