O verdadeiro objetivo do conhecimento profético se alcança apenas pela reforma interior, e não pelo conhecimento acumulado em si mesmo.

sábado, 30 de dezembro de 2017

Wahhabistas e Sionistas



Olá Srs.

Muitos vem acompanhando as recentes informações da mídia sobre a aproximação entre os dois principais aliados do EUA no Oriente Médio, a Arábia Saudita e Israel. 

Ações em conjunto entre países visando interesses em comum, são bem rotineiros, mas não neste caso, porque esta aproximação visa formar uma coalizão dos três países citados, EUA, Israel e Arábia Saudita, contra um País que eles consideram uma ameaça, o Irã.



No contexto falamos de um Estado oficialmente Judeu, Israel, e de outro oficialmente Muçulmano Suni (Sunita) de corrente Wahhabista, a Arábia Saudita, países que nunca mantiveram qualquer relação diplomática, se aproximando com o interesse declarado de fazer frente comercialmente e diplomaticamente, também se possível com armas, a um Estado oficialmente Muçulmano Shia (Xiita) de corrente Duodecimana, o Irã. 

E temos o EUA, Estado Laico de maioria cristã que em Maio/2017 firmou acordos de US$ 110 bilhões para a Defesa do Estado Saudita, e que no ano passado, ainda com Obama, assinou em setembro/2016 um acordo de cessão de US$ 38 bilhões para a Defesa de Israel. 

Embora um Estado Laico, existe forte influência religiosa, notadamente cristã, no cotidiano do EUA. Mas o País corre o risco de se tornar uma Nação cuja a Religião poderá ditar Regras em sua Política interna e na condução da Politica externa. O Presidente do EUA, Donald Trump, derrubou em Maio de 2017 a "Emenda Johnson" que limitava a ação de Grupos religiosos na Politica do EUA. A Emenda só não está valendo porque o Congresso Norte-americano vetou sua derrubada e fez alterações no texto do Veto. 
==

Não Deixe de Ler ao final: 
"Setembro de 2023"

===  ===
 
*
- Acordo Nuclear com o Irã -

Em Abril/2017 o EUA contestou o Acordo nuclear assinado com o Irã em 2015, que basicamente visava monitorar os processos de enriquecimento de urânio por esta Nação, para prevenir seu uso em armas nucleares.

Segundo o Presidente Trump, “O Irã não respeita o espirito do Acordo”, isso apesar de a Agencia Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmar que o “Irã respeita seus compromissos no programa nuclear” e da Europa exortar que o Acordo seja respeitado pelo EUA, assim como a China e Rússia.

Na contrapartida das ameaças do EUA de se retirar unilateralmente do Acordo, o que representa grave ameaça ao Irã, a República Islâmica retomou um discurso mais duro e acelerou seus esforços bélicos.  A Arábia Saudita e Israel sempre se opuseram a este Acordo. 

Cena da assinatura do Acordo Nuclear com o Irã, em Genebra


** atualização 08/05/2018 **


O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (08/05/2018) que decidiu abandonar o acordo nuclear firmado com o Irã, retomando as sanções contra o país. Trata-se de uma das mais contundentes decisões de política externa do americano em seus 15 meses de governo.

Durante o anúncio, Trump afirmou que "o Irã é o principal estado patrocinador do terrorismo" e que nenhuma ação desse país foi mais perigosa do que sua busca por armas nucleares.

O acordo, negociado pelo antecessor de Trump, Barack Obama, fez o Irã se comprometer a limitar suas atividades nucleares em troca do alívio em sanções internacionais.

Em seu discurso, Trump disse ainda que o acordo de 2015 deveria proteger os EUA e seus aliados, mas permitiu que o Irã continuasse enriquecendo urânio. Segundo ele, o país estaria próximo de obter armas nucleares e lançar uma corrida armamentista no Oriente Médio, com outras nações querendo seguir seu exemplo e também buscando programas nucleares. (Matéria Jornalistica)
**


O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse nesta terça-feira (08/05/2018) que o Irã continuará comprometido com um acordo nuclear multinacional após a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar os Estados Unidos do acordo de 2015 que visa negar a Teerã a capacidade de construir armas nucleares.

"Se alcançarmos as metas do acordo em cooperação com outros integrantes do acordo, ele permanecerá em vigor... Ao sair do acordo, a América oficialmente minou seu compromisso com um tratado internacional", disse Rouhani em discurso televisionado.  (Matéria Jornalistica)

** atualização 03/02/2020 **

O assassinato do general Qassim Soleiman

Em 05 de Janeiro de 2020, após o assassinato do general Qassim Soleimani, morto em um ataque aéreo dos Estados Unidos em Bagdá na quinta-feira, dia 02 de Janeiro de 2020.

O Irã afirmou em comunicado, que seu trabalho de enriquecimento de urânio não respeitará mais o acordo nuclear de 2015, que limitava o nível de enriquecimento a 3,6%, e que sua produção não terá mais restrições.

Qassem Soleimani, chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país, morreu em um ataque com drone dos Estados Unidos nesta quinta-feira (02/01/2020) em Bagdá, no Iraque.

Soleimani era herói nacional e o mais poderoso chefe militar do Irã.  O Pentágono confirmou o bombardeio e disse que a ordem partiu do presidente Donald Trump. Em nota, o órgão culpou Soleimani por mortes de americanos no Oriente Médio e afirmou que o objetivo foi deter planos de futuros ataques iranianos.

Em Abril de 2019, os Estados Unidos designaram a Guarda Revolucionária do Irã, um grupo de elite das forças de segurança do país, como uma organização terrorista, disse o presidente Donald Trump nesta segunda-feira (08/04/2019). É a primeira vez que Washington rotula formalmente uma unidade militar de outro país como terrorista. (Matéria Jornalistica)




** atualização 04/01/2021 **

O Irã comunicou à Organização Internacional de Energia Atômica (OIEA) sua vontade de produzir urânio enriquecido a 20%, um nível muito superior ao estabelecido pelo Acordo Nuclear de 2015, informou nesta sexta-feira (01/01/2021) a agência da ONU.

"O Irã comunicou à organização sua intenção de enriquecer urânio a níveis que podem superar 20% na usina de Fordo, segundo uma lei aprovada recentemente pelo Parlamento iraniano", indicou um porta-voz da OIEA. Com data de 31 de dezembro, a carta de Teerã não informa quando essa atividade terá início.

O embaixador russo na OIEA, Mikhail Ulianov, citou pouco antes essa informação em um tuíte, em que ainda mencionou um relatório transmitido pelo diretor geral da organização, Rafael Grossi, ao Conselho de Governadores. "É uma forma de pressão suplementar", explicou um diplomata que trabalha em Viena, após meses de descumprimento do acordo nuclear pelo Irã.

Segundo o último relatório da agência da ONU, divulgado em novembro, Teerã vem enriquecendo urânio a níveis de pureza superiores ao determinado pelo acordo de Viena (3,67%), mas nunca superou a marca de 4,5% e ainda aceitava as inspeções estritas da OIEA. A situação mudou após o assassinato do físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh no fim de novembro.

Após o ataque, atribuído a Israel, a ala mais dura do regime iraniano prometeu uma resposta e o Parlamento aprovou uma nova lei que autoriza a produção anual de "ao menos 120 kg de urânio enriquecido a 20%" e "acaba" com as inspeções da OIEA, cujo objetivo é comprovar que o país não está desenvolvendo uma bomba atômica.   (Matéria Jornalistica).


Curiosamente o Governo do Irã foi contra a medida acima, mas o Parlamento iraniano votou e aprovou a medida, em represália ao assassinato de Mohsen Fakhrizadeh, o principal cientista de projeto nuclear iraniano, ocorrido em 27/11/2020.  Este assassinato, ocorrido em território iraniano, foi atribuido a Israel



**


Em Abril de 2019 o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que "o regime iraniano é o principal país patrocinador do terrorismo", ressaltando que o Irã "exporta mísseis perigosos, alimenta conflitos no Oriente Médio e apoia práticas terroristas".

Em comunicado à imprensa, a Casa Branca afirma que a medida de incluir o Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica do Irã, incluindo a Força Quds, unidade especial do grupo, como uma Organização Terrorista Estrangeira (FTO, na sigla em inglês), coloca outros governos e o setor privado "em alerta sobre a natureza terrorista do grupo, que opera empresas de fachada e instituições no mundo todo para financiar o terror".(Matéria Jornalistica)

**   **
**

- Armas nucleares -

Dos quatro protagonistas citados, Irã, EUA, Israel e Arábia Saudita, dois possuem armas nucleares e misseis para lança-los, Israel e o EUA.


Em 2010, por exemplo, Israel rejeitou sua participação na Conferencia que visava discutir a desnuclearização do Oriente Médio. O Irã apoiou a Conferencia e é signatário do Tratado de Não Proliferação nuclear (TNP), assim como a Arábia Saudita e o EUA. Israel não é signatário.

Em outra iniciativa similar em 2011, o Irã boicotou por discordar dos critérios adotados. Em 2012 novas iniciativas da AIEA e do TNP, para que Israel aderisse ao Tratado e para que abrisse suas instalações atômicas para inspeção, não foram levadas a sério. Em 2015 nova iniciativa, mas novamente Israel e o EUA se negaram a participar, assim como até hoje, Israel se nega a abrir suas instalações nucleares aos inspetores da AIEA.

Especulações atuais (2017) informam sobre a possibilidade de o Irã ter como desenvolver até 10 bombas atômicas até meados de 2019. Isso é uma possibilidade baseada em técnicas, não em evidências reais.

Estimativas bem aceitas por especialistas, dão conta de que Israel possui entre 80 e 200 ogivas para pronto uso.

Já o arsenal nuclear norte-americano tem em torno de 6.500 ogivas nucleares e termonucleares, com 72% delas (em torno de 4.700) para pronto uso. Só em submarinos nucleares, armas extremamente furtivas, o EUA possui mais de 330 ogivas.

**

- Definições básicas -

Antes de darmos sequência, vamos verificar rapidamente o que significa cada termo. 

São definições básicas, portanto e para tudo, cabe o seu aprofundamento.

O que são Muçulmanos Sunitas (Sunis), Xiitas (Shias)? O que é Duodecimano e Wahhabista? O que é Sionismo? 

O Islam surgiu aonde é hoje a Arábia Saudita, no ano 610 da Era Cristã, no deserto do Hejaz, pelo então comerciante Mohammad Ibn Abdallah (em português conhecido por "Maomé"), que segundo a tradição, recebeu a visita do Arcanjo Gibrail (Gabriel) em um dos retiros espirituais que frequentemente realizava. 

Nesta ocasião, Gibrail lhe recitou a primeira Surata (capítulo) do livro sagrado islâmico, o Corão (Alcorão), que significa aproximadamente “Recitação”.

Muhammad  recebendo sua primeira Revelação 
através de Gibrail (ou Jibril) 

Mohammad passou a pregar a crença no DEUS único (ALLAH em árabe), em uma terra de diversas crenças politeístas. Ele e seus seguidores sofreram forte perseguição inicial. 

Usando como doutrina a nova religião que assimilava tradições judaicas, combinadas a conceitos cristãos e ideais das tribos árabes, Mohammad conseguiu unificar toda a Arábia sob uma nova Crença religiosa, o Islamismo.

"Islam" é uma palavra árabe que significa "submissão" ou "rendição", e aquele que segue a fé islâmica é chamado de muçulmano.

Leia:


**


- Sunis e Shias -

Existem dois grandes grupos no Islam, os Sunitas (Sunis) que representam uns 85% da Religião, e  os Xiitas (Shias) que são maioria em alguns poucos países, como o Irã, o Bahrein, o Iraque e o Azerbaijão, e são muito representativos em países como o Libano ou o Yemen.

Após a morte do Profeta Muhammad (Maomé) em 632 da nossa era, houve uma forte disputa sobre a identidade de seu sucessor, que fez com que os seguidores do Islam se dividissem.

Os Sunis acreditavam que Muhammad não tinha herdeiro direto na condução do Islam, e que um líder religioso deveria ser escolhido dentre as pessoas da incipiente comunidade islâmica. Eles escolheram Abu Bakr, amigo e conselheiro de Muhammad como seu sucessor.

Suni deriva da palavra Sunnah, que significa aproximadamente "os caminhos trilhados pelo profeta", textos que reúnem os preceitos islâmicos estabelecidos no século VIII, baseados nos ensinamentos de Muhammad. 

Os Shias acreditavam que somente ALLAH (DEUS em árabe) poderia selecionar os líderes religiosos, e portanto todos os sucessores de Muhammad deveriam ter consanguinidade com ele. Eles sustentaram que Ali ben Abu Talib, primo e genro de Muhammad, casado com sua filha Fatimah, era o legítimo herdeiro da liderança da religião Islâmica após a sua morte. Shia deriva do termo árabe “Shiat Ali” ou "do partido de Ali”.

A diferenciação entre Sunis e Shias, embora tenha causas ancestrais bem definidas, é incentivada e mantida por disputas pelo Poder, tanto regionais como sobre todo o Mundo Muçulmano.

O maior teatro de operações atual, na disputa entre os dois ramos do Islam, chama-se Yemen, País mergulhado em um conflito civil desde 2015, incentivado pela Arábia Saudita que apoia o Governo Suni, e o Irã que apoia os revoltosos Houthis, que são Shias.


Este conflito, além de já ter vitimado dezenas de milhares de pessoas, mergulhou o País na Fome e no Caos sanitário com números gigantescos: estima-se que 8 milhões de Yemenitas, de uma população de 27 milhões, passam fome extrema, e mais de 1 milhão estão infectados com a Colera.

Criança Yemenita



** atualização 08/02/2021 **


O presidente dos EUA, Joe Biden, anuncia esta quinta-feira o fim do apoio do país a uma ofensiva militar liderada pela Arábia Saudita no Iémen, que dura há cinco anos e que criou uma crise humanitária.

A medida permite cumprir uma promessa de campanha eleitoral de Biden, cujo Governo anunciou uma estratégia de privilegiar a diplomacia para encerrar o conflito Iémen. 

A Arábia Saudita iniciou a ofensiva no Iémen em 2015, para conter a ameaça de uma fação huthi iemenita que tinha tomado território na região e que usa mísseis transfronteiriços para atemorizar os inimigos.

Desde 2015, uma campanha aérea liderada pelos sauditas matou vários civis e o conflito agravou a fome e a pobreza no Iémen, com especialistas internacionais em direitos humanos a dizer que tanto os países do Golfo como os huthis cometeram graves abusos durante a guerra.  (Matéria Jornalistica)



Os Estados Unidos pretendem revogar a designação do movimento Houthi como terrorista em resposta à crise humanitária do Iêmen, revertendo uma das mais criticadas decisões de última hora do governo Trump.

A medida, confirmada por uma autoridade do Departamento de Estado na sexta-feira, chega um dia depois de o presidente Joe Biden declarar a interrupção do apoio dos EUA à campanha militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen, que é amplamente vista como um conflito indireto entre os sauditas e o Irã.

"Nossa medida é inteiramente motivada pelas consequências humanitárias desta designação de última hora do governo anterior, que a Organização das Nações Unidas e organizações humanitárias sempre deixaram claro que aceleraria a pior crise humanitária do mundo", afirmou a autoridade.  (Matéria Jornalistica)

**

- Sunis e Shias possuem subdivisões - 

O Ibadismi (ou Ibadismo) e o Sufismo (o chamado misticismo islâmico) são correntes independentes do Islamismo, embora sejam mais afinadas aos Sunis. 

O Mustaali, Xiismo Duodecimano (acreditam na existência dos 12 Imãs), Zaiditas, Alevitas e o Ismaili, são correntes islâmicas de orientação Shia. 

O Hanafismo, Hanbalismo, Maliquismo, Shafi'i e o Salafismo (Wahhabismo), são correntes islâmicas de orientação Suni.

O Estado Islâmico e sua autoafirmação de que representa o Islamismo, de forma alguma procede. Na verdade eles atuam na linha de pensamento de uma das várias vertentes do Islam Sunita, uma das mais radicais, o Salafismo ou Wahhabismo, a mesma linha ideológica, religiosa e política da elite Saudita e do conjunto de sua Sociedade.

O Wahhabismo ou Salafismo é geralmente descrito como "ortodoxo", "extremista", "fundamentalista" e "puritano". Seu principal objetivo autodeclarado é restaurar o "culto monoteísta puro”. É acusado de ser "uma fonte de terrorismo global" e por causar desunião na comunidade muçulmana global, rotulando os muçulmanos não-wahhabistas como apóstatas (basicamente uma pessoa que renuncia ou renega crença ou religião da qual fazia parte, ou ainda alguém que abandona os princípios de Fé dos quais era ou deveria ser defensor).

A bandeira do ISIS, o texto branco sobre o fundo negro 
é o começo da “chahada”, a profissão de fé muçulmana.

Os símbolos foram 'tomados' pelo Grupo, para formar sua bandeira



***


- Sionismo -

O Sionismo, também chamado de Nacionalismo Judeu, é um movimento político e social que defende a autodeterminação do povo judeu, e defendeu a existência de um Estado nacional judeu independente que foi criado em 1948, o atual Estado de Israel. no território onde historicamente existiu o Reino de Israel (Eretz Israel).

Também propõe o retorno de todos os judeus ao Estado de Israel, e se opõe à assimilação dos judeus pelas sociedades dos países aonde vivem.

Segundo o pensamento sionista, a Palestina foi ocupada por estranhos, sendo isso uma das raízes do conflito histórico entre palestinos e israelenses. Para o Sionismo, cabe detectar, neutralizar ou denunciar ameaças à existência de Israel ou a seu caráter judeu. Existe também o sionismo cristão,  que representa o apoio político, financeiro e moral dado ao Estado de Israel por cristãos, baseado no fato de que a supremacia de Israel representa a vontade de DEUS, e disso decorre o cumprimento de profecias Bíblicas. 
Nem todos os Judeus são Sionistas, e Sionismo não é Judaísmo, assim como ser antissionista não representa necessariamente ser antissemita.

O Sionismo surgiu na segunda metade do Século 19 na Europa, e é uma forma de pensamento mas também um Movimento Social e Político que utiliza por base o Judaísmo.

O Judaísmo é uma das três religiões abraâmicas (oriundas de Abraão), junto com o Cristianismo e o Islamismo, sendo que é a que tem o menor numero de adeptos, em torno de 15 milhões de indivíduos. O Islamismo em sua totalidade conta com aproximadamente 1,6 bilhão de pessoas, e o Cristianismo em sua totalidade, aproximadamente 2,2 bilhão. Estima-se que por volta do ano 2070, que o Islamismo superará o Cristianismo em numero de adeptos.

O Judaísmo é a Religião Monoteísta existente mais antiga do Mundo, tendo se iniciado por volta do ano 1.800 anterior a Era Comum, nosso calendário atual, portanto há quase 4 mil anos, quando Abraão teria recebido um sinal de DEUS para abandonar o politeísmo e para viver em Canaã (atual Palestina e Israel).

Isaac, filho de Abraão, teve um filho chamado Jacó. Este luta, num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Os doze filhos de Jacó dão origem as doze tribos que formaram o povo judeu.


Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu.
E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a 
juntura da coxa de Jacó, lutando com ele. E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. 
Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares. E disse-lhe: 
Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó.'


Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe 
lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.'




Os críticos do sionismo o consideram um movimento colonialista e racista, justamente porque abarca apenas o Direito dos judeus, defendo o chamado ‘Nacionalismo Étnico’, e desconsidera, por exemplo, os Direito dos demais povos que historicamente se estabeleceram nas terras aonde no passado foi Eretz Israel, ou ainda porque esta forma de pensamento estabelece diferenciação legal entre os cidadãos de Israel, baseado em sua origem religiosa/étnica.

A Resolução 3379 da Assembleia Geral das Nações Unidas, adotada em 10 de novembro de 1975, considerou que o sionismo equivale a racismo. A resolução foi anulada pela Resolução 4686 da Assembleia Geral das Nações Unidas de 16 de dezembro de 1991.

**
- Coexistência -


Postas as explicações acima, percebemos as dificuldades de uma associação entre Sionistas e Wahhabistas, já que as linhas de pensamento não admitem muitas concessões, e seus interesses excluem ou diminuem os interesses dos demais que não comunguem de seus padrões de pensamento e comportamento.

Em suma, é uma coexistência complicada, embora existam semelhanças também, sendo a principal delas, as relações comerciais e estratégicas dos dois países com o EUA, assim como a dependência de ambos do poderio bélico norte-americano.

Mas há outras semelhanças, ainda que isso não os aproxime, por exemplo, os dois países pautados pelas linhas de pensamento comentadas, Israel e Arábia Saudita, respondem aos dissidentes de forma semelhante, com o uso de força, detenção arbitrária, intimidação e com regularidade, a tortura.  No Irã a situação não difere muito.

Israel por exemplo, tem Leis que retiram a Cidadania de nascidos no País ou que cassam Mandatos eletivos, baseadas em ‘atividades antipatrióticas’, que podem incluir desde protestos e passeatas, a discursos contra o Judaísmo ou contra a Política Oficial do Governo na mídia local ou no Knesset, o Parlamento Israelense.

Prisões de crianças árabes e de adultos palestinos sem qualquer acusação formal, são corriqueiras. Deportação de pessoas de grupos dissidentes internos e censura e repressão para grupos como “Judeus para Jesus” ou “Neturei Karta”, não são incomuns.

Judeus antissionistas com Yasser Arafat

.. com Ahmadinejad em Teerã

.. com o Aiatolá iraniano Mohammad Ali Taskhiri

**

Mas a situação em Israel nem de longe é tão difícil quanto na Arábia Saudita ou no Irã.

Israel, embora sem Constituição, tem eleições democráticas e os Direitos Humanos básicos são reconhecidos, ainda que com regularidade não sejam aplicados de forma integral nos territórios ocupados e contra as dissidências internas, conforme comentado anteriormente. Israel tem internet livre, Mulheres tem Direitos iguais e exercem quaisquer funções, ainda que com a resistência de Grupos Ortodoxos internos. Demais Religiões são permitidas, embora a Lei Judaica seja a prática em variadas situações.


*

O Reino Saudita também não tem Constituição

Não possui o reconhecimento de Direitos Humanos básicos. Há eleições distritais, mas não para o Governo central, que é exercido em forma de Reinado absolutista e cuja a governabilidade é dividida com um Conselho religioso. 

Mulheres são tratadas como cidadãos de segundo plano, a internet é censurada, outras Religiões são proibidas, e a Xaria (nome dado ao direito islâmico) comanda variados aspectos da vida cotidiana. O termo significa "caminho para a fonte" ou "rota para a fonte [de água]", e é a estrutura legal dentro do qual os aspectos públicos e privados da vida do adepto do islamismo são regulados.

*

E o Irã? 

O País Persa reconhece 4 religiões em sua Constituição, inclusive o Judaísmo e o Cristianismo. 

Há liberdade oficial de culto, mas não é simples exerce-la em todo o País, embora existam Comunidades pequenas mas representativas de Judeus e Zoroastristas no País. Mulheres estudam, trabalham, viajam e dirigem, mas há dificuldades na interação social principalmente por conta das Leis de Moralidade que conduzem a vida do País. Há eleições para o Governo Central, cuja a governabilidade é dividida com um Conselho religioso. A Elite religiosa praticamente divide o Poder com a Elite política, o que muitos consideram na prática, uma Teocracia. A Xaria também está presente na regulação da vida cotidiana, e a internet é censurada.

**
Uma das conclusões possíveis da pequena análise acima, é que nos três países 
questão da Religião está presente na própria essência da existência do Estado, 
não como um elemento distante, mas como a ‘pedra angular’ sobre a qual estes 
Governos e suas Políticas atualmente existem. 

**

- O inimigo do meu inimigo é meu amigo? -

Existe um forte motivo para a inusitada aproximação de Israel com os Sauditas, e já comentamos que é o Irã.  Israel busca se contrapor ao Irã, ao Hezbollah no Libano e também contra a Síria.

Portanto busca alinhar suas políticas com a Arábia Saudita, ainda que não oficialmente, para isolar e enfraquecer os inimigos em comum. Para a Arábia Saudita dá-se exatamente o mesmo, pois considera o Regime de Assad, o Hezbollah e o Irã como inimigos. Nestes esforços isolados, vem surgindo a percepção de que a união poderá ser útil a ambos, isso capitaneado pelo EUA.

Esta aproximação vem sendo buscada há alguns anos, também porque para Israel poder atacar o Irã com melhores chances de sucesso, precisaria atravessar o espaço aéreo de alguns países, e para tal precisaria das permissões ou sua força de ataque seria combatida, e sua aproximação no território iraniano rapidamente chegaria ao conhecimento do inimigo. Portanto rotas de ataque ao Irã atravessando a Siria, Turquia, Iraque ou Jordânia não são as melhores.

Ou Israel apenas precisaria atravessar o espaço aéreo Saudita, que não avisaria o Irã e nem atacaria os aviões da IDF (Forças armadas de Israel).

Existem três rotas básicas que Israel, em tese, poderia utilizar isoladamente ou simultaneamente em um ataque ao Irã:

- Mediterrâneo, depois cruzando território turco até o Irã (rota norte);

- Jordânia (ou Siria) e Iraque, chegando ao Irã (rota central);

- Arábia Saudita, cruzando o Golfo Pérsico e chegando ao Irã (rota sul).



A anuência dos Sauditas a um ataque contra o Irã, levaria a outras Monarquias do Golfo, todas alinhadas com o Reino Saudita, a serem mais complacentes com uma ação de Israel, mesmo porque a maioria destas Monarquias, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Omã, Qatar e Bahrein, tem discursos hostis em relação ao Irã.

Outro aspecto relevante é que com o apoio direto ou indireto dos Sauditas e de outros, o EUA poderá atuar com forte apoio efetivo e logístico a Israel, inclusive em território Saudita e em outras Monarquias da região. A maior base militar do EUA no Oriente Médio fica no Qatar, mas em verdade o Irã é praticamente cercado de bases militares do EUA, navais, aéreas e de infantaria.

Devido as distâncias e estratégias de ataque e fuga envolvidos em uma ‘aventura bélica’ de Israel contra o Irã, os caças israelenses precisariam de reabastecimento aéreo, então dá para imaginar a dificuldades de se realizar isso sobre território de países hostis, já que falamos aqui de uma força de ataque grande o suficiente para chances reais de sucesso contra o Irã.

Israel precisará de ‘amigos’ nesta empreitada.

**

- O EUA e o Irã -

Além destes fatores existe o EUA, o inimigo do Irã que tem profundas e longevas relações comerciais e estratégicas com Sauditas e Israelenses, assim como tem tido décadas de ameaças e conflitos diretos e indiretos com o Irã, a partir da Revolução Islâmica de 1979, que derrubou a Monarquia no Irã.

Líder da Revolução Iraniana, Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini

Até então o País era um aliado, já que a Dinastia Pahlevi era simpática ao Ocidente, e o Governo (1941-1979) do último monarca do Irã, o  Mohammad Reza Pahlavi, era próximo do EUA. Quando a Revolução tomou o Poder no País, os interesses do EUA e os interesses ocidentais em geral no País foram duramente atingidos, com a perda de US$ bilhões investidos principalmente na indústria do petróleo.

Xá do Irã Mohammad Reza Pahlavi com a Rainha Farah Pahlavi
Morreu no exílio no Egito, em Julho de 1980

Foi através do EUA que o então aliado e líder iraquiano, Saddam Hussein, iniciou em 1980 a Guerra Irã x Iraque, que fez mais de 1 milhão de mortos em 8 anos de combates.



**

O reconhecimento de Jerusalém por Donald Trump, como Capital de Israel, ocorreu tão recentemente que ainda não é possível compreender a totalidade das consequências. Podemos, sem dúvida, esperar um aumento do discurso terrorista na região.

Leia:

Mas suas consequências em relação a possível aliança Saudita-Israelense, entendo que a atitude de Trump tornou ainda mais complexa esta aproximação. Se a situação levar a uma nova Intifada (“Agitação, Levante ou Revolta”) dos Palestinos, por exemplo, Israel terá problemas em suas próprias fronteiras e como costuma enfrenta-los com extremo rigor, vitimando muitos no processo, isso pode retardar qualquer aproximação com Sauditas.

Outra possibilidade neste cenário de reconhecimento de Jerusalém seguida de uma forte repressão aos palestinos, realizada por Israel, é que a Arábia Saudita se voltasse a neutralidade, ou pior, que se unisse ao Irã no apoio aos Palestinos e por Jerusalém Oriental.

Seria uma reviravolta inesperada, mas não impossível. A Sociedade Saudita é baseada no pensamento Wahhabista, e ainda que Sunis Sauditas tenham fortes desavenças com Shias Iranianos, ambos têm mais afinidades de comportamento, pensamento e Crença, do que Sauditas com judeus Israelenses.

Portanto, para mim ainda é prematuro poder avaliar o impacto do reconhecimento de Jerusalém para a questão do Irã, mas sem dúvida isso é evento de forte repercussão global, e que tem grande potencial profético. 

A partir de agora, todos os grupos judeus e cristãos que defendem a construção do Terceiro Templo em Jerusalém, passam a ganhar força, e como sabemos, segundo o entendimento de muitos sobre os Escritos, disso depende a vinda de Mashiach, o Messias.

** atualização 03/02/2020 **

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou em 28 de Janeiro de 2020, seu plano para o Oriente Médio que prevê um Estado palestino sob muitas condições, assim como a anexação de assentamentos na Cisjordânia por parte de Israel, enquanto enterra o direito ao retorno para os refugiados palestinos. Chamou-o de “histórico” e “acordo do século”.

Jerusalém "continuará sendo a capital indivisível de Israel", mas assegurou que um futuro Estado palestino poderia ter sua capital em "Jerusalém oriental".


O Plano foi rejeitado pela Autoridade Palestina e pelo Hamas, e no dia 01 de Fevereiro de 2020, a Autoridade Nacional Palestina rompeu relações com os Estados Unidos e Israel, incluindo as que afetam a segurança.


Rejeitamos totalmente o acordo. Não há lugar na mesa de negociações para nenhuma parte deste plano”, afirmou o Presidente Mahmoud Abbas. Segundo ele, a Autoridade Palestina continua apostando num processo de paz, desde que seja regulado por “um mecanismo internacional” e não apenas através de Washington.

**  **
**

- E um ataque contra o Irã? -


Considerar um ataque preventivo de Israel contra alvos no Irã, não é algo simples de se realizar.

Além das dificuldades já citadas, temos o próprio ataque, que deverá contemplar múltiplos alvos no País, muitos deles em instalações subterrâneas inatingíveis mesmo para Bunker Busters.

Isso ao mesmo tempo em que os atacantes deverão se defender da força aérea iraniana e dos variados sistemas de defesa antiaérea do País, bem como deverão se defender do esperado contra-ataque que deverá chegar em forma de uma chuva de misseis balísticos contra Israel, convencionais, mas altamente destrutivos. Considerando o território diminuto de Israel, a possibilidade de muita destruição e muitas mortes é bem alta e tem que ser considerada.

Atacar o Irã com um resultado que se poderia chamar de ‘Sucesso tático’, seria algo muito difícil de ser realizado, e penso que isso não seria obtido com um ataque convencional ou com apenas uma onda de ataque.
*

Então do o que realmente se fala quando se fala em atacar o Irã? 

Até agora não ví nenhuma liderança norte-americana, israelense ou saudita, dizendo realmente o que isso significaria, porque sabem o que iniciar este ataque e ter sucesso nele, realmente representaria.

O que dirão as massas muçulmanas vendo os mortos e a destruição de seus pares por Israel ou ainda um Governo Ocidental, em um ataque preventivo, apoiados por outros Governos islâmicos? Ou o que dirão os Israelenses e seus aliados quando os primeiros alvos em Israel e outros países, foram atingidos por misseis iranianos em contra-ataque?

Mas e se Israel ou o EUA usarem suas armas nucleares? Nenhuma Nação se atreveu, até o momento, lançar um ataque nuclear preventivo. 

Se isso ocorresse por parte de Israel ou o EUA contra o Irã, as consequências seriam temerosas a todos nós. A comoção contra a realização um ataque nuclear preventivo, viria de todos os lados, e não se pode desconsiderar aliados iranianos como a China, Rússia ou mesmo a Coréia do Norte. Ficariam assistindo?

Israel, Judeus e seus interesses pelo Mundo virariam alvos terroristas preferenciais, o antissemitismo aumentaria. A corrida armamentista nuclear iria disparar, e não é absurdo dizer que tal ato poderia até mesmo, levar a terceira guerra mundial.

Atacar o Irã preventivamente com armas nucleares, seria uma loucura, mas me parece ser a única forma de se atingir os objetivos que se pretendem, atacando o País, que é principalmente acabar com suas instalações de pesquisa nuclear e de desenvolvimento e lançamento de misseis.  Do contrário, um ataque convencional só irá despertar o Irã e seus aliados, para a guerra.



*
**

- Profeticamente falando -

Não me recordo de nenhuma guerra profetizada de Israel contra o Irã, fora do cenário de Gog e Magog, e neste cenário o Irã estaria alinhado com outros países e povos, não seria uma guerra isolada entre os dois países, mas uma guerra dentro do contexto da ascensão do anticristo, a partir de um Falso Acordo de Paz com Israel.

Em Ezequiel, livro presente nas três religiões abraâmicas, Judeus, Cristãos e Islâmicos, há a narrativa sobre Gog e Magog, citando os povos envolvidos:

"Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, dirige o teu rosto contra Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque, e Tubal, e profetiza contra ele. E dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal; E te farei voltar, e porei anzóis nos teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos com primor, grande multidão, com escudo e rodela, anejando todos a espada; Persas, Puche, e os de Pute com eles, todos com escudo e capacete; Gomere todas as suas tropas; a casa de Togarma, do extremo norte, e todas as suas tropas, muitos povos contigo." (Ezequiel 3:1-6)

- Jafé é associado a uma etnia branca que ocupou a área da atual Turquia, Armêrnia , formando um povo chamado pelos gregos de Citianos (Scythians – Sakas ou Sakai), que se espalhou também por toda a Ásia, chegando até mesmo na Índia, e posteriormente também Rússia e a Europa.

- Meseque e Tubal, os povos descendentes de Jafé que ocupam as regiões citadas, novamente, Turquia, Armêrnia e Rússia.

- Persas = iranianos;

- Puche, os povos negros do chifre da áfrica (etiopes, núbios, sudaneses);


- Pute, os ancestrais dos libios e outros povos árabes da áfrica do norte, como os egipcios, Algerianos, Tunisianos e Marroquinos.

- Gomer, ligado aos povos do norte do mar negro

- Togarma refere-se principalmente aos povos da atual Georgia, Armenia e Azerbaijão.


Gog e Magog (Torah)

"E naquele dia, quando Gog vier contra a terra de Israel – diz o Eterno, D’us – Incendiar-se-á Minha fúria! Em minha flamejante ira determinei que, certamente naquele dia, haverá um grande terremoto na terra de Israel. E tremerão ante Minha presença os peixes do mar, as aves do céu, as bestas do campo e todas as coisas que se arrastam no solo e todos os homens que estão sobre a face da terra; montanhas serão arrasadas; íngremes rochedos ruirão e cairão por terra todos os muros." (Yechezkel 38:18-20) 

Também em Yechezkel 38-39, Zecharyah 12-14, Yirmeyahu 30, Daniel 11-12, Yoel 4 e Tehilim 83.


Yajuj e Majuj (Corão)

"Disseram-lhe: Ó Zul Karnain, Yajuj e Majuj são devastadores na terra. Queres que te paguemos um tributo, para que levantes uma barreira entre nós e eles? Respondeu-lhes: Aquilo com que o meu Senhor me tem agraciado é preferível. Secundai-me, pois, com denodo, e levantarei uma muralha intransponível, entre vós e eles. Trazei-me blocos de ferro, até cobrir o espaço entre as duas montanhas. Disse aos trabalhadores: Assoprai (com vossos foles), até que fiquem vermelhas como fogo. Disse mais: Trazei-me chumbo fundido, que jogarei por cima. E assim a muralha foi feita e (Yajuj e Majuj) não puderam escalá-la, nem perfurá-la. Disse (depois): Esta muralha é uma misericórdia de meu Senhor. Porém, quando chegar a Sua promessa, Ele a reduzirá a pó, porque a promessa de meu Senhor é infalível. Nesse dia, deixaremos alguns deles insurgirem-se contra os outros e a trombeta será soada. E os congregaremos a todos."(Corão Sagrado 18:94 ao 99)

"Até ao instante em que for aberta a barreira do (povo de) Yajuj e Majuj e todos se precipitarem por todas as colinas. E aproximar a verdadeira promessa. E eis os olhares fixos dos incrédulos, que exclamarão: Ai de nós! Estivemos desatentos quanto a isto; qual, fomos uns iníquos!" 
(Corão Sagrado 21:96 e 97)

Observação

O trecho do Corão acima "Secundai-me, pois, com denodo, e levantarei uma muralha intransponível, entre vós e eles" e " E assim a muralha foi feita e (Yajuj e Majuj) não puderam escalá-la, nem perfurá-la. Disse (depois): Esta muralha é uma misericórdia de meu Senhor. Porém, quando chegar a Sua promessa, Ele a reduzirá a pó, porque a promessa de meu Senhor é infalível."

Isso não lembra de alguma forma, o Muro construído por Israel em West-Bank? 





**
**   **

- Comentários de Setembro de 2023 -



Srs.

Em abril de 2023, a Arábia Saudita reatou relações diplomáticas com a Síria de Bashar al-Assad, depois de 12 anos de afastamento entre os países. Esta aproximação se deu por iniciativa da China, e no mês seguinte, Maio de 2023, a Síria foi readmitida na Liga Árabe depois de 10 anos de exclusão e por forte pressão diplomática dos Sauditas.

Só que também em Abril de 2023, representantes da Arábia Saudita e do Irã, ambos com o apoio da China, se reuniram depois de 7 anos, para reestabelecer Embaixadas e relações diplomáticas.

Se tais fatos fossem ditos em Janeiro de 2023, soariam como possibilidades remotas, mas aconteceram e demostram a força da China no Oriente Médio.

Só que em 22 de Setembro de 2023, algo ainda mais surpreendente ocorreu, quando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que um acordo para estabelecer relações diplomáticas entre Israel e a Arábia Saudita, está próximo de acontecer.

O simples fato de Netanyahu falar publicamente sobre um acordo de paz com os Sauditas, indica que isso está realmente próximo de acontecer.

A grande influência para isso ocorrer foi os EUA, mas principalmente devido ao temor do papel chinês como atual principal intermediário entre Israel, Palestinos, Arábia Saudita e Irã.

As razoes para cada uma das partes aventarem seriamente este acordo, ainda não estão bem claras, mas segundo o que já se divulga, os interesses da Arábia Saudita englobam a questão palestina, com a criação de um Estado Palestino com capital em Jerusalém Oriental. No dia 26 de Setembro de 2023,  o diplomata saudita Nayef al Sudairi, foi a Ramallah, na Cisjordânia ocupada. Trata-se da primeira visita de um alto cargo saudita aos territórios palestinos ocupados por Israel desde 1967. Os interesses Sauditas englobam também o financiamento e apoio norte-americano, para o desenvolvimento de um programa nuclear civil.

Os interesses dos EUA se concentram na aproximação de seus dois aliados no OM, mas que não tem relação formal entre si, e a diminuição da influência chinesa na região. Em Abril de 2023, a China se colocou como mediador para a questão palestina.

Já os interesses de Israel devem se concentrar em obter vantagens com os EUA, mas principalmente aumentar sua segurança na região e pressionar indiretamente outras Nações que ainda não reconhecem Israel, a fazerem o mesmo.

**

Acordos de Abraão

Em 15 de setembro de 2020, Israel, os Emirados Árabes Unidos  e o Bahrein, assinaram um acordo para normalizar as relações diplomáticas entre os países, apoiados pelo EUA, chamado de Acordos do Abraão. Os Acordos foram assinados na Casa Branca.

Até aquele momento, das nações árabes, apenas o Egito e a Jordânia mantinham relações diplomáticas com Israel. Os Emirados Árabes Unidos se tornaram o terceiro país a estabelecer esses laços, e o Bahrein o quarto. Na época, o Ira declarou que os Acordos eram vergonhosos.

Em seguida a assinatura, o Reino do Marrocos se juntou ao grupo e renovou suas relações com Israel, e surpreendentemente, o Sudão anunciou a normalização das relações com Israel. 

Portanto em 2020, esses países se juntaram ao Egito e à Jordânia, os primeiros países árabes a assinar acordos de paz com Israel em 1979, com Acordos de Paz de Camp David, e em 1994 com o Tratado de paz Israel-Jordânia.

Sem os Acordos de Abraão, não haveria a possibilidade real de um Acordo entre Israel e a Arábia Saudita, que foi mencionado por Netanyahu.

*

E os Palestinos?

A 1a. pré-condição dos palestinos, é Jerusalém oriental como sua Capital. Ou seja, Israel teria que ceder nesta questão.

Se Israel continuar agindo com repressão e violência contra os Palestinos, mesmo com seus antigos inimigos “lhe estendendo a mão” através de acordos e reconhecimento diplomático, isso permanecerá minando quaisquer esforços de manter estes acordos ou ampliá-los. 

E os Iranianos?
Pelas declarações oriundas do Irã, aparentemente foram pegos de surpresa, e estas declarações seguem na linha de “traição aos Palestinos” ou de “entrega de Jerusalém” pelos sauditas.
 
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, alertou a Arábia Saudita contra qualquer acordo com Israel.

Numa conferência de imprensa em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral da ONU, Raisi disse que tal acordo seria uma “facada nas costas do povo palestino e sua resistência”.

Em nenhuma circunstância os países da região estão dispostos a que os países islâmicos abandonem o princípio sagrado da situação do povo palestiniano, porque a libertação da cidade sagrada de Jerusalém está no cerne da crença de todos os muçulmanos”, disse ele.

E os outros países árabes e muçulmanos?
Ainda não há declarações relevantes de lideres muçulmanos sobre o anunciado e possível acordo entre Arábia Saudita e Israel.

Sem dúvida Governos muçulmanos ficarão divididos sobre este possível acordo entre sauditas e israelenses.

Alguns Governos e autoridades apoiarão de imediato, principalmente para não se oporem explicitamente aos Sauditas.

Outros certamente não apoiarão, até que pelo menos haja uma solução para a questão dos palestinos e de Jerusalém, mesmo sofrendo pressão econômica da China e dos Sauditas. 

Mas isso não pode ser desconsiderado, ou seja, que vantagens econômicas poderão levar Governos muçulmanos mais radicais a transigir sobre Israel. 

Mas ainda assim permanecerá o fato de que o conjunto da população de alguns destes países, poderá se insurgir a qualquer iniciativa de acordos com Israel, e que Governos poderão ter problemas em negociar, também devido a isso.

E a China?
Ainda não há declarações relevantes dos chineses sobre o anunciado e possível acordo entre Arábia Saudita e Israel.

Além da China ser a grande responsável pela aproximação da Arábia Saudita com a Síria e o Irã, em Junho de 2023 Xi JiPing recebeu Mahmoud Abbas em Pequim, presidente da Autoridade Palestina, declarando não só apoio ao Estado Palestino, mas também se oferecendo como Nação mediadora da paz entre Palestina e Israel.

Ao mesmo tempo, a China aumenta sua influência sobre Israel em variadas áreas da Economia, e o País convidou Netanyahu em Julho de 2023, para visitar Pequim, o que talvez ocorra em Outubro de 2023.

Netanyahu utiliza-se desta aproximação com a China para obter mais concessões dos EUA, já que além de Israel ser parceiro estratégico de longa data, Biden tentará a reeleição no EUA em 2024, e ter no curriculum um acordo de paz relevante para Israel e o Oriente Médio, será um ótimo trunfo. Biden não pode arriscar que a China realize isso, seria um sinal de fraqueza de sua administração ter um adversário do EUA, China, reunindo a mesa dois aliados norte-americanos, Israel e Arábia Saudita.

**

Se houver mesmo um acordo entre sauditas e Israel, como fica a 
proposição principal deste texto, sobre um possível ataque ao Irã? 

A proposição principal foi escrita em 2017, antes de iranianos e sauditas reestabelecerem relações diplomáticas em 2023.

Então se houver mesmo um acordo entre sauditas e israelenses, penso que a pressão sobre o Irã para que normalize relações diplomáticas com Israel, e vice-versa, aumentará.

De um lado porque o cenário tático para um possível ataque ao Irã, conforme escrito acima em 2017, se torna mais factível.

Do outro lado, porque os principais protagonistas atuais na região, Israel, Irã, Arábia Saudita, Palestinos, EUA e China, estão buscando (e conseguindo) algum dialogo.


**

E as implicações proféticas?

O cenário que se desenha, e isso não começou em 2023 mas  acelerou em 2023, é o de Acordos de Paz para garantir a existência pacifica de Israel e de outras Nações da região.

O cenário profético de Paz para Israel, está relacionado a profética ascensão do personagem chamado na Bíblia, de anticristo.

O cenário profético da ascensão do anticristo, está relacionado aos eventos finais descritos na Revelação.

Compre o Livro "O que são Profecias"

Compre o Livro "O que são Profecias"
Compre o Livro "O que são Profecias"

Perfil do Autor no Facebook

Perfil do Autor no Facebook
Perfil do Autor no Facebook