Olá a todos.
Alguns vem me questionando sobre 2012 e a suposta e fatídica data para o fim do Mundo. Na verdade o assunto está comentado no Blog desde 2008, no texto "Datas em Profecias".
Considerando a aproximação da data, e a persistência de alguns em afirmar que os Maias fizeram a afirmação sobre a destruição de nossa civilização, e que esta destruição tem data marcada para acontecer, este texto sobre o assunto volta ao destaque.
O abaixo é uma réplica do texto original, postado há mais de 3 anos atrás, e disponível no link indicado acima.
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Profecias Maias
Praticamente todos já ouviram falar sobre o ano de 2012, e sobre acontecimentos que supostamente irão se suceder neste ano.
A questão é baseada no Calendário Maia e se constitui, ao meu ver, das 3ª e 4ª premissas para profecias com datas, descritas mais abaixo.
Sobre a 3ª premissa, não há menções sobre fim da humanidade no calendário Maia, em nenhum dos mais de 15 mil textos conhecidos, isso segundo o diretor do Acervo Hieróglifo e Iconográfico Maya (Ajimaya). E em apenas dois deles há menção sobre fim de um ciclo e o início de outro.
Portanto as afirmativas de destruição em 2012 são fruto de interpretações, alias de seqüências de interpretações iniciadas nas décadas de 1960 e 1970.
Sobre a 4ª premissa, as afirmativas sobre a questão da destruição em 2012 desconsideram todas as demais Profecias que indicam uma passagem de tempo maior para os fatos lá profeciados. Ou seja, interpretações sobre 2012 são fechadas em si mesmas, desconsideram todo o resto do conteúdo profético, como a Bíblia ou o Corão.
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Em 2012 aparentemente se encerra um ciclo indicado pelos Maias em seu calendário. E em seguida inicia-se outro.
Diversas culturas nativo-americanas afirmam em suas tradições proféticas que estamos no limiar de uma transição, de uma mudança, e qualquer estágio entre uma condição e outra gera alguma confusão. Quem muda de casa, de emprego, de namorada, de País, de Cidade, enfim, qualquer mudança requer um período de ajustes.
Portanto se considerarmos que fim de ciclo descrito pelos Maias é um “marco profético”, torna-se possível conciliar informações de diversas fontes proféticas com este término.
Um "marco profético" é um evento devidamente profeciado, e que ao ocorrer, fornece idéia de proximidade para eventos proféticos posteriores ou relacionados.
Então ao considerarmos o termino do calencário Maia, que na verdade ocorre entre 2011 e 2014, dependendo dos calculos, como um evento de relevancia profética, então seu cumprimento "indica" que outros eventos proféticos se "aproximam" no tempo.
Desta forma, podemos então compreender que o cenário descrito em outros Livros proféticos, pode ter ligação com o termino do calendário Maia, sendo então que seu fim indica a proximidade de ocorrencia destes outros eventos proféticos destricos.
Desta forma, podemos então compreender que o cenário descrito em outros Livros proféticos, pode ter ligação com o termino do calendário Maia, sendo então que seu fim indica a proximidade de ocorrencia destes outros eventos proféticos destricos.
Duas linhas de descrições proféticas, inicialmente paralelas e dissonantes, mas que passam então a convergir.
E porque 2012 ?
A contagem de tempo dos Maias é bem diferente da nossa.
1 kin = 1 dia
1 uinal = 20 x kin = 20 dias
1 tun = 18 x uinal = 360 dias / 365 = 0,99 anos
1 katun = 20 x tun = 7.200 dias /365 = aprox 19,73 anos
1 baktun = 20 x katun = 144.000 dias /365 = aprox 394,52 anos
Grande Círculo = 13 x baktun = 1.872.000 dias /365 = aprox. 5.128,77 anos.
O ciclo de tempo contado pelos Maias encerra-se neste ponto, ou seja, 5.128,77 anos. Nesse período há aproximadamente 1.282,19 anos bissextos (com 366 dias), o que equivale a 3,51 anos. Subtraindo esse numero, resultaria em aproximadamente 5.125,26 anos.
Um dia de Agosto de 3113 ac (nosso calendário) foi considerado na cultura Maia o “marco zero” de seu sistema de contagem de tempo. Através do uso do próprio Calendário Maia, juntamente com referencias astronômicas posteriores, determinou-se que este dia foi 13 de Agosto de 3113 ac.
3113 ac menos o total de anos do calendário, 5125 ==> 2012 de nossa era.
Mas esta conta não é exata e a correlação com nosso Calendário indica o final deste período entre 2011 e 2014, dependendo do método utilizado de correlação. Varia também quanto ao dia de término, indo de Agosto a Dezembro, dependendo dos cálculos. E mesmo o próprio ponto de início do Calendário também não é consenso, sendo mais aceitos os anos de 3113 ac e 3114 ac, variando também entre os dias 10 e 13 de Agosto. Portanto não há exatidão nestas contas, elas são na melhor das hipóteses aproximadas.
O mais conhecido e aceito método de datação do Calendário Maia é chamado de "Correlação GMT" (Goodman-Martinez-Thompson), e aponta para o final do calendário em 21 de Dezembro de 2012.
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Premissas para Datas em Profecias
Premissas para Datas em Profecias
As premissas para datas em Profecias podem ser aplicadas não apenas em datas, mas sobre uma série de outras questões relacionadas a Profecias. Datas são acontecimentos então se pode substituir um termo pelo outro que as explicações permanecem válidas.
- a 1ª premissa
é a baseada na intenção verdadeira daqueles que receberam a mensagem profética e mencionaram datas (ou algum outro acontecimento especifico).
Isso se explica porque durante o processo de captação do fato profético (visão, bilocação, clariaudiência, inspiração, sonho, etc. ...), o “olhar” do receptor teria erroneamente interpretado algum aspecto da mensagem, deduzindo por si mesmo que existe uma data para a conclusão do fato recebido ou vislumbrado.
- a 2ª premissa
também é baseada na intenção verdadeira daqueles que receberam a mensagem profética, e é correta dentro de uma "linha de eventos" específica. Acontecimentos posteriores alteraram esta "linha de eventos", e os acontecimentos proféticos vislumbrados foram postergados.
Fatos profetizados que poderiam acontecer em um determinado período, não ocorreram porque suas pré-condições não foram satisfeitas (“futuros possíveis”). Se tais pré-condições ocorrerem no futuro, poderão novamente disparar o acontecimento profeciado, que ocorrerá em tempo diferente do previsto. Algumas afirmações de homens como Parravicini e Edgar Cayce podem ser incluídas neste caso, pois são fontes proféticas de alto grau de acerto, e ainda assim, com erros em datações.
E falar em “linha de eventos” pode soar estranho, mas estamos falando de profecias, eventos que basicamente consistem na transcendência de um acontecimento no tempo e no espaço.
- a 3ª premissa
é baseada na intenção benéfica daqueles que interpretam uma profecia, e erroneamente pensam ter chegado a datas para a conclusão de um ou mais acontecimentos profeciados.
Não há mal, desde que as interpretações sejam tratadas como interpretações e não fatos. O problema surge quando se tornam 'pseudo-fatos”, como se fossem realidade em vez de entendimento pessoal ou coletivo.
Esta premissa difere da 1ª premissa porque nesta a data (ou algum outro acontecimento especifico) é fruto de interpretação fria e distanciada do evento profético. Na 1ª premissa, a interpretação é realizada dentro da emoção da experimentação.
- a 4ª premissa
é baseada na parcialidade, sem levar em conta os variados aspectos da questão.
Um dado ou referencia é usado como evidência, desconsiderando os demais fatos ou pré-condições que também devem ser satisfeitas no texto ou textos proféticos. E a partir daí este dado serve para provar uma afirmativa de uma data ou acontecimento.
Alguns fazem isso deliberadamente para confundir, mas outros fazem motivados por sua crença, e pensam agir corretamente.
Os exemplos da terceira e quarta premissas são tantos e tão variados que muitas das afirmações que vemos por aí em Redes sociais e Blogs diversos se encaixam nelas, assumindo é claro, a boa intenção de quem as profere.
Mas há os mentirosos que tem plena consciência de que o que dizem é parcial, meramente interpretativo, ou criações que não procedem a luz de uma análise mais ampla.
Muitos o fazem para simplesmente obter atenção, e muitos o fazem como uma forma de proselitismo, buscando arregimentar fiéis as suas Crenças e formas de pensamento.
Os exemplos da terceira e quarta premissas são tantos e tão variados que muitas das afirmações que vemos por aí em Redes sociais e Blogs diversos se encaixam nelas, assumindo é claro, a boa intenção de quem as profere.
Mas há os mentirosos que tem plena consciência de que o que dizem é parcial, meramente interpretativo, ou criações que não procedem a luz de uma análise mais ampla.
Muitos o fazem para simplesmente obter atenção, e muitos o fazem como uma forma de proselitismo, buscando arregimentar fiéis as suas Crenças e formas de pensamento.
- a 5ª premissa
é a categoria das mensagens falsamente inspiradas.
"sábios" de origem duvidosa, auto-proclamados "mestres", "anjos" ou "santos", repassam informações normalmente em processo mediúnico, inspiratório ou através de canalizações ou processos similares. Dessa forma, podem se reportar a datas ou acontecimentos, que o portador da mensagem repassará como sendo verdadeiras.
Nestes casos a intenção de quem recebe a mensagem pode ser verdadeira, mas a fonte não é, e embora o contato seja fruto de experiência espiritual ou mística, com nomes pomposos ou relevantes, não há verdade na narrativa.
Embora a afirmação seja controversa, cabe compreender que, segundo doutrinas espiritualistas, que o ser livre da carne pode em alguns casos plasmar-se com aparências diversas, como se fossem fantasias usadas por um ator, de acordo com a peça em que irá atuar. Portanto não é a aparência ou o nome autodeclarado que definem a relevância de uma mensagem desta natureza, mas é a própria mensagem que assim se define, e isso é que é fundamental para a comprovação da fonte.
Hyppolyte Leon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, relata em Maio de 1863 no estudo "Exame das comunicações mediúnicas que nos são dirigidas", publicado na Revista Espírita na França, que teve acesso a 3600 mensagens de caráter mediúnico, de variadas fontes. 17% foram prontamente descartadas e 83% foram analisadas.
Destas 3000, apenas 100 demonstraram mensagem relevante, e outras 200 mereceram divulgação. Ou seja do total, apenas 8% das mensagens foram divulgadas e somente 3% foram consideradas realmente relevantes por Kardec
A conclusão de Kardec: “No mundo invisível como na Terra, não faltam escritores, mas os bons são raros”.
Embora a afirmação seja controversa, cabe compreender que, segundo doutrinas espiritualistas, que o ser livre da carne pode em alguns casos plasmar-se com aparências diversas, como se fossem fantasias usadas por um ator, de acordo com a peça em que irá atuar. Portanto não é a aparência ou o nome autodeclarado que definem a relevância de uma mensagem desta natureza, mas é a própria mensagem que assim se define, e isso é que é fundamental para a comprovação da fonte.
Hyppolyte Leon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, relata em Maio de 1863 no estudo "Exame das comunicações mediúnicas que nos são dirigidas", publicado na Revista Espírita na França, que teve acesso a 3600 mensagens de caráter mediúnico, de variadas fontes. 17% foram prontamente descartadas e 83% foram analisadas.
Destas 3000, apenas 100 demonstraram mensagem relevante, e outras 200 mereceram divulgação. Ou seja do total, apenas 8% das mensagens foram divulgadas e somente 3% foram consideradas realmente relevantes por Kardec
A conclusão de Kardec: “No mundo invisível como na Terra, não faltam escritores, mas os bons são raros”.
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E depois de 2012 ?
E depois de 2012 ?