O verdadeiro objetivo do conhecimento profético se alcança apenas pela reforma interior, e não pelo conhecimento acumulado em si mesmo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

A tempestade perfeita

 Olá a todos,

A expressão "tempestade perfeita", do inglês “perfect storm”, refere-se a uma situação na qual um evento desfavorável é agravado pela ocorrência de uma combinação de outras circunstâncias ruins.




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Em 09 de agosto de 2021, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, em inglês), divulgou em tom grave o seu relatório sobre o clima. Neste ano de 2021, eventos extremos e incomuns tem sido a regra. 

Abaixo apenas alguns exemplos entre Julho e Agosto de 2021

Uma seca incomum no Brasil, que encarece e compromete o fornecimento de energia elétrica ao Pais, devido à dependência de hidrelétricas para a geração. Ainda em Julho anunciou-se que a Amazônia passou a emitir mais CO2 do que absorve, e a região se aproxima da savanização.

No mesmo período, um frio extremo ocorreu nas regiões sul e sudeste do Pais, comprometendo safras de café e milho, por exemplo. Em um dado momento, mais de 40 cidades no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tiveram ocorrência de neve.


O Brasil está secando

(Cataratas do Iguaçu, abaixo imagem de 06/2021)

Análises de imagens de satélite do território brasileiro entre 1985 e 2020 mostram que, em apenas 35 anos, há perda de superfície de água em oito das 12 regiões hidrográficas, em todos os biomas do Brasil.  A redução de água doce no país entre 1991 e 2020 foi de 15,7%”.  

Os dados são dos pesquisadores do MapBiomas, que é atualmente a plataforma com base de dados mais atualizada sobre as transformações da cobertura e uso da terra no Brasil. Somente a região do  Pantanal perdeu 74% da água desde 1985. 

Em 24 de Agosto de 2021, o Governo Federal do Brasil autorizou o início de plano de racionamento de energia, pela falta de geração em hidrelétricas devido a seca. O regime de chuvas em 2021 foi o pior em 90 anos.

Já em Maio de 2022, o numero de mortos devido a enchentes e deslizamentos, causados por chuvas no Brasil, superou o numero de vitimas fatais de todo o ano de 2021. (matéria jornalística - Junho/2022)

LEIA:

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Na América do norte, no Canadá, fez mais de 46°C em Julho, época do verão por lá, quebrando todos os recordes de calor no País. No EUA fez mais de 47°C, com incêndios enormes cobrindo ambos os países. Estes fatos foram amplamente noticiados.

Na Europa tivemos o recorde de calor no continente, com 48.8°C na Itália, provocando incêndios neste País. Grandes incêndios também foram registrados na Turquia, Grécia, França, Albânia, Portugal, Croácia e Espanha

Incêndios por causa do calor foram registrados na Sibéria (Rússia), aonde fez mais de 38°C, e também na China.

Ainda na Europa, em Julho, houve as maiores enchentes registradas no Continente, atingindo países como Alemanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Suíça, com rios transbordando e centenas de mortos.

E pela primeira vez, se registra chuva na Groenlândia,  a aproximadamente 3000 metros acima do nível do mar.

O National Snow and Ice Data Center (NSIDC) revela que no dia 14 de agosto, as temperaturas no cume da Groenlândia foram positivas pela terceira vez em menos de uma década. Algumas zonas estavam 18º C mais quentes do que a temperatura média.

Esse aumento da temperatura ajudou a criar um fenómeno de chuva extrema, que fez cair intermitentemente sete bilhões de toneladas de água sobre o manto de gelo, durante 13 horas.

"É a primeira vez que isso se observa", afirmou Zoe Courville, engenheira de investigação do Laboratório de Investigação e Engenharia de Regiões Frias.

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Frio extremo em Fevereiro, no Hemisfério Norte

Em fevereiro de 2021, uma das principais manchetes do Mundo falava do frio no Texas, um dos estados mais quentes do EUA em que a temperatura estava a -15°C na época, a ponto do presidente Joe Biden aprovar em 20 de fevereiro, uma declaração de desastre no Texas, atendendo ao pedido do governador Greg Abbott. O estado já estava em emergência por conta das fortes tempestades de neve que aconteciam há dias. (Matéria Jornalística)

Além do Texas, Alabama, Oregon, Oklahoma, Kansas, Kentucky e Mississipi declararam emergências relacionadas ao inverno rigoroso em fevereiro último. Em fevereiro de 2021 a neve cobriu 72% do território dos EUA.

Depois do frio extremo em fevereiro de 2021, apenas 04 meses depois a América do Norte experimentava o mês de junho mais quente já registrado.

Ao longo dos anos temos vários exemplos de eventos climáticos diferenciados ou extremos, causando prejuízos e vitimando animais, plantas e seres humanos, sendo o foco de operações de reconstrução, socorro e resgate que envolvem US$ bilhões.

O ano de 2020 foi o mais caro de todos os tempos para condições climáticas severas, incluindo fortes tempestades, tornados e granizo, com US$ 63 bilhões em danos. Provavelmente estes números serão superados em 2021.  

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Código Vermelho

Voltando ao relatório do IPCC, é considerado o mais abrangente e conclusivo documento sobre a crise climática. Tem mais de 3 mil páginas e foi escrito por mais de 200 cientistas de 60 países, citando mais de 14.000 estudos individuais. Vem sendo chamado de "código vermelho para a humanidade".

O relatório mostra que o mundo provavelmente atingirá ou excederá 1,5 °C de aquecimento nas próximas duas décadas, mais cedo do que em avaliações anteriores. Limitar o aquecimento a este nível e evitar os impactos climáticos mais severos depende de ações ainda nesta década.

Somente cortes ambiciosos nas emissões permitirão manter o aumento da temperatura global em 1,5°C, o limite que os cientistas dizem ser necessário para prevenir os piores impactos climáticos, e isso não vai acontecer sem variadas e profundas mudanças tecnológicas, politicas e sociais. 

Porque a tendência é o aumento de emissões, não sua redução, e isso significa que as previsões feitas e já pessimistas, podem se acelerar.

Em um cenário de altas emissões, o IPCC constata que o mundo pode aquecer até 5,7°C até 2100, com resultados catastróficos. Esse aumento acarretaria mais acontecimentos climáticos extremos, como secas, inundações ou ondas de calor e de frio. As consequências afetariam desde a infra-estrutura e propriedades, a produção de bens de consumo e de alimentos, além de ceifar vidas.

Há uma medida “simples” a ser tomada sobre isso, ou seja, parar de queimar combustíveis fósseis. Outra medida “simples” é parar de degradar o meio ambiente e atuar para recuperá-lo.

Mas governos, empresas e indivíduos estão falhando seguidamente em fazer ambas as coisas.

Os peritos reconhecem que uma redução de emissões não terá efeitos na temperatura global até que se passem pelo menos 20 anos, mas os benefícios na diminuição da contaminação atmosférica serão rapidamente percebidos.

Atualmente, o IPCC possui 195 países-membros, entre eles o Brasil.

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Por meio de suas avaliações, o IPCC determina o estado do conhecimento sobre a mudança do clima, identifica onde há consenso na comunidade científica, e em que áreas mais pesquisas são necessárias. 

Os relatórios resultantes da avaliação do IPCC devem ser neutros, relevantes para a política, e não devem ser prescritivos, ou seja, não tem poder de ordem. Suas avaliações constituem bases fundamentais para as negociações internacionais que visam o enfrentamento da mudança do clima.

Cinco principais pontos de destaque no atual relatório:

  • Estamos a caminho de atingir 1,5 °C de aquecimento mais cedo do que o previsto anteriormente

Se o mundo seguir um caminho de alto carbono, o aquecimento global poderá subir para 3,3-5,7°C acima dos níveis pré-industriais no final do século. Para colocar isso em perspectiva, o mundo não experimentou um aquecimento global de mais de 2,5°C nos últimos 3 milhões de anos.

  • Limitar o aquecimento global a 1,5°C até o final do século ainda está ao nosso alcance, mas requer mudanças transformadoras

Se o mundo tomar medidas muito ambiciosas para conter as emissões na década de 2020, ainda podemos limitar o aquecimento a 1,5°C até o final do século. Este cenário inclui um pico potencial de 1,6°C entre 2041 e 2060, após o qual as temperaturas caem abaixo de 1,5°C até o final do século.

  • Agora é inequívoco que as emissões causadas pelo homem, como a queima de combustíveis fósseis e o corte de árvores, são responsáveis pelo aquecimento recente.

A ciência da atribuição que liga eventos extremos ao aquecimento induzido pelo homem tornou-se muito mais sofisticada, graças a maiores dados observacionais, reconstruções paleoclimáticas aprimoradas, modelos de alta resolução, capacidade maior de simular o aquecimento recente e novas técnicas analíticas. Os cientistas também descobriram que a influência humana é o principal motor de muitas mudanças na neve e no gelo, nos oceanos, na atmosfera e na terra.

  • As mudanças que já estamos vendo são sem precedentes na história recente e afetarão todas as regiões do globo

A mudança climática já impactou todas as regiões da Terra. Não estamos apenas quebrando recordes de aquecimento e outros impactos, mas o mundo em que vivemos hoje não tem paralelo recente.

  • Cada fração de aquecimento leva a impactos mais perigosos e custosos

Cada fração de aquecimento realmente importa – seja relacionada à intensidade e frequência das precipitações extremas, à severidade das secas e ondas de calor ou à perda de gelo e neve. Muitas consequências das mudanças climáticas se tornarão irreversíveis com o tempo, principalmente o derretimento das camadas de gelo, a elevação dos mares, a perda de espécies e a acidificação dos oceanos. E os impactos continuarão a aumentar e se agravar à medida que as emissões aumentam.

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Acordo de Paris

O Acordo de Paris é um compromisso mundial sobre as alterações climáticas e prevê metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa. Para que esse acordo entrasse em vigor, era necessário que os países que representam em torno de 55% da emissão de gases de efeito estufa, o ratificassem. 

Em 12 de dezembro de 2015, o acordo foi assinado após várias negociações, entrando em vigor em 4 de novembro de 2016. 

196 países assinaram e 147 ratificaram.  Os Estados Unidos saiu do Acordo em 2017, durante o governo Donald Trump, e em 2021 o país voltou a seguir o tratado no Governo Biden.

O principal objetivo do Acordo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, um resíduo da queima de combustíveis fósseis como carvão mineral, a gasolina e o diesel.

O dióxido de carbono representa em torno de 60% dos gases de efeito estufa que são lançados em nossa atmosfera, e há também o Metano e os Clorofluorcarbonetos, dentre outros gases de menor participação.

A única maneira de retirar o dióxido de carbono de nosso meio é através da fotossíntese, e como nas últimas décadas a devastação das florestas se intensificou e as emissões aumentaram, o nível de CO2 tende a disparar. 

Existem tecnologias propostas para reduzir a concentração de CO2 da atmosfera, que envolvem a captura e armazenamento de carbono. De fato, precisamos remover bilhões de toneladas métricas de dióxido de carbono da atmosfera, ao mesmo tempo em que reduzimos estas emissões.

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Captura e armazenamento de carbono

Captura e armazenamento de carbono, ou captura e armazenamento de dióxido de carbono (ou CCS, do inglês carbon capture and storage), refere-se a uma tecnologia que tenta travar a emissão de grandes quantidades de dióxido de carbono para a atmosfera.

O principal objetivo desta nova tecnologia é capturar e armazenar o CO2, sem consequências nocivas para o meio ambiente.

A captura de CO2 consiste dos diversos procedimentos aplicados para que esse gás possa ser retido em processos produtivos, e posteriormente armazenado. As três principais linhas de captura são captura por pós-combustão, captura por oxi-combustível e captura por pré-combustão.

Quanto ao armazenamento de CO2, este só pode ser realizado em formações geológicas específicas, adequadas para a retenção do gás.


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O desmatamento global já atingiu um nível muito prejudicial ao planeta

Eliminar matas nativas, além de matar com dezenas de espécies de animais e plantas que neles vivem, significa também destruir mananciais, e em vários casos, significa acabar com verdadeiros “rios voadores” que levam a umidade a regiões férteis e mais densamente habitadas, e que precisam desta água.

Desmatar representa um enorme prejuízo local e global, na absorção do dióxido de carbono e na perda de biodiversidade.

O Brasil assinou o Acordo de Paris em 2015, comprometendo-se a reduzir até 2025 suas emissões de gases de efeito estufa em até 37% (comparados aos níveis de 2005), estendendo essa meta para 43% até 2030. 

Só no primeiro ano do atual Governo, 2019, as emissões do Brasil registraram o maior aumento desde 2003 e subiram 9,6% (a estimativa para 2020 é que tenha dobrado), principalmente devido as queimadas e desmatamento na Amazônia, visando principalmente o contrabando de madeira e a expansão do agronegócio. Outro objetivo tem sido o garimpo ilegal.

72% das emissões de 2019 tiveram relação com atividades rurais, como a agropecuária e mudanças no uso do solo (desmatamento e queimadas), tornando o Brasil o quinto emissor global de gases de efeito estufa. 

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Fitoplancton e fotossintese

O fitoplâncton compreende o conjunto de algas microscópicas e de cianobactérias, que habitam os oceanos e outros ecossistemas aquáticos. É encontrado próximo à superfície, devido a necessidade de captar a luz solar para realizar a fotossíntese.

Estima-se que 50 a 80% do oxigênio da Terra seja produzido nos oceanos. 

A maior parte dessa produção é realizada pelo fitoplâncton, mas também por algas e outras plantas marinhas, e que também absorvem quantidade considerável de CO2 da atmosfera.

Nossa ação está comprometendo os ecossistemas marinhos, e além de poluir, estarmos mudando lentamente o PH dos oceanos, em um processo chamado de acidificação, justamente devido ao excesso de CO2. 

Se este processo continuar, acabaremos comprometendo a existência de fitoplancton, que além de gerar Oxigênio, é a base da cadeia alimentar nos oceanos, servindo de alimento ao zooplancton.  

Sem o fitoplancton, a vida nos oceanos praticamente irá desaparecer e perderemos, além de toda a biodiversidade marinha, uma fonte fundamental de alimentos e nosso maior gerador de O2 e de remoção do CO2.

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A atividade humana está alterando o modo como o mundo gira

A crise climática que vivenciamos, altera o modo como o mundo gira, literalmente. Isso é fato cientificamente demonstrado.

O eixo de rotação terrestre está se deslocando com mais velocidade, conforme o aquecimento global derrete geleiras nos polos Norte e Sul do nosso planeta. Esse mecanismo é apontado em estudo publicado nas revistas Geophysical Research Letters e American Geophysical Union, em março de 2021.

A pesquisa mostrou que a mudança climática esta por trás de uma série de deslocamentos no eixo de rotação da Terra, pelo menos desde a década de 1990.

Nos últimos 30 anos, o eixo do planeta, a linha imaginária em torno da qual a Terra gira sobre si mesma, teve um deslocamento acelerado. A avaliação indica que entre 1995 e 2020, a velocidade do movimento dos pólos aumentou 17 vezes, em comparação com o observado entre 1981 e 1995.

A rotação de qualquer objeto é afetada pela forma como sua massa é distribuída, e com o planeta não é diferente. A distribuição da massa da Terra, por sua vez, está sempre mudando de forma lenta e natural, à medida em que sua superfície se transforma.  Só que a perda de água das regiões polares, o gelo que derreteu e continua derretendo, e que escoa para os oceanos, vem alterando a distribuição das águas no planeta. O derretimento do gelo nas regiões polares e nos picos nevados de várias cordilheiras, é uma consequência direta da mudança climática provocada pelo homem.

Em menor grau, a ação de bombear água de aqüíferos para agricultura ou consumo humano também tem impacto, porque a água dos lençóis freáticos antes armazenada no subterrâneo, tende a fluir para o mar, contribuindo para a redistribuição da massa do planeta. Especialistas estimam que nos últimos 50 anos, foram extraídos quase 20 trilhões de toneladas de água de reservatórios subterrâneos, o que nunca foi reposto. A Índia é o país aonde mais isso vem ocorrendo.

Outro fator é o excesso de construções, que desloca materiais como pedra, areia, ferro e outros, concentrando-os em pequenas áreas geográficas. São cidades inteiras que vem sendo planejadas e criadas a partir do zero, ou sendo rapidamente verticalizadas. Obras de porte grandioso ao redor do Mundo também contribuem para isso. Em 2020, os objetos feitos pelo ser humano superaram, em peso, toda a vida na Terra.

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Estamos afetando a  inclinação do eixo da Terra, e esta inclinação é um dos principais mecanismos naturais que regula o ritmo do clima no planeta, distribuindo luz e calor de forma diferente para latitudes diferentes. 

Quando esta inclinação se altera, o clima em variadas latitudes também é afetado, e afeta também todo o sistema. Isso traz eventos diferenciados em áreas em que tradicionalmente não ocorrem, ou, pelo menos, não com tanta intensidade. 

Alterações nos ciclos de calor e frio, levando calor em áreas tradicionalmente mais frias, e trazendo secas em locais historicamente úmidos, também alterando o ritmo de chuvas, monções, nevascas, tempestades, tornados e furações.

Este parece ser o cenário da nossa "tempestade perfeita", e afinal de contas, estamos no antropoceno.

O efeito humano sobre a inclinação do eixo Terra, ainda não é um consenso cientifico, mas seus principais elementos tem amplo embasamento cientifico.

Assim como em 2014 comentei no texto "Termostato desregulado" que eventos extremos de frio e calor iriam aumentar, citando o que significaria em termos gerais e o principal motivo para isso, neste texto afirmo que existe a possibilidade de estarmos entrando em uma "espiral negativa" em que nossa atividade modifica e afeta o planeta, a tal ponto que ele “responde” compensando o desequilíbrio provocado pelo Homem e se reajustando. 

Iniciamos um processo de mudança planetária que deverá seguir seu rumo, até chegar a um novo equilíbrio.

Este reajuste no eixo traz como consequência direta a reordenação do clima planetário e de alguns dos sistemas naturais que regem a biosfera. Isso acelera alterações climáticas que vivenciamos, aumentando os efeitos causados no clima por nós mesmos.

Podemos ter criado um efeito dominó muito além de nossa condição de reverte-lo.

Se de fato estivermos neste processo, mesmo que o ser humano interrompa completamente as emissões de gases estufa, nosso mundo continuará mudando até atingir um novo equilíbrio, não só na distribuição de sua massa, como também um novo equilíbrio climático. 

E estaremos bem no meio disso.

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Antropoceno

Antropoceno é um termo usado para descrever o período mais recente na história do Planeta Terra, a Era dos Humanos na Fase Industrial. 

O termo foi cunhado pelo Prêmio Nobel de Química de 1995, o Dr. Paul Crutzen.  Um trecho do "Earth System Science in the Antropocene", Estudo do Dr. Crutzen, pode ser lido aqui.

Não há ainda uma data de início precisa e oficialmente apontada, mas muitos consideram que o Antropoceno começa no final do Século XVIII, quando as atividades humanas começaram a ter um impacto global significativo no clima da Terra e no funcionamento dos ecossistemas. Esta data coincide com o aprimoramento do Motor a vapor por James Watt em 1784.  

No Antropoceno a humanidade danificou o equilíbrio existente em todas as áreas naturais do planeta. Alterou a química da atmosfera, promoveu a acidificação dos solos e dos oceanos, poluiu rios, lagos e mares, reduziu a disponibilidade de água potável, ultrapassou a capacidade de regeneração da Terra e está promovendo uma grande extinção em massa das espécies. 


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Amnésia geracional

A "amnésia geracional" tem efeitos profundos na maneira como vemos o mundo e os danos causados ao meio-ambiente. Todos nós sofremos disso, não importa quão jovens ou velhos sejamos.

Basicamente consiste no fato de que cada geração recebe um mundo que foi moldado por seus predecessores, mas aparentemente esquece esse fato.  

Não é que os indivíduos não lembrem do passado que eles próprios viveram, é a Humanidade que coletivamente "esquece" o mundo natural como era antes, com o passar das gerações. 

A percepção da natureza se transforma ao longo do tempo, e fica registrada em nossa memória determinando nossa relação com o mundo natural. 

O que representa isso?

Na sua experiência de vida, aquele rio é um valão, aquela área mais afastada sempre foi um pasto, pássaros raramente cantam e não há insetos além de formigas, moscas ou baratas. 

Portanto não há como você contar para as próximas gerações sobre árvores, peixes e pássaros que você nunca viu. E se nunca viu, nunca se importou muito com isso.

Assim, as expectativas do que é um ambiente natural e saudável são cada vez mais baixas, e há uma aceitação gradual da degradação ambiental.

Esse fenômeno é conhecido como Síndrome de Deslocamento da Linha de Referência (Shifting Baseline Syndrome ou SBS).

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Pandemia

Mesmo em 2020, quando a pandemia fez as emissões de gases estufa diminuir, foram emitidos em torno de 34 gigatoneladas de CO2 na atmosfera. Cada gigatonelada representa 1 bilhão de toneladas.

Embora tenha sido uma quantidade 7% menor que em 2019, no mesmo período a concentração de CO2 na atmosfera bateu recorde.

A atividade humana está destruindo áreas naturais, acabando com a biodiversidade, desmatando em ritmo acelerado e produzindo gases de efeito estufa. 

Esta atividade também polui o solo e os oceanos com variados resíduos, de micro plásticos a metais pesados, de óleo cru a esgoto in natura e restos de lixo. Nos mares, principalmente os costeiros das grandes Cidades, em algumas áreas se encontra de tudo, pneus velhos, embalagens diversas e até tampas de privada.

Zonas mortas nos oceanos tem aumentado e se multiplicado.

A atividade humana utiliza recursos naturais muito além da capacidade de regeneração do planeta, por exemplo, a água doce, o recurso mais fundamental a vida humana e a produção agrícola e animal para seu consumo. 

No dia 29 de julho de 2021, chegamos ao Dia da Sobrecarga da Terra. Em 2020 esta data foi em 22 de agosto, e em 2019 também ocorreu em 29 de julho.

A água doce vem sendo super utilizada e mal utilizada, resultando atualmente em que uma em cada três pessoas no mundo não tem acesso a água de qualidade, para consumo e fornecida com regularidade. 

No total, 2,2 bilhões de pessoas estão nessa situação, e mais de 4 bilhões de indivíduos não têm acesso a esgoto sanitário.  

No Brasil, 35 milhões de pessoas não têm acesso à água potável e 40% dos municípios não têm qualquer serviço de esgoto, representando mais de 34 milhões de domicílios sem tratamento de esgoto no País.

E todos estes dejetos vão parar em rios, aquíferos e mares.

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Pandemiceno

A ideia de um pandemiceno surgiu em um artigo de abril/2022 da revista The Atlantic feito pelo jornalista Ed Young, dono do prêmio Pullitzer de 2021 por suas matérias sobre a covid-19.

A matéria tem como base um estudo publicado na revista Nature. De acordo com o texto, o modelo de experimentação testado por cientistas de diversas universidades, mostra que com o aumento da temperatura média do planeta Terra, novos vírus de potencial desconhecido irão, inevitavelmente, atingir a humanidade e causar novas epidemias.

Pandemia de covid-19 pode ter inaugurado era de sequenciais pandemias causadas pelas mudanças climáticas.

O aumento frequente no número de pessoas entrando em contatos com vírus levaria a mais pandemias e inevitavelmente iria inaugurar uma era de proliferação intensa de vírus entre seres humanos, levando a uma “Era das Pandemias”, ou, nos termos de Ed Young, um “pandemiceno”.

Interações humanas com animais silvestres, causadas pela migração de animais para outros habitats, impactados pelas mudanças climáticas e pela atividade humana, podem acabar criando vírus mais complexos, resistentes e desconhecidos

“A parte mais preocupante disso é que a simulação mostrou que essas tendências já estão acontecendo e que  mesmo que todas as emissões de carbono cessem hoje, nada vai mudar. O impacto do aquecimento global nos hospedeiros e vetores de vírus não pode ser detido. Já começamos isso, e já está em andamento neste mundo”.  (matéria jornalistica de 2022)

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Ondas de calor geram escassez global de pólen

Foi divulgado em Julho/2022 que mesmo com água adequada, o calor pode danificar o pólen e impedir a fecundação na canola e em muitas outras culturas, incluindo milho, amendoim e arroz.
  Pesquisadores estão buscando maneiras de ajudar o pólen a vencer o calor. Eles estão descobrindo genes que podem levar a variedades mais tolerantes a altas temperaturas e criando cultivares (novas raças) capazes de sobreviver ao inverno e florescer antes do calor vir à tona.
Os cientistas estão sondando os limites precisos do pólen e até mesmo colhendo pólen em larga escala para pulverizar diretamente as plantações quando o clima melhorar.

O que está em jogo é grande parte da nossa alimentação. 

Cada semente, grão e fruta que comemos é um produto direto da polinização. (materia jornalistica)


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Embora a maioria das pessoas perceba as mudanças climáticas em andamento e se preocupe com elas e com a degradação ambiental, infelizmente esta mesma maioria não parece manter um grau de interesse no tema, além do trivial de rodas de bate-papo, e opta em não pensar muito sobre isso. 

Compreendo esta opção diante das necessidades diárias que nos tomam tempo e recursos, mas cabe compreender que o que ocorre agora pelo Mundo, ameaça o nosso estilo de vida, nossa própria sobrevivência e a dos nossos descendentes. 


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quarta-feira, 7 de julho de 2021

Implantes, Biometria, Aprimoramento Humano, IA e Transhumanismo



Muitos falam sobre microchips e implantes como sendo a “marca da besta”. 

Segundo a Bíblia, e também o Corão, surgirá no Mundo uma liderança politico-religiosa cujo carisma ultrapassará fronteiras, realizará prodígios e cativará milhões. Esta liderança promoverá a Paz, até que em determinado ponto esta mesma liderança trará uma guerra de proporções épicas.

No processo ele clamará a divindade e adoração, e implementará uma espécie de marca entre seus apoiadores e governados: "E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas".

Sem este sinal ou marca, quem estiver sobre sua governança não conseguirá ter uma vida, digamos, normal: "Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome".

Isso é a chamada "marca (sinal) da besta", e de fato a narrativa do Apocalipse demonstra um potencial técnico compatível com uma série de tecnologias existentes e emergentes.

E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.

LEIA:


Antes de abordamos possibilidades técnicas sobre o que poderia ser a marca da besta, cabe recordar o texto de Deuteronômio 6:4-8, que fala da aliança do povo judeu com DEUS.

'Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos.'

É inevitável fazer o paralelo da aliança do povo judeu com DEUS, descrito em Deuteronômio 6, que se fez sem qualquer aparato físico e representando um SINAL na mão e na fronte, com a marca da besta descrita no Apocalipse.

Evidentemente, a descrição do sinal da besta busca imitar a descrição do sinal da aliança com DEUS, e neste sentido, deixa a possibilidade de não ser algo físico.

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Microchip implantado

O implemento do microchip é por si só algo desagradável pelo ponto de vista da privacidade, e indica uma direção que pode se tornar perigosa em ditaduras e teocracias. Tais Regimes podem no futuro, obrigar suas populações a adotarem alguma tecnologia do tipo e de forma compulsória, e com isso ter, literalmente, a condição de controlar todos os passos de cada cidadão.

Isso já acontece em parte hoje em dia, através de nossos celulares e cartões de débito e crédito, Cada compra, cada ligação, cada pesquisa na internet que fazemos, revela nossos hábitos.

Então, embora eu não afirme que o microchip venha a ser a marca da besta em um futuro próximo, entendo que há elementos descritos no Apocalipse que estão presentes nos recursos técnicos do assim chamado, microchip implantado (biochip).

Abrir portas ao se aproximar, passar por um acesso restrito sem precisar digitar senha, usar crachá ou colocar a impressão digital. Isso já é possível por causa do biochip, chamado assim por ser biocompatível com o organismo hospedeiro, para que não ocorra a rejeição

Em alguns países, pessoas das classes sociais mais abastadas ou pessoas chave de Governos, colocam implantes subcutâneos para poderem ser rastreadas. E o motivo é o temor de sequestros.

A tecnologia do biochip envolve um circuito eletrônico, que funciona dentro de uma cápsula de vidro.

Atualmente ele tem o formato de uma pílula, do tamanho de um grão de arroz, e é implantado em alguma parte do corpo, geralmente nas mãos ou braços. É introduzido no corpo por uma injeção ou por pistolas semelhantes às usadas para vacinação. 

Atualmente esses chips transmitem os dados via rádio frequência (RFID Radio-Frequency IDentification) ou por Comunicação por campo de proximidade (NFC Near Field Communication). O circuito não possui bateria e só funciona quando é ativado para ser monitorado.

Tecnicamente é possível "chipar" a população de um País e mesmo de alguns países em poucos meses, e isso poderia se dar de forma natural e vantajosa a população, através do amplo uso de biometria somado a aplicações comerciais, médicas e de entretenimento, tornando seu uso bastante prático e quase indispensável.  

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Biometria, o que é?

Atualmente as principais formas de identificação das pessoas pelos sistemas informatizados utiliza o "Saber" ou/e o "Ter". 

O “Saber” é a senha que você cria e informa para se habilitar em alguma compra ou transação.

O “Ter” é o seu cartão de acesso ou outro dispositivo qualquer que o habilita para alguma transação comercial ou bancária.

Nenhum deles garante 100 % que o portador da informação e do objeto, seja o proprietário deles, e é aqui que entra a Biometria, o componente “Ser”, e este componente não têm como ser cedido a terceiros. 

A biometria é basicamente o ramo da ciência que estuda a mensuração dos seres vivos.

Portanto a identificação biométrica se refere as características físicas mensuráveis de um indivíduo, e que serão utilizadas para verificar sua identidade sempre que necessário, comparando-as com imagens (medidas) previamente gravadas e identificadas do individuo.

A identificação do individuo, que na verdade é uma comparação entre imagem fornecida no momento da identificação, com uma imagem previamente registrada, pode ser feita por meio de dispositivos de leitura ótica, que irão converter as características físicas do indivíduo em dados digitais para poderem ser comparados.

Principais biométricos físicos utilizados atualmente são a impressão digital, a geometria da mão, o reconhecimento facial e o reconhecimento da íris. Os principais biométricos comportamentais atuais são a dinâmica da assinatura ou da digitação, o jeito de caminhar e o padrão de voz.

Se há alguns poucos anos isso era novidade, hoje biométricos são utilizados por bilhões de pessoas cotidianamente, em celulares, em terminais de auto-atendimento ou ainda para marcar os amigos nas fotos das redes sociais.

(Julho/2021)

Vinte estados das cinco regiões do Brasil utilizam ou estão implementando a tecnologia de reconhecimento facial na segurança pública local. Outros três estudam sua implementação e apenas quatro estados não utilizam, não tiveram contato com o sistema ou planejam utilizá-lo. Os dados foram levantados pela reportagem por meio das secretarias estaduais de Segurança e das polícias Civil e Militar.

A tecnologia também será usada pela Polícia Federal. O órgão anunciou um sistema que irá coletar, armazenar e cruzar dados pessoais de 50,2 milhões de brasileiros. Para isso, o programa utilizará registros do reconhecimento facial e impressão digital, além de unificar dados das secretarias de Segurança estaduais. (Matéria jornalística)


Em 05 de Julho de 2021, o diretor-geral da Polícia Federal do Brasil, assinou um contrato para aquisição e implementação do novo ABIS (Solução Automatizada de Identificação Biométrica). O projeto ajudará a identificar pessoas através de coleta, armazenamento e cruzamento de dados a partir da impressão digital e/ou reconhecimento facial.

O programa ABIS ganha uma expansão e melhoria para que possa catalogar dados de até 50,2 milhões de brasileiros inicialmente, mas o objetivo é que seja possível catalogar os dados pessoais sensíveis de toda a população brasileira.  (Matéria jornalística)

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IoT, o que é?

A ideia de IoT ou internet das coisas, é tornar todas as coisas conectadas, aparelhos, equipamentos e mesmo objetos comuns, trocando informações com outros objetos e também com pessoas. O IoT refere-se ao conjunto de dispositivos que não são naturalmente digitais, mas que podem coletar informações, enviar, agir em relação a elas, ou realizar todas essas ações. 

Então podemos entender a IoT como uma extensão da internet atual, porque possibilita que objetos do dia-a-dia, quaisquer que sejam, desde que tenham alguma capacidade computacional e de comunicação, se conectem e se interconectem.

A interatividade da IoT ocorre entre pessoas e objetos e entre objetos com objetos, se utilizando de radio frequência (RFID), Internet, WiFi, Ethernet, Bluetooth ou outros protocolos de comunicação. Dependendo do grau de complexidade e da natureza de sua atuação, um objeto conectado pode receber instruções para armazenamento, para efetuar ações diversas de acordo com sua natureza, ou para fornecer respostas para solicitações de dados.

Por exemplo, com a IoT os proprietários de carros podem operá-los de modo remoto, pre-aquecendo o carro antes que o motorista entre nele. Dada a capacidade da IoT de permitir a comunicação de dispositivo para dispositivo, os carros com IA (inteligencia artificial) poderão até mesmo agendar seus próprios compromissos de serviço quando necessário. 

Com carros conectados, fabricantes de automóveis ou revendedores poderão cobrar taxas de uso de motoristas, oferecendo um “transporte como serviço” que usa carros autônomos, e a IoT permitirá que os fabricantes atualizem seus carros continuamente com novos softwares, uma diferença significativa em relação ao modelo tradicional de propriedade de carros. 

Embora a ideia de IoT exista há anos, somente avanços tecnológicos recentes tornaram isso possível.

- Acesso à tecnologia de sensores de baixo custo e baixa potência. Sensores acessíveis e confiáveis tornam a tecnologia IoT possível para mais fabricantes.

Conectividade. Uma série de protocolos de rede para a internet facilitou a conexão de sensores à nuvem e a outras “coisas” para uma transferência de dados eficiente.

- Plataformas de processamento em nuvem. O aumento na disponibilidade de plataformas em nuvem permite que empresas e consumidores acessem a infraestrutura de que precisam para expandir sem realmente precisar gerenciar tudo isso.

Machine learning e análise avançada. Com os avanços no machine learning e na análise avançada, juntamente com o acesso a quantidades variadas e vastas de dados armazenados na nuvem, as empresas podem obter informações de maneira mais rápida e fácil. O surgimento dessas tecnologias aliadas continua a empurrar as fronteiras da IoT e os dados produzidos pela IoT também alimentam essas tecnologias.

Inteligência artificial conversacional (IA). Os avanços nas redes neurais trouxeram o processamento de linguagem natural (NLP) para dispositivos IoT (como os assistentes pessoais digitais AlexaCortana e Siri) e os tornaram atraentes, acessíveis e viáveis para uso doméstico.

E o 5G?


O 5G será em 2021, o próximo passo evolutivo para a banda larga sem fio. 

Sua missão é elevar as potencialidades da rede atual, conhecida como 4G, alçando a banda larga móvel a altíssimos padrões de velocidade de conexão e de usuários simultâneos.

As redes 5G prometem uma cobertura mais ampla e eficiente, maiores transferências de dados, além de um número significativamente maior de conexões simultâneas.

O interesse gigantesco em torno do 5G se dá porque ele será importante, não apenas para termos downloads mais rápidos, mas para dar conta de um futuro em que todos os dispositivos (IoT) estarão permanentemente conectados à rede. 

Drones, carros autônomos, lâmpadas, sua cafeteira e geladeira, ou qualquer outra coisa que tenha alguma capacidade computacional e de comunicação, estará conectado. 

Então, além de você poder baixar em segundos aquele longa-metragem em seu celular 5G,  sua geladeira com IoT poderá para avisar a você quando o queijo estiver acabando, diretamente em seu celular.

As antenas da rede 5G serão acopladas às antenas 4G já existentes, que serão adaptadas para funcionar em paralelo com a nova infraestrutura de conexões. Antenas menores com alcance de poucos metros, como as domésticas, poderão ser instaladas para repetirem o sinal dos dispositivos locais, que será, então, redirecionado para uma estação central.


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Imaginemos daqui a alguns poucos anos que eu queira pegar o metrô

Eu simplesmente estendo meu braço com o implante sobre um terminal e esse debita do meu porta-crédito agregado ao chip ou debita de minha conta corrente em tempo real, o valor da  passagem, abrindo a catraca imediatamente.

Transação comercial? Olho para uma leitora de Iris ou de reconhecimento facial, ou ainda, aproximo meu implante de um terminal, e esse conjunto de informações me identifica e me libera a transação que eu queira fazer, sem eu precisar informar nada.

Esse cenário já é factível tecnicamente em variados locais do planeta, mas ainda demanda investimentos técnicos e mudanças culturais para ser universalizado. Mas fica fácil entender como com um simples comando eletrônico, uma pessoa neste cenário poderia ser rastreada, cerceada de comprar, vender ou se deslocar.

No Brasil já temos exemplos do uso de biometria em ônibus, mas por enquanto apenas para controlar o uso indevido de passe escolar e de cartões com gratuidade.

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O sistema Face Pay 
(Outubro/2021)

Em 15 de Outubro de 2021a Rússia se tornou o primeiro País a adotar um sistema de pagamento biométrico facial, chamado de "face pay", para uso em todas as 241 estações do metro de Moscou. Para entrar no metrô, "basta aos passageiros olharem para uma câmera", explicou o encarregado do transporte da prefeitura, Maxim Liksutov.

As autoridades informam que os dados coletados mediante o reconhecimento facial estarão "criptografados de forma segura" e que a câmera da catraca vai ler uma "chave biométrica" e não uma imagem do rosto da pessoa. (Matéria jornalistica). Outro sistema similar já disponível no Mercado, é o PayByFace.

Os microchips que permitem pagamento com a mão
(Abril/2022)

A empresa anglo-polonesa Walletmor diz que se tornou, em 2021, a primeira empresa a colocar à venda chips de pagamento implantáveis. 

"O implante pode ser usado para pagar uma bebida na praia do Rio de Janeiro, um café em Nova York, um corte de cabelo em Paris — ou no supermercado local", diz o fundador e presidente-executivo Wojtek Paprota. "Ele pode ser usado onde quer que pagamentos sem contato sejam aceitos."

O chip de Walletmor, que pesa menos de um grama e é pouco maior que um grão de arroz, é composto por um minúsculo microchip e uma antena envolta em um biopolímero — um material de origem natural, semelhante ao plástico. Paprota diz que o chip é totalmente seguro, tem aprovação regulatória e funciona imediatamente após ser implantado. Não requer bateria ou outra fonte de energia. A tecnologia utilizada é a comunicação de campo próximo ou NFC, em inglês - o sistema de pagamento por aproximação. 

Outros implantes de pagamento são baseados em identificação por radiofrequência (RFID), que é a tecnologia similar normalmente encontrada em cartões de débito e crédito físicos por aproximação. (Matéria jornalistica) 

Interessado? Encomende o seu.

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Um dos empecilhos ao implemento desta tecnologia de forma ampla, para atender desde o comércio e serviços nas grandes cidades, até as localidades mais afastadas e interioranas de qualquer País, é a ausência de uma rede de comunicação eletrônica e de qualidade, fora de determinadas áreas geográficas. Isso é um grande problema para países de grandes extensões, como Brasil, China, EUA ou Rússia, e que desejam capilarizar suas redes de internet. Mas mesmo em países pequenos, proporcionar uma rede de comunicação on-line e real-time de qualidade e a nível nacional, não é tarefa simples.

On-Line significa que estará sempre conectado, e real-time significa que as transações ocorrerão em tempo real. Já temos no Brasil um sistema de pagamento que funciona exatamente assim, o PIX, mas mesmo isso terá limitação de alcance aonde sinais de internet não chegam, ou aonde hão haja eletricidade. 

Sobre a energia elétrica, existe a demanda natural pela eletrificação, e pessoas e comunidades afastadas se eletrificam, mesmo com geradores. Neste sentido, é muito mais simples hoje prover eletricidade no interior da floresta amazônica, por exemplo, do que sinal de internet com qualidade necessária a transações comerciais ou bancárias.

Mas e se todos os lugares do Mundo tivessem sinal de internet de qualidade?

A introdução do 5G em rede celular busca suprir um sinal de internet estável e de alta qualidade a boa parte das populações do Mundo, mas como já explicado, esta rede depende de uma infraestrutura de torres e repetidores que não existe em todos os locais, e portanto, seu alcance tem limitações. Starlink é um projeto de desenvolvimento de uma rede de satélites de baixo custo, em andamento pela empresa americana SpaceX, que pertence ao empresário Elon Musk.

Starlink é um projeto de desenvolvimento de uma rede de satélites de baixo custo, em andamento pela empresa americana SpaceX, que pertence ao empresário Elon Musk.

Eles vem lançando satélites de baixa altitude, para implementar um novo sistema de comunicação baseado na internet. Cada satélite pesa aproximadamente 227 kg e possui um design de painel plano que possui múltiplas antenas de alto rendimento e um único painel solar.

Esta constelação de satélites em órbita terrestre baixa (LEO) formará a espinha dorsal de uma rede global de internet de banda larga, e a empresa planeja lançar mais 12 mil desses satélites. 

Então estamos caminhando para uma rede de internet realmente global, aonde qualquer ponto do planeta estará coberto com sinal de internet de alta velocidade, e pessoas e equipamentos poderão compartilhar dados através dela, seja em Manhattan (NY), seja no meio da floresta amazônica, seja em um barco no meio do oceano Pacífico.

Não estou dizendo que Musk pretende dominar o Mundo ou que está agindo com este intuito para si mesmo ou para outros. O objetivo da SpaceX é ganhar dinheiro.

Mas o processo tecnológico iniciado por esta Empresa, deverá expandir uma série de novas tecnologias e também deverá expandir o número de usuários destas tecnologias a nível global. A empresa está demonstrando a viabilidade da tecnologia a outros grupos que talvez não sejam tão bem-intencionados, como Governos, Agências de inteligência, espionagem ou repressão, cyber-criminosos e é claro, o pessoal militar.

Então estamos no limiar de uma internet global de alta velocidade, aonde objetos com IOT (internet das coisas), equipamentos conectados e pessoas com meios de se conectar, estarão (ou poderão estar) conectados o tempo todo e em qualquer lugar.

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Em novembro de 2021, o Ministério das Comunicações do Brasil, divulgou em seu site que o ministro brasileiro das comunicações, "Fábio Faria discute parceria com Elon Musk para conectar Amazônia por satélite". 

Para Elon Musk, levar internet para "as pessoas do Brasil que têm mais dificuldade de se conectar" é uma oportunidade a ser celebrada. "Estamos ansiosos para poder proporcionar conectividade para os menos conectados", ressaltou o empresário norte-americano.   

OneWeb, concorrente da SpaceX, e que também foi visitada por Faria nos EUA, pediu autorização do governo brasileiro para atuar no país. Qualquer empresa interessada em explorar a comunicação via satélite no Brasil, precisa obter autorização junto à Anatel

Musk esteve no Brasil em maio de 2022, e a Starlink começou a fornecer serviços para usuários brasileiros em fevereiro do mesmo ano.

Em 02 de junho de 2022, o Senado brasileiro aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a inclusão digital como um dos direitos fundamentais da população. 

O texto define que o poder público deverá adotar políticas que busquem ampliar o acesso à internet no país. (Matéria jornalistica)

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Em julho de 2022, foi divulgado que o serviço de internet da Starlink, passou a ter a aprovação do governo dos Estados Unidos para expandir seus serviços para aviões, automóveis, trailers e outros veículos móveis. 

A aprovação regulatória, emitida pela Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) na quinta-feira (29/06), também concede à SpaceX a capacidade de expandir seus serviços para trens, navios e outros veículos, abrindo uma ampla gama de potenciais clientes corporativos. (Matéria jornalistica)

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Comentei em 2021, mais acima neste texto, que existe a demanda natural pela eletrificação, e que seria mais simples prover eletricidade no interior da floresta amazônica, do que sinal de internet com qualidade necessária a transações comerciais ou bancárias.  

Mas sobre isso algo mudou!! 

Em Junho de 2022 foi noticiado que Redes 5G podem transmitir energia elétrica, e no futuro, poderão tornar inútil o uso de baterias.

Cientistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA, descobriram que essas redes são capazes de transmitir energia elétrica sem fio, o que poderia eliminar a necessidade das baterias que hoje alimentam todo tipo de dispositivos, como celulares, notebooks e relógios inteligentes. 

Seria como se a energia estivesse ao nosso redor e pudesse abastecer tudo o que se alimenta da rede 5G como dispositivos móveis, sensores, equipamentos de telemedicina e uma lista interminável de aparelhos que não precisariam mais de tomadas nem, principalmente, de baterias. (materia jornalistica).  Ao lado uma Torre de Tesla.

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Implantes cerebrais

E existe outra empresa também ligada a Musk, chamada Neuralink, que anunciou, após testes com animais, que está pronta para iniciar testes com implantes cerebrais, em humanos. O objetivo declarado é restaurar a funcionalidade do cérebro de pessoas com problemas, mas o potencial vai além disso.

Além de aplicações médicas, existe um segmento social que anseia por modificações corporais e neuro-interfaces, e que agora pode sonhar com algo de verdade neste sentido.

O implante será um chip, do tamanho de uma moeda, que terá bateria, conectividade bluetooth e wifi, além de fios extremamente finos para ligação com os neurônios.  

Dá pra imaginar interfaces neurais com conexão em tempo integral, como os celulares hoje, em redes de alta velocidade por satélites, disponíveis em todos os lugares do Mundo, comandadas por computação quântica e Inteligência artificial, ligadas a nossos cérebros e nos reconhecendo por nossos biométricos ou identificação eletrônica? O Potencial vai do Magnifico ao Desastroso.
 
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(Junho/2021) 

O primata conseguiu jogar videogame usando apenas o pensamento graças ao sistema desenvolvido pela Neuralink , que promete fazer uma “interface” entre o cérebro e as máquinas. (Matéria Jornalística)

Chip implantado no cérebro permite escrever com o pensamento
(Junho/2021) 

Um homem tetraplégico, paralisado do pescoço para baixo, foi capaz de gerar letras em uma tela de computador em tempo real ao imaginar estar escrevendo com uma caneta na mão.
 
Cientistas usaram chips implantados no cérebro do paciente para detectar os padrões cerebrais envolvidos na escrita de cada letra. Eletrodos transferiram esses padrões a um algoritmo capaz de ler e traduzir a atividade cerebral – o movimento detectado no cérebro correspondente a uma letra se tornava a versão digitada em uma tela. 

A descrição do experimento realizado com o aparato, um tipo de interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês), foi publicada na revista científica Nature em 12 de maio. (Matéria Jornalística)

(Agosto/2021)

Todos sonhamos com o controle de aparelhos apenas pelo pensamento, sobretudo pessoas que têm deficiências motoras ou paralisia. Embora essas tecnologias ainda estejam bem aquém dos nossos sonhos, é fato que as interfaces cérebro-computador podem fazer muito mais - na verdade, não sabemos os limites da sua aplicação. 

"Apesar dos riscos potenciais, a capacidade de integrar a sofisticação da mente humana com as capacidades da tecnologia moderna constitui uma conquista científica sem precedentes, que está começando a desafiar nossos próprios preconceitos do que é ser humano". (Matéria jornalística) 

(Novembro/2021)

A Boeing recebeu em 03/11/2021, autorização dos Estados Unidos para o projeto de lançar uma rede de satélites que fornecerá serviços de internet do espaço.

A Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, na sigla em inglês) informou em comunicado que havia aprovado uma licença para a gigante aeroespacial "construir, colocar em órbita, e operar uma constelação de satélites" que "fornecerá conexão banda larga e serviços de comunicação para uso residencial, comercial, institucional, governamental, e profissional nos Estados Unidos e no mundo". (Matéria jornalística) 

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Quando a gente une as iniciativas da NeuralinkSynchron, Boeing e outras, com as propostas da Starlink, é impossível não formar um quadro o qual vemos uma tendência para nosso futuro próximo, que aponta para uma tecnologia embarcada no corpo humano, de alcance global e conectada o tempo inteiro.

Ë algo de difícil aceitação por boa parte de nós, que não estamos culturalmente preparados para aceitar tais mudanças tão radicais, mas as mudanças estão batendo a nossa porta e logo haverão multidões ávidas pelos recursos que estas novas tecnologias deverão entregar a seus usuários, como a realidade virtual, telefone cerebral ou música sem fonesa realidade aumentada, além de uma série de facilidades no dia-a-dia, por exemplo  sua casa vai lhe reconhecer, abrir a porta, ligar a TV e por na série que você gosta de ver naquele horário, sem você dizer nada. E também para a aquisição de produtos e serviços, como citado nos exemplos mais acima, do metrô, da transação comercial e tantos outros.

Não é possível afirmar que tais iniciativas levarão a uma marca da besta tecnológica e ligada a um anticristo bíblico, mas é possível afirmar que são iniciativas impressionantes e que revolucionarão muita coisa em nossas vidas.

E também que algumas destas iniciativas representarão o fim total de nossa privacidade, que já anda bem pequena, pois em algum nível, os controladores destes Sistemas, e que poderão ser Governos, Agências, Empresas ou até cyber-terroristas poderão utilizar nossos próprios hábitos e pensamentos, para seus próprios fins e contra nossos interesses.

Existem iniciativas diversas visando o controle de comportamento desde os anos de 1960 com Projetos como o MK Ultra, por exemplo, mas implantes cerebrais trazem estas tentativas a outro patamar.                    

E existem iniciativas diversas visando o registro de pensamentos, tanto com finalidades práticas para controle de equipamentos pelo pensamento, como para registro puro e simples do que se passa na cabeça de indivíduos, como as iniciativas para o registro de sonhos e de sentimentos.

Tudo isso vem acontecendo e aos interessados nestes temas, cabe pesquisar e se manter atualizado, mas sempre com o cuidado de não cair em teorias conspiratórias ou teses fanatizadas. 

LEIA:


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 Metaverso
(Outubro/2021)

Metaverso é a terminologia utilizada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. É um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de "realidade virtual", "realidade aumentada" e "Internet". 

Atualmente, as pessoas interagem acessando sites como plataformas de mídia social ou usando aplicativos de mensagens. A ideia do Metaverso é que ele criará novos espaços online, onde as interações das pessoas poderão ser multidimensionais, com usuários mergulhando no conteúdo digital em vez de simplesmente visualizá-lo como, se de fato, visitassem uma realidade paralela onde basicamente qualquer coisa pode acontecer. 

Abaixo imagem de avatares do OASIS (Ontologically Anthropocentric Sensory Immersive Simulation ou Simulação Imersiva Sensorial Ontologicamente Antropocêntrica), uma realidade virtual onde a maioria das pessoas no contexto do filme "Jogador Nº1", passa boa parte de seu tempo. 

O Metaverso é um mundo 3D virtual compartilhado, ou mundos que são interativos, imersivos e colaborativos. Assim como o universo físico é uma coleção de mundos conectados no espaço, o Metaverso também pode ser considerado um aglomerado de mundos. Em breve, o conceito se tornará uma plataforma que não está vinculada a nenhuma aplicação ou lugar único, digital ou real. É como se criássemos outra realidade e outro mundo que pode ser tão rico quanto o mundo real”. (Matéria jornalística

Por que agora?

Há um enorme entusiasmo entre grandes investidores e empresas de tecnologia, e ninguém quer ficar para trás se esse de fato se mostrar como o futuro da internet. Existe a visão de que, finalmente, a tecnologia e a conectividade avançaram o suficiente para levar a realidade virtual a um outro patamar. (Matéria jornalística

Dispositivo permite sentir dor da realidade virtual na vida real
(Abril/2022)



A empresa também trabalha em experiências menos assombrosas, como capacidades táteis de carinho e peso dentro do Metaverso. (Matéria jornalística

 


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 Implantes e o Aprimoramento Humano

A tecnologia de aperfeiçoamento ou aprimoramento humano (Human enhancement technologies - HET) são técnicas que podem ser utilizadas para o tratamento de doenças ou deficiência, mas também para melhorar as características e capacidades individuais de pessoas sadias.

Trata-se de qualquer tentativa de temporariamente ou permanentemente, superar as limitações do corpo humano, geralmente através do uso da tecnologia, para alterar as características ou capacidades, e até mesmo a alteração das características e capacidades que resultem em algo que vai além da condição natural ou humana.

De acordo com um relatório para o Global Trends 2030 do Conselho Nacional de Inteligência do EUA, o "aperfeiçoamento humano poderá permitir civis e militares trabalharem de forma mais eficiente, ainda mais em ambientes que anteriormente seria impossível faze-lo". 

Descreve também que "futuros implantes de retina podem permitir visão noturna, e neuro-melhoramentos podem oferecer resgate de memórias, e velocidade de pensamento. Neuro-fármacos permitirão que as pessoas mantenham concentração por longos períodos de tempo ou melhorar suas habilidades de aprendizagem. Os sistemas de realidade aumentada podem permitir experiências virtuais do mundo real".

 Transhumanismo

Transhumanismo ou visão transhumanista (Transhumanism) é um movimento filosófico e  intelectual que visa transformar a condição humana com o uso de tecnologias, alcançando as máximas potencialidades em termos de evolução humana, e deixando em segundo plano a evolução biológica. 

Ou seja, aumentando consideravelmente as capacidades intelectuais, físicas e psicológicas humanas, podendo superar limitações humanas fundamentais, levando assim a erradicação do sofrimento causado por doenças e os efeitos do tempo, como envelhecimento e a morte.

Os transumanistas dividem-se basicamente entre “grinders”, que desenvolvem implantes cibernéticos para aprimorar suas capacidades, e os "biólogos" que pesquisam na linha de experimentos genéticos.

Biohacking

Biohacking é uma técnica que busca usar tanto a tecnologia quanto a biologia para formar humanos capazes de elevar seu desempenho corporal ao nível máximo. 

O biohacking tem o objetivo de fazer uma espécie de mapeamento do ser humano para descobrir pontos falhos e melhorá-los, elevando a potência e a capacidade do indivíduo. Biohackers, em sua maioria, se identificam com as ideologias biopunk e transhumanista. 

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Cérebro humano adapta-se para gerenciar uma parte extra do corpo
(Maio/2021)

Será que o fato de termos cinco dedos nas mãos se deve a uma restrição do nosso cérebro, que não conseguiria controlar dedos adicionais? 


Os testes envolveram 20 voluntários, que foram treinados no laboratório e levavam o polegar para casa todos os dias, para testá-lo em tarefas domésticas diárias. Ao todo, cada um dos voluntários usava seus polegares robóticos por duas a seis horas todos os dias.

O grupo principal foi comparado com outro grupo de 10 participantes de controle, que usaram um polegar estático e imóvel, todos executando tarefas de treinamento idênticas.

Os resultados mostraram que o treinamento melhora paulatinamente o controle motor do terceiro polegar, a destreza e a coordenação mão-robô, mesmo quando a carga cognitiva era aumentada ou quando a visão dos voluntários era obstruída. 

O cérebro se adaptou ao novo membro robótico e passou a usá-lo para melhorar as habilidades manuais dos voluntários, mostrando capacidade e habilidade para lidar com um novo membro. (Matéria Jornalistica)


Membros robóticos adicionais são sentidos como parte do próprio corpo
(Julho/2022)

Experimentos demonstraram que os usuários podem de fato sentir os braços robóticos supranumerários como se fossem parte de seu próprio corpo, um fenômeno que os psicólogos chamam de incorporação.  O objetivo dos dispositivos robóticos supranumerários é ampliar as funções do corpo adicionando membros extras, usando sistemas apropriados de interação humano-computador.

Para isso, os membros robóticos supranumerários devem se mover o mais naturalmente possível, assim como os próprios braços e pernas do usuário.

Supranumerário, neste caso, designa um robô que tem um número de membros em excesso em relação ao que seria o normal.

Eles comparam o potencial da tecnologia com as pessoas podendo ganhar membros extras, como o Dr. Octopus, personagem da  Marvel Comics e inimigo do Homem Aranha. (Matéria Jornalistica)


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(Junho/2023) 

A arte mecânica chega, inteligente e móvel, e na voz. 
A arte pobre, astral, cerebral, ortopédica, celular e intangível chega. 
O desartista chegou! (1972)

Esta previsão  acima, do desenho de Parravicini, me chamou muito a atenção porque em 1972 já era possível ao olhar atento, embora ainda no ramo das possibilidades, conceber maquinas pensantes e com sentimentos. 

Mas conceber Arte realizada por maquinas ou por inteligência artificial é algo extremamente recente. Temos os exemplos cotidianos de filmes usando computação gráfica, e mais recentemente temos a Arte digital, e os NFTs. 

Só que em 2023, a inteligência artificial escreve Contos e Poemas ou Teses de doutorado, se preferir. A IA pode substituir o rosto e emular a voz de artistas famosos e cantores, e há pelo menos uma Banda, a Eternity, cujo as 11 integrantes são personagens virtuais, avatares criados com inteligência artificial, que cantam, dançam e interagem com os fãs. 

A IA cria Desenhos, Quadros e Fotografias praticamente impossíveis de se distinguir das feitas por humanos, e em 1972 isso era absoluta fantasia. Mas Parravicini, quase que para provocar quem leria seu texto no futuro, usa as palavras "móvel" e "celular" na frase. 

Visite o texto sobre Benjamin Solari y Parravicini, para ver outros desenhos proféticos dele sobre Inteligência artificial, robôs e transhumanismo.  E muito mais.  



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 Implantes para uso médico


A disseminação do implante de chips em pessoas para uso médico ocorreu a partir de outubro de 2004, quando a FDA (Food and Drug Administration), agência que regula o uso de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, liberou o implante de transponders em seres humanos para essa finalidade. 

Após ser implantado, o chip pode ser lido por um dispositivo de varredura (scanner), independente da vontade do portador, que identifica o código do portador e permite acesso através da Internet a um banco de dados mantido pela empresa contratada, que armazena toda a ficha médica das pessoas cadastradas, contendo, por exemplo, tipo sangüíneo, tipos de doenças anteriores já apresentadas e tratamentos ministrados, entre outras informações.

Implantes também tem sido usados para rastrear pacientes com alzheimer via GPS, que se perdem de suas casas e de parentes, devido a perda da memoria. 

Doenças crônicas ou graves, como diabetes, pressão alta, cardiopatias e mesmo o câncer, podem ser monitoradas remotamente através de implantes. 

Há também o desenvolvimento de micro robôs para  circulação na corrente sanguínea e digestiva, visando reparar, monitorar e examinar órgãos internos. Também para distribuir medicamentos e realizar reparos a nível celular com nano robôs.

Outras áreas muito importantes para a Medicina eletrônica, envolvem os esforços no desenvolvimento de próteses com comando cerebral, órgãos artificiais e medicina remota, com telepresença através de holográficarobos cirurgioes.



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Projeto de Lei pretende acabar com o dinheiro físico no Brasil, 
no prazo de 5 anos a partir de sua aprovação


Um projeto de lei na Câmara dos Deputados quer estabelecer uma missão quase impossível para o Brasil: acabar com o dinheiro em espécie e migrar o país para pagamentos por meio digital, incluindo cartões de crédito, débito e aproximação, em até cinco anos. Nesse prazo, seriam extintas todas as cédulas do real.

A idéia alegada para justificar o PL 48/2015, é que a corrupção, lavagem de dinheiro e o tráfico de drogas “ficarão quase impossíveis”. 

Crimes como assaltos a bancos e arrombamentos de caixas eletrônicos seriam eliminados, e a sonegação de impostos “iria ser drasticamente reduzida” porque toda transação financeira poderia ser rastreada.

De acordo com o projeto de lei, a produção, circulação e uso de dinheiro em espécie seria proibida em duas fases: cédulas de R$ 50,00 ou mais, seriam extintas em até um ano; cédulas abaixo desse valor sairiam de circulação em até 5 anos. O papel-moeda seria permitido “para fins de registro histórico”.

A Casa da Moeda continuaria existindo, mas com a finalidade de criar “mecanismos tecnológicos para a transação financeira e de sistemas digitais”. Ela também ficaria encarregada de imprimir selos postais e títulos da dívida pública federal.

status atual do PL 48/2015 é que está "Aguardando Parecer do Relator na Comissão de Finanças e Tributação (CFT)".

Segundo o World Payments Report, o Brasil é o quarto maior mercado do Mundo, a realizar transações sem dinheiro. Ficamos atrás dos EUA, da Europa continental e da China. (Matéria Jornalística)

Banco Central do Brasil divulga as diretrizes do real digital e prevê ter 
condições para implementação em até 3 anos 
(Maio/2021) 

O Banco Central do Brasil avalia que será possível ter as condições necessárias para o lançamento do real digital em até três anos, informou nesta segunda-feira (24/05/2021) o coordenador dos trabalhos sobre a moeda digital da instituição, Fabio Araujo. 

De acordo com o BC, o real digital será uma “extensão” da moeda física, que ficará guardada (custodiada) nos bancos e instituições de pagamento. O real digital terá foco em novas tecnologias, como a chamada “internet das coisas” – evolução tecnológica que conectará mais objetos à internet – e os contratos inteligentes (que garantem a segurança da execução do acordo, usando, para isso, a tecnologia blockchain).

"A gente não espera que o real digital acabe com o real físico e nem com os depósitos bancários. Vai conviver, vai ser mais uma opção ao usuário", declarou Araujo, do BC. (Matéria Jornalística)

A dependência do dinheiro “físico” deve diminuir exponencialmente nos próximos anos  

(Janeiro/2021)

Segundo o World Payments Report, o Brasil é o quarto maior mercado a realizar transações sem dinheiro em espécie: ficamos atrás apenas dos Estados Unidos, da Europa continental e da China. (Matéria jornalistica)

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Governos começam a criar moedas digitais (GovCoins)
(Maio/2021)


perturbação menos notada na fronteira entre tecnologia e finanças pode acabar sendo a mais revolucionária: governos criando moedas digitais, o que tem o objetivo de permitir às pessoas depositar fundos diretamente por meio de um banco central, evitando os credores convencionais.

Esses “govcoins” prometem fazer as finanças funcionarem melhor, mas também retiram o poder de indivíduos e o concedem a Estados, alteram a geopolítica e mudam a maneira como o capital é alocado. 

Elas vêm com uma pegadinha, porque centralizariam o poder no Estado, no lugar de distribuí-lo por redes ou entregá-lo a monopólios privados. A ideia por trás delas é simples. 

Em vez de manter uma conta corrente em um banco, faríamos isso diretamente em um banco central.   (Matéria Jornalística)

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O Estado brasileiro possui cadastros com variadas informações sobre seus cidadãos, e isso aumentou ainda mais partir do implemento do E-Social e com o PIX.

O potencial de coleta de dados do Estado brasileiro sobre seus cidadãos, abrange dados pessoais, profissionais, perfil socioeconômico, propriedades, parentescos, dados financeiros, histórico de consumo e em alguns casos, histórico médico e outros dados.

E estes dados, inexplicavelmente, as vezes vazam para o Mercado através de roubos eletrônicos realizados nas estruturas de dados do Governo Federal. 

Houve um grande roubo de nossos dados, divulgado em Janeiro/2021, que liberou informações sobre mais de 200 milhões de brasileiros.  Este roubo de dados é considerado o maior da história do Brasil, e foi nominado de o "Vazamento de dados do fim do mundo". 

Os hackers categorizaram as informações para venda em 37 sessões. 

São elas: Básico simples; Básico completo; E-mail; Telefone; Endereço; Mosaic (um serviço oferecido pelo Serasa); Ocupação; Score de crédito; Registro geral; Título de eleitor; Escolaridade; Empresarial; Receita Federal; Classe social; Estado civil; Emprego; Afinidade; Modelo analítico; Poder aquisitivo; Fotos de rostos; Servidores públicos; Cheques sem fundos; Devedores; Bolsa Família; Universitários; Conselhos; Domicílios; Vínculos; LinkedIn; Salário; Renda; Óbitos; IRPF; INSS; FGTS; CNS; NIS e PIS.

A maioria dos dados são de 2019, mas também há informações de 2017, 2018 e 2020.

O atual Presidente do Brasil,  Jair Bolsonaro, e os ministros do STF, a Suprema Corte do Brasil, estão com seus dados à venda na internet e depois de vários dias, em Fevereiro/2021, a Policia Federal brasileira abriu uma investigação sobre o assunto.

(Fevereiro/2021)

Em Fevereiro de 2021, menos de 1 mês depois do "Vazamento de dados do fim do mundo", o laboratório dfndr lab, da empresa de cibersegurança PSaferevelou outro megavazamento de dados no Brasil 

Desta vez, 102 milhões de contas de celular tiveram suas informações expostas na dark web. Dentre as informações, estão número de celular, nome completo do assinante da linha e endereço. (Matéria Jornalística)


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