Baseado em textos diversos sobre o assunto
Deus Brahma
O tempo para os hindus não é linear e sim cíclico, constituindo-se de eras de criação seguidas por destruição e nova criação. Estes ciclos de imensa duração são chamados de Kalpas.
Um Kalpa representa um dia completo na vida do Criador Brahma, e corresponde a 4,32 bilhões de anos terrestres, ou 12 milhões de anos divinos ou ainda 1.000 “grandes-eras” (maha-yuga).
Segundo a tradição, Brahma vive por 36 mil kalpas, sendo que cada kalpa tem um dia e uma noite. Durante a fase da noite, o Cosmos é temporariamente dissolvido em um processo conhecido por pralaya, que dura 4.320.000.000 de anos.
Ciclos de tempo Hindu
Cada Kalpa é dividida em Manvantaras, palavra que significa literalmente, “tempo de Manu”. Manus são criaturas criadas diretamente por Brahma, e que criam Mundos e vida nestes Mundos, por um período de tempo, aproximadamente 307 milhões de anos. Por este motivo também os Manus são chamados de “pais da humanidade” ou “progenitores”.
LEIA
KALPA DIVYA YUGA
Estamos na Kalpa Divya Yuga, ou Eon Divino, que por sua vêz é subdividido em Quatro eras ou ciclos : Satya Yuga, Tetra Yuga, Dwapara Yuga e o quarto é Kali Yuga, a atual.
Cada Yuga (ou Era) é precedido por um período chamado de sandhis, que significa basicamente “período de descanso dos Manus”.
- Satya Yuga, a idade de ouro ou da verdade, quando a mentira e o mal não eram conhecidos – será novamente a próxima Yuga.
Cada Yuga (ou Era) é precedido por um período chamado de sandhis, que significa basicamente “período de descanso dos Manus”.
- Satya Yuga, a idade de ouro ou da verdade, quando a mentira e o mal não eram conhecidos – será novamente a próxima Yuga.
- Tetra Yuga, a idade de prata, aonde prevaleceu a moralidade
- Dwapara Yuga, a idade do bronze, encerrada com a morte de Krishna
- Kali Yuga, a idade do ferro, a atual.
Estamos no Kali Yuga, que se iniciou no final da vida corpórea de Krishna, há aproximadamente 5.100 anos atrás. Portanto ainda restam aproximadamente 427 mil anos da atual Yuga (ou Era).
Krishna
As quatro características principais de Kali Yuga são a Intoxicação, a Prostituição, a Matança de animais e destruição da natureza, e a Jogatina.
Essa é a era em que a gratificação dos sentidos é a meta da existência e acredita-se somente no que se vê — não existe misericórdia, e Deus se tornou um mito. Nesse período, os valores morais declinam e a materialidade sobrepuja a espiritualidade.
O termo KALI (negra) é referente a Deusa Parvati, consorte e atributo de SHIVA, responsável pela morte de tudo que é grosseiro, mal e decrépito.
Shiva, Parvati e Ganesha
Abaixo uma tradução do texto sagrado dos Puranas (5000 A.C.) a respeito da Kali Yuga. O texto abaixo foi extraído do segundo volume da obra “A Doutrina secreta” de H. P. Blavatsky, mas o texto original em sânscrito, pertence ao Purana de Vishnu (A Segunda Pessoa da Trimurti Hindu), escrito há 7.000 anos.
“Haverá monarcas contemporâneos reinando sobre a Terra, reis de espírito mau e caráter violento, voltados à mentira e à perversidade.
Farão matar mulheres, crianças e vacas; cobiçarão as mulheres dos outros; terão poder limitado, suas vidas serão curtas, seus desejos insaciáveis; gentes de vários países, unindo-se a eles seguirão seus exemplos; e, sendo poderosos os bárbaros, sob a proteção dos príncipes, e afastadas as tribos puras, perecerá o povo.
A riqueza e a piedade diminuirão dia a dia, até que o mundo se depravará por completo; a classe será conferida unicamente pelos haveres; a riqueza será a única fonte de devoção; a paixão o único laço de união entre os sexos; a falsidade o único fator de êxito nos litígios; as mulheres serão usadas como objeto de satisfação puramente sexual; a aparência externa será o único distintivo das diversas ordens de vida; a falta de honestidade, o meio universal de subsistência; a fraqueza a causa da dependência; a liberdade valerá como devoção; o homem que for rico será reputado puro; o consentimento mútuo substituirá o casamento; os ricos trajes constituirão a divindade; reinará o que for mais forte; o povo não podendo suportar os pesados ônus (o peso dos impostos) buscará refúgio nos vales.
Assim, na idade de Kali a decadência prosseguirá sem detença, até que a raça humana se aproxime do seu aniquilamento (Pralaya).
Quando o fim da idade de Kali estiver perto, descerá sobre a Terra uma parte daquele Ser Divino que existe por sua própria natureza espiritual (Kalki Avatar); Ele restabelecerá a justiça sobre a Terra e as mentes que viverem até o fim da Kali Yuga serão despertadas e serão tão diáfanas como o cristal. Os homens assim transformados serão como sementes do verdadeiro homem (Eu Superior).”
“Haverá monarcas contemporâneos reinando sobre a Terra, reis de espírito mau e caráter violento, voltados à mentira e à perversidade.
Farão matar mulheres, crianças e vacas; cobiçarão as mulheres dos outros; terão poder limitado, suas vidas serão curtas, seus desejos insaciáveis; gentes de vários países, unindo-se a eles seguirão seus exemplos; e, sendo poderosos os bárbaros, sob a proteção dos príncipes, e afastadas as tribos puras, perecerá o povo.
A riqueza e a piedade diminuirão dia a dia, até que o mundo se depravará por completo; a classe será conferida unicamente pelos haveres; a riqueza será a única fonte de devoção; a paixão o único laço de união entre os sexos; a falsidade o único fator de êxito nos litígios; as mulheres serão usadas como objeto de satisfação puramente sexual; a aparência externa será o único distintivo das diversas ordens de vida; a falta de honestidade, o meio universal de subsistência; a fraqueza a causa da dependência; a liberdade valerá como devoção; o homem que for rico será reputado puro; o consentimento mútuo substituirá o casamento; os ricos trajes constituirão a divindade; reinará o que for mais forte; o povo não podendo suportar os pesados ônus (o peso dos impostos) buscará refúgio nos vales.
Assim, na idade de Kali a decadência prosseguirá sem detença, até que a raça humana se aproxime do seu aniquilamento (Pralaya).
Quando o fim da idade de Kali estiver perto, descerá sobre a Terra uma parte daquele Ser Divino que existe por sua própria natureza espiritual (Kalki Avatar); Ele restabelecerá a justiça sobre a Terra e as mentes que viverem até o fim da Kali Yuga serão despertadas e serão tão diáfanas como o cristal. Os homens assim transformados serão como sementes do verdadeiro homem (Eu Superior).”
Deusa Parvati, como Khali
parada sobre Rati and Kama, que representam o desejo primordial
do qual derivam as repetidas criações. As cabeças em sua mão representam
o Poder e a Sabedoria; a espada aniquliação e destruição,
e o sangue representa a força da vida, que impele as criaturas.
do qual derivam as repetidas criações. As cabeças em sua mão representam
o Poder e a Sabedoria; a espada aniquliação e destruição,
e o sangue representa a força da vida, que impele as criaturas.
As descrições feitas sobre a Era de Khali são bem atuais, qualquer pessoa concordará que seu cenário é similar ao contemporâneo, e similar a diversos textos proféticos de outras origens.
São várias as similaridades, mas destaco uma :
a indicação de que a civilização já passou por outros ciclos de destruição e criação, suposição esta também apontada em diversos textos proféticos nativo-americanos; e em diversas outras culturas.
Notem que são QUATRO os ciclos da Kalpa Divya Yuga, : Satya Yuga, Tetra Yuga, Dwapara Yuga, e o atual, Kali Yuga.
As tradições proféticas nativo-americanas falam de exatamente QUATRO mundos (civilizações), e estamos no quarto.
Tokpela (Espaço sem fim), Tokpa (Meia-noite escura), Kuskurza (Perdido além do tempo), e o atual, Tuwaqachi (Mundo completo).
Não afirmo que são os mesmos ciclos, mas a coincidência chama a atenção.
São várias as similaridades, mas destaco uma :
a indicação de que a civilização já passou por outros ciclos de destruição e criação, suposição esta também apontada em diversos textos proféticos nativo-americanos; e em diversas outras culturas.
Notem que são QUATRO os ciclos da Kalpa Divya Yuga, : Satya Yuga, Tetra Yuga, Dwapara Yuga, e o atual, Kali Yuga.
As tradições proféticas nativo-americanas falam de exatamente QUATRO mundos (civilizações), e estamos no quarto.
Tokpela (Espaço sem fim), Tokpa (Meia-noite escura), Kuskurza (Perdido além do tempo), e o atual, Tuwaqachi (Mundo completo).
Não afirmo que são os mesmos ciclos, mas a coincidência chama a atenção.
- O sistema de castas -
Segundo o hinduísmo, Brahma criou os homens a partir das várias partes do seu corpo, gerando assim as castas.
Este entendimento simbólico, ligado a essência espiritual dos indivíduos, e não a carne, não tem relação original com ancestralidade ou descendência.
Mas devido a incompreensão deste conceito, prevaleceu a ideia de que isso está ligado a consanguinidade, levando assim a preconceitos e privilégios fortemente arraigados no pensamento da Sociedade Hindu, e que ainda perduram.
O Sistema de Castas é proibido pela Constituição Indiana.
brāhmaṇa: os guardiões da ciência e os sacerdotes, que se originaram da boca de Brahma;
kṣatrya: guerreiros e governantes, criados a partir dos braços da divindade;
vaiśya: agricultores, pastores e comerciantes, originados das suas coxas;śūdra: servos, originados dos seus pés.
dalits : nasceram do pó que cobria os pés de Brama. Posteriormente, Gandhi os definiu como harijans, filhos de Hari. O termo dalit (em sânscrito dal significa "despedaçar, separar, abrir") designa coisas ou pessoas separadas, degeneradas, dispersas ou destruídas.
Este entendimento simbólico, ligado a essência espiritual dos indivíduos, e não a carne, não tem relação original com ancestralidade ou descendência.
Mas devido a incompreensão deste conceito, prevaleceu a ideia de que isso está ligado a consanguinidade, levando assim a preconceitos e privilégios fortemente arraigados no pensamento da Sociedade Hindu, e que ainda perduram.
O Sistema de Castas é proibido pela Constituição Indiana.
brāhmaṇa: os guardiões da ciência e os sacerdotes, que se originaram da boca de Brahma;
kṣatrya: guerreiros e governantes, criados a partir dos braços da divindade;
vaiśya: agricultores, pastores e comerciantes, originados das suas coxas;śūdra: servos, originados dos seus pés.
dalits : nasceram do pó que cobria os pés de Brama. Posteriormente, Gandhi os definiu como harijans, filhos de Hari. O termo dalit (em sânscrito dal significa "despedaçar, separar, abrir") designa coisas ou pessoas separadas, degeneradas, dispersas ou destruídas.
Os dalits têm denominações diversas, mas sempre depreciativas.
O maior contingente de convertidos ao cristianismo na India, são dalits. Se convertem para escapar do estigma vinculado a sua casta no hinduísmo, no entanto isso gerou uma reação de segmentos mais radicais da sociedade indiana, naturalmente de castas superiores, e em 10 dos 28 Estados da Índia, foram aprovadas Leis anticonversao. A constituição indiana afirma que a religião é uma questão de jurisdição estadual, não do governo nacional.