O conceito de Arrebatamento aqui comentado, é o que defende que algumas pessoas, devido a sua Religião e Fé, serão levadas em vida e diretamente ao Céu, sem passarem pela morte.
Neste entendimento, o pensamento mais difundido é que isso ocorrerá sem que os supostos escolhidos experimentem as dificuldades do processo profético descrito na Bíblia, e que envolve guerras, perseguições religiosas e mudanças grandiosas em nosso Mundo, desde o ponto de vista social e geopolítico, até mudanças geofísicas. Ou seja, os supostos escolhidos escapariam de vivenciar a chamada “Grande Tribulação”.
Esta variação de pensamento sobre o Arrebatamento chama-se pré-tribulacionismo, ou seja, o Arrebatamento acontecendo antes da Tribulação. O conceito do Arrebatamento admite mais duas variações que serão comentadas neste texto, o midi-tribulacionismo (ou meso-tribulacionismo) e pós-tribulacionismo.
O livro biblico 1 Tessalonicenses é indicado como um dos mais diretos sobre a questão do Arrebatamento, segundo quem defende o conceito do Arrebatamento.
"Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras." (1 Tessalonicenses 4:13-18)
Antes dos demais comentários, ao lermos 1 Tessalonicenses 4, percebemos que o Arrebatamento será ao final da Tribulação, ou como se costuma dizer, será um evento pós-tribulacionista.
O texto narra o Arrebatamento como um evento que ocorrerá após a Parusia, a segunda vinda de Jesus, e após a ressurreição dos mártires, os que foram mortos ao longo das eras por sua Fé cristã.
Como o retorno de Jesus (Parusia) marca o final dos eventos da Tribulação narrados no Apocalipse, não pode haver dúvida baseado em 1 Tessalonicenses 4 de que um eventual Arrebatamento seria um evento pós-tribulação, ou seja, está situado após toda uma série de dramáticos eventos narrados na Revelação e em outros textos proféticos.
O conceito do Arrebatamento admite três variações: pré-tribulacionista, midi-tribulacionista (ou meso-tribulacionismo) e pós-tribulacionista, dependendo do trecho bíblico usado para a defesa da tese ou ainda da interpretação de alguém.
A visão mais difundida é a pré-tribulacionista, que defende que o Arrebatamento ocorrerá antes da tribulação e contrariando 1 Tessalonicenses 4. Como veremos no decorrer deste texto, há outras inconsistências entre o que se afirma e o que se apura biblicamente, quando o assunto é Arrebatamento.
A visão midi-tribulacionista (ou meso-tribulacionismo) defende que o Arrebatamento se dará concomitante aos eventos narrados no Apocalipse, portanto dentro do cenário da tribulação e antes de seu fim.
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Objetivo
A questão principal que vou abordar neste texto é se o conceito do Arrebatamento pode ser levado a sério com base nas evidências da Bíblia, e se de fato isso representaria o sumiço físico das pessoas sem experimentarem a morte.
Se podemos mesmo considerar que há evidencias bíblicas sólidas, conforme afirmam alguns, de que algumas pessoas sairão da Terra para entrar direto na vida espiritual e no Céu, com seus corpos físicos e sem morrer, isso por causa de sua Fé.
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O profeta Enoque e o profeta Elias
Há citações na Bíblia sobre o profeta Enoque e o profeta Elias, que segundo o entendimento de alguns, afirmam que ambos foram arrebatados, ou seja, que ascenderam ao Céu, diretamente com seus corpos físicos.
Profeta Enoque
"E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou.” (Gênesis 5:22-24)
O trecho do Gênesis 5 sobre Enoque, fala sobre a genealogia de Adão, seus tempos de vida e suas descendências. Não narra nenhum fato em particular, mas cita por duas vezes a frase: “E andou Enoque com Deus”.
Na primeira citação da frase acima, o texto diz que Enoque gerou seu filho Matusalém, e segue informando que “foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos”.
Considerando o contexto do Gênesis 5, que trata da informação da genealogia de Adão e dos tempos de vida de suas descendências, é informado que Enoque viveu 365 anos, portanto deduz-se pelo texto que ele morreu. Mas há um diferencial.
Com os demais membros desta genealogia, de Adão até o Pai de Noé, Lameque, é utilizada no fim de cada pequena narrativa, a frase “e morreu”. Para Enoque a frase foi diferente:: “e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou”.
Isso reforça a quem crê, embora bastante interpretativo, que Enoque foi arrebatado, mesmo que o texto não explique em que circunstância.
Sobre a exagerada longevidade dos personagens citados, é impossível imaginar uma pessoa vivendo por quase 4 séculos, como Enoque, mas sua longevidade não é a única. Matusalém seu filho e Jerede seu pai, teriam vivido 962 anos cada um, o que faria Enoque com 365 anos, um jovem rapaz quando “não apareceu mais”.
A possibilidade mais provável sobre esta longevidade extrema, é que os anos foram contados de forma diferente da atual, e não devem ser interpretados literalmente.
Mas para os que acreditam na literalidade destas narrativas de pessoas vivendo por novecentos anos, o Gênesis 6:3 oferece uma explicação para o fato de isso não estar acontecendo até hoje, quando narra que “Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.“ (Gênesis 6:3)
Portanto em Gênesis 6:3, nos é informado que DEUS determinou que a vida do homem fosse mais curta, 120 anos.
Sabemos que são pouquíssimos os seres humanos que conseguem ultrapassar os 100 anos de idade, e a maior idade registrada ao longo da história foi da francesa Jeanne Louise Calment, que nasceu em 1875 e faleceu em 1997, aos 122 anos de idade.
Mas o trecho de Gênesis 6:3 é utilizado por alguns para justificar o motivo de o homem não viver mais por centenas de anos, embora isso não explique porque a absoluta maioria de nós não viva sequer o número de anos que supostamente nos foram determinados.
A expectativa de vida na Europa por volta do ano 1000 dc, era de apenas 25 anos de idade. Atualmente esta média no continente Europeu ultrapassa os 80 anos, portanto mesmo no Continente mais desenvolvido do planeta, ainda estamos distantes de uma longevidade mediana de 120 anos.
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A segunda citação do trecho “E andou Enoque com Deus”, vem na sequencia: “E andou Enoque com Deus, não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou”.
A mim o trecho reforça a ideia da morte física de Enoque, mas a ausência da frase “e morreu” ao fim de sua narrativa, conforme presente em todos os demais citados em Gênesis 5:22-24, é um diferencial real.
Uma explicação que me parece possível é que Enoque tenha simplesmente desaparecido, e não foram realizados os ritos ligados a sua morte, portanto ele não morreu, “Deus para si o tomou.”
Profeta Elias
Sobre Elias, “E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros! E nunca mais o viu” (2 Reis 2:11-12)
O contexto deste trecho na Biblia, narra a ida de Elias junto com seu discípulo Eliseu, que no futuro seria considerado um profeta, da cidade de Gilgal para a cidade de Betel.
No caminho eles foram separados e Elias “subiu ao céu num redemoinho”.
No caminho eles foram separados e Elias “subiu ao céu num redemoinho”.
Existem entendimentos diferenciados do que seria o “carro de fogo, com cavalos de fogo”, alguns ligando inclusive a extraterrestres, e o redemoinho poderia ser interpretado como algum tipo de rastro de propulsão de uma suposta nave espacial ou algo assim.
Eu não saberia afirmar o que seria o ‘carro de fogo, com cavalos de fogo”. Me parece uma narrativa simbólica, mas vamos considerar por um segundo se DEUS precisaria enviar um carro de fogo para arrebatar Elias.
Mesmo os que acreditam nesta narrativa, considerando-a descrição real dos acontecimentos, perceberão que no exemplo de Enoque não houve aparato algum, nenhum carro de fogo ou redemoinho, ele apenas se foi.
E em Tessalonicenses, que supostamente fala do futuro Arrebatamento, não há nenhuma menção a carros de fogo.
Se a narrativa de carros de fogo representa mesmo um Arrebatamento, então devemos concluir que DEUS precisou de algum tipo de equipamento para Elias ascender aos Céus?
Isso não faz muito sentido, ainda mais porque o suposto Arrebatamento de Enoque não foi assim, e nem os trechos interpretados como o futuro Arrebatamento, tem descrições neste sentido.
Isso não faz muito sentido, ainda mais porque o suposto Arrebatamento de Enoque não foi assim, e nem os trechos interpretados como o futuro Arrebatamento, tem descrições neste sentido.
O que me parece é que a interpretação da narrativa de Eliseu sobre Arrebatamento de Elias, é precipitada ou errônea.
Embora eu não esteja descartando que Eliseu de fato presenciou algum evento de natureza fantástica ocorrendo com Elias, considero que interpretar a narrativa automaticamente como Arrebatamento não é possível, pois como dito, há várias interpretações.
Embora eu não esteja descartando que Eliseu de fato presenciou algum evento de natureza fantástica ocorrendo com Elias, considero que interpretar a narrativa automaticamente como Arrebatamento não é possível, pois como dito, há várias interpretações.
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O termo ‘arrebatamento’ em outros livros da Bíblia
Existem outros textos bíblicos que utilizam a palavra “arrebatamento”, mas com outros significados.
João no Apocalipse
O termo é usado por João no Apocalipse, quando ele diz que foi “arrebatado no espírito no dia do senhor”, tentando descrever o deslocamento de sua consciência para o ambiente em que ele se percebia, e o qual a visão profética lhe foi facultada.
"Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia." (Apocalipse 1:10-11)
Cabe comentar sobre a abertura do Quinto dos Sete Selos na Revelação.
Cabe comentar sobre a abertura do Quinto dos Sete Selos na Revelação.
“Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. E clamaram com grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?. E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que se completasse o número de seus conservos, que haviam de ser mortos, como também eles o foram.” ( Apocalipse 6:9-11)
O trecho acima informa que os mártires, os que já pereceram e estão ao lado de Cristo durante a ocorrência dos eventos narrados no Apocalipse, aguardam que mais mártires da Fé sejam mortos e se juntem a eles antes da Parusia.
E estes que ainda serão mortos, são aqueles com Fé verdadeira em DEUS, e por isso mesmo serão perseguidos e martirizados. O texto evidencia que não há benesses por estes serem verdadeiros crentes, eles não serão arrebatados, eles serão mortos como outros foram no passado.
O conceito do Arrebatamento mais conhecido, o pré-tribulacionista, conflita com isso quando afirma que os supostos escolhidos serão levados aos Céus antes deste período de perseguições e mudanças. Na verdade fica evidenciado o contrário.
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O que é o dia do Senhor
E o que é o dia do Senhor, para o qual João foi arrebatado em espírito? "Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor" (Apocalipse 1:10)
O Dia do Senhor é um conceito presente no cristianismo que afirma, baseado em textos bíblicos proféticos, que haverá um dia, após uma série de eventos dramáticos (Tribulação), em que Jesus retornará (Parusia) e as pessoas, vivas e mortas (ressuscitadas), serão julgadas por DEUS por seus atos.
Este dia é o Dia do Senhor.
O conceito existe também no Islamismo, aonde é chamado de 'Al Quiyamah - O Dia do Julgamento', e exibe o mesmo contexto de Tribulação, e igualmente pregando o retorno de Jesus (Issa).
o grande e terrível dia do Senhor” (Joel 2:31)
"O sol se converterá em trevas, E a lua em sangue,
Antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor;
E acontecerá que todo aquele que invocar o nome
do Senhor será salvo." (Atos 2:17-21)
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"O sol se converterá em trevas, E a lua em sangue,
Antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor;
E acontecerá que todo aquele que invocar o nome
do Senhor será salvo." (Atos 2:17-21)
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A Parusia
“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra
se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu,
com poder e grande glória.” (Mateus 24:30)
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Leia:
Isaías
O termo arrebatado é usado também em Isaías 53:8: “Pela opressão e pelo juízo foi arrebatado; e quem dentre os da sua geração considerou que ele fora cortado da terra dos viventes, ferido por causa da transgressão do meu povo?”
O texto fala de Jesus, e que foi arrebatado pela "opressão e pelo juízo", e sabemos que Jesus foi crucificado e morto, portanto o termo refere-se a sua crucificação e morte. Arrancaram Jesus de nossa convivência física através de falsos pretextos e intenções equivocadas ou maldosas.
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Pedro
Em Pedro 3:17, o termo também é usado : “Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que pelo engano dos homens perversos sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza”, e novamente ligado a morte, neste caso em particular, como um aviso.
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Jó
Em Jó 22:13-18: “E dizes: Que sabe Deus? Pode ele julgar através da escuridão? Grossas nuvens o encobrem, de modo que não pode ver; e ele passeia em volta da abóbada do céu. Queres seguir a vereda antiga, que pisaram os homens iníquos? Os quais foram arrebatados antes do seu tempo; e o seu fundamento se derramou qual um rio. Diziam a Deus: retira-te de nós; e ainda: Que é que o Todo-Poderoso nos pode fazer? Contudo ele encheu de bens as suas casas. Mas longe de mim estejam os conselhos dos ímpios!”
Novamente o uso do termo para designar a morte, no caso, dos homens iníquos. Uma maneira de dizer para não se seguir o exemplo destes, pois DEUS a tudo observa.
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2 Corintios
Em 2 Corintios 12:1-4, talvez o mais interessante uso do termo na Bíblia:
“Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe). Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.”
Paulo falava dele mesmo e de sua experiência espiritual, o qual lhe foi conferido um conhecimento que segundo ele mesmo, não é lícito falar. Ele não explica se foi em carne ou em espírito, afirma não saber, mas diz que foi ao terceiro Céu, em uma referência a um conceito judeu que afirma serem três o número de Céus.
O 1o, é o céu imediatamente acima de nós, com os pássaros e as nuvens.
O 2o. é o céu das estrelas, da Lua e do Sol.
O 3o. o CÉU de DEUS, o Paraíso.
Paulo usa o termo arrebatado, da mesma forma que João utiliza no Apocalipse, tentando descrever o deslocamento de sua consciência para o ambiente em que ele se percebia durante a narrativa.
Paulo usa o termo arrebatado, da mesma forma que João utiliza no Apocalipse, tentando descrever o deslocamento de sua consciência para o ambiente em que ele se percebia durante a narrativa.
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Mateus e Lucas
Alguns usam as narrativas de Jesus, expressas em Mateus e Lucas, sobre “um será levado, outro será deixado”, buscando dar respaldo ao conceito do Arrebatamento.
“E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.” (Mateus 24:39-42)
“Digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e outro será deixado. Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e outra será deixada. Dois estarão no campo; um será tomado, e o outro será deixado.” (Lucas 17:34-36)
O contexto da narrativa das palavras de Jesus, fala sobre a humanidade no cenário do Fim dos Tempos, o mesmo cenário do Apocalipse, comparando o comportamento das pessoas em um período futuro e que precederá dramáticos acontecimentos, com o comportamento dos que precederam o dilúvio, e é importante entender isso porque sabemos que no dilúvio, as pessoas não foram arrebatadas.
Leia:
Se tomarmos por base que uma pessoa ficará e outra não, a conta indica que 3 e meio bilhão de seres humanos não ficarão. Se considerarmos isso correto e se considerarmos que estas pessoas serão arrebatadas, isso representa um problema ao conceito, pois além de o número de cristãos no Mundo ser menor que 3 e meio bilhão de pessoas, quem crê no Arrebatamento afirma que apenas os "bons cristãos" serão arrebatados, expondo ainda mais a impossibilidade numérica.
Se os trechos de Mateus e Lucas forem citados como demonstração da veracidade do Arrebatamento, então o conceito estaria errado, porque neste caso, ele não envolveria apenas a Religião Cristã, mas centenas de milhões de pessoas de outras Religiões não cristãs também seriam arrebatadas, recordando sempre que o contexto da narrativa de ambos, Mateus e Lucas, sobre as palavras de Jesus, é um alerta e um paralelo entre o comportamento dos tempos pré-diluvio e pré-Apocalipse, não sobre o Arrebatamento.
Considerando que NÃO EXISTEM PARALELOS PROFÉTICOS conhecidos sobre o Arrebatamento em outras Fontes proféticas, mesmo havendo paralelos proféticos sobre temas tão complexos como a Ressurreição ou o Julgamento de DEUS, até mesmo em outras Religiões;
Considerando que APENAS ALGUMAS VERTENTES cristãs acreditam neste conceito, não é um conceito plenamente aceito dentro da cristandade global;
Considerando que NÃO HÁ TEXTOS PROFÉTICOS DIRETOS sobre o Arrebatamento, sendo necessária uma certa “ginástica” no entendimento do tema na Bíblia;
Considerando que a interpretação do CONCEITO MAIS ACEITO do Arrebatamento, ENTRA EM CONFLITO com a principal citação biblica que supostamente defende este conceito, mas também entra em conflito com outros textos bíblicos;
Considerando que o TERMO Arrebatamento está LIGADO, em sua maioria, a questão da MORTE FISICA;
Considerando que o Arrebatamento CONTRARIA AS LEIS NATURAIS conhecidas;
Eu não percebo elementos proféticos sérios e isentos, que possam embasar o conceito do Arrebatamento.
Mas o tema não se encerra aqui, mesmo porque a pequena analise acima não é definitiva, ela pode mudar diante de novas evidências.
A intenção não é criar controvérsia diante da Fé alheia, mas sim contribuir com o entendimento dos temas abordados, e como sempre recomendo a quem se interesse, que Pesquise.
Mas o tema não se encerra aqui, mesmo porque a pequena analise acima não é definitiva, ela pode mudar diante de novas evidências.
A intenção não é criar controvérsia diante da Fé alheia, mas sim contribuir com o entendimento dos temas abordados, e como sempre recomendo a quem se interesse, que Pesquise.
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