O verdadeiro objetivo do conhecimento profético se alcança apenas pela reforma interior, e não pelo conhecimento acumulado em si mesmo.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Exoteologia - outros aspectos - Budismo


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Não deixe de ler o post inicial sobre EXOTEOLOGIA.



O Budismo aceita a existência de seres sobrenaturais, mas não confere nenhum poder especial de criação, salvação ou julgamento à esses seres, não compartilhando da noção de Deus comum à maioria das religiões.

O Budismo foi fundado na Índia, no século 6 AC., por um homem chamado Sidartha Gautama.

Tornou-se o Buda, que é um título que significa “aquele que sabe”, “aquele que despertou” ou ainda “aquele que é plenamente iluminado”. O despertar, ou iluminação, é o estado mais elevado de virtude e sabedoria, segundo o Budismo.

Sidarta, o Buda


Sidartha foi um rico principe que confrontado com a doença e a morte, dedicou-se ao próprio aperfeiçoamento na busca do conhecimento que possibilitasse romper com o ciclo de dor e sofrimento de toda a humanidade. E após longos anos teve o que se chama de Iluminação, compreendendo a verdade suprema do Universo e alcançando profunda visão dos caminhos da vida humana.

Ele ensinou basicamente, que todos os seres vivos possuem Natureza Búdica idêntica e são capazes de atingir a iluminação através da prática. .

No Budismo não existe o conceito de "pecado original" porque todos os seres têm o potencial de atingir o despertar. Se todos os seres vivos têm o potencial de tornar-se iluminados, são todos possíveis Budas, e esta transformação deve-se a uma série de atitudes e da compreensão do que nos cerca e como são os mecanismos que regem nossas vidas.

Este conjunto de conhecimentos chama-se "Caminho do Meio" ou "Dharma".

No Budismo não existem mitos sobre a "criação". Não houve uma "causa primeira", não aconteceu um evento inicial isolado que possa ser rotulado como "a criação". O tempo não tem início nem fim; da mesma forma, os reinos da existência cíclica não têm início nem fim. Todas as coisas surgiram de suas próprias causas e condições e estão sujeitas à cessação de acordo com essas mesmas causas e condições.

E nem haverá um evento final que possa ser chamado de "o fim do mundo". O conceito mais próximo disso no Budismo é chamado de (teoria da) Era Mappou.

Map(matsu) significa final ou término e po(hou) Dharma, portanto FIM DO DHARMA.

O Budismo não se atem ao fim do mundo como matéria, mais sim em relação ao mundo e seus seres como distantes da Lei Universal (Dharma, conteúdo da iluminação), à uma era caracterizada pelo crepúsculo do Dharma, onde os ensinamentos, sua prática e efeitos se ocultariam devido à ignorância dos seres quanto a Lei Universal.

Até mesmo esta Era Mappou pode ser considerada um tipo de profecia em relação à teoria dos tempos. Porém, como as características desta era vêm mais o âmbito da hipótese para a realidade.

Referindo-se ao fim do mundo como matéria que inclui seus viventes, o Budismo cita o Ciclo dos 4 kou (quatro kalpas - medida de tempo budista – de transformação) ou seja: Formação, Vida, Destruição e Vacuidade (Jyoukou, Jyuukou, Ekou, kuugou). A teoria é baseada no fato de que toda matéria se transforma e a Terra, como uma dessas , também sofre transformações, porém, após o período da vacuidade, como o nome "ciclo" já sugere, tudo se refaz, não tendo assim o Mundo e Universo como algo infinito, mas contínuo e eterno.

A cosmologia budista considera que o Universo é composto por vários sistemas mundiais, sendo que cada um destes possui um ciclo de nascimento, desenvolvimento e declínio, que dura bilhões de anos. Num sistema mundial existem seis reinos que por sua vez incluem vários níveis, num total de trinta e um.

Este conceito (em seus pormenores) se aproxima do atual conceito do Multiverso (Multiplos Universos ou Universos Paralelos), o qual afirma haverem vários Universos coexistindo em diferentes planos da realidade.


Os universos paralelos realmente existem?
Algumas teorias matemáticas e físicas dão base para tal possibilidade.
O Budismo também !!




O reino dos infernos situa-se na parte inferior. A concepção do inferno budista é diferente da concepção cristã, na medida em que o inferno não é um lugar de permanência eterna nem o renascimento nesse local é o resultado de um castigo divino; os seres que habitam no inferno libertam-se dele assim que o mau karma que os conduziu ali se esgota.

Acima do reino dos infernos encontra-se o reino animal, o único dos vários reinos perceptível aos humanos, além de seu próprio.

Acima deste encontra-se o mundo dos espíritos ávidos ou fantasmas (Preta). Os seres que nele vivem sentem constantemente sede ou fome sem nunca terem estas necessidades saciadas.

O reino seguinte é o dos Asura (termo traduzido como "Titãs" ou dos antideuses). Os seus habitantes ali nasceram em resultado de ações positivas realizadas com um sentimento de inveja e competição e vivem em guerra constante com os deuses.

O quinto reino é o dos seres humanos. É considerado como um reino de nascimento desejável, mas ao mesmo tempo difícil. A vida enquanto humano é vista como uma via intermédia nesta cosmologia, sendo caracterizada pela alternância das alegrias e dos sofrimentos, o que de acordo com a perspectiva budista favorece a tomada de consciência.

O último reino é o dos deuses (Devas ou TenBu) e é composto por vários níveis ou residências. Nos níveis mais próximos do reino humano vivem seres que devido à prática de boas ações levam uma ação harmoniosa. Os níveis situados entre o vigésimo terceiro e o vigésimo sétimo são denominados como "Residências Ruras", sendo habitadas por seres que se encontram perto de atingir a iluminação e não voltarão a renascer como humanos.

Devas é originalmente um conceito hindu, como um termo que designa no hinduismo algo como "criatura celeste" ou "espírito".

A designação abrange um grande número de criaturas, algumas corpóreas e outras não, algumas superiores e outros inferiores aos humanos, mas todas habitando reinos diferentes dos humanos, cada qual de acordo com sua própria natureza. Elementais por exemplo, seriam uma forma de Deva, e até mesmo anjos podem ser considerados Devas.

Alguns consideram que é principalmente o conceito de Devas que se aproxima bastante da admissão de seres extraterrestres. Não há UMA interpretação plenamente aceita sobre isso, mas a verdade simples de se apurar é que o Budismo afirma que o Universo está recheado de vida, inclusive corpórea, em vários níveis de existência.

A Terra não é o único mundo de seres da cosmologia budista.

Há incontáveis universos em diferentes planos de existência, isto é, em diferentes estágios de desenvolvimento (espiritual). Alguns são mais elevados que nós e alguns são inferiores, mais ou menos como descrito no Kardecismo.



OBSERVAÇÃO :

DEUS é um conceito que não existe no Budismo !!
Isso é correto ? Um "olhar rápido" diz que Sim.

Segundo muitos autores e estudiosos do Budismo, o conceito de um DEUS CRIADOR é inexistente, e de fato, como no Budismo tudo no Universo existe em ciclos infindáveis, a idéia de um CRIADOR perderia um tanto o sentido.
Mas esta é uma resposta simplificada, e não exatamente o entendimento correto.

O Buda, muito longe de negar que havia um Absoluto, garantiu que aqueles que alcançassem a iluminação deveriam se fundir com Isso e assim perceber a Realidade em oposição ao mundo das ilusões e dos fenômenos.

O que ele realmente disse, contudo, que tem levado pessoas a acusarem-no de ateísmo, é que não temos nenhum meio de expressar qualquer coisa sobre Isso.
Palavras pertencem ao universo dos fenômenos e são aplicáveis apenas à ele. Quando alguém vai além dos fenômenos, em direção à Realidade, palavras precisam obrigatoriamente ser deixadas para trás.

Nenhum ensinamento, nenhuma descrição, nenhum pensamento podem expressar o Absoluto -- mas podemos experimentá-lo, se suficientemente evoluídos.


O que Buda combateu foram as numerosas tentativas que foram feitas, estão sendo feitas e continuarão a ser feitas, de dizer que o Absoluto é isso ou aquilo, um Deus pessoal, um Criador, um Deus-Pai. Ele insistentemente recusou responder qualquer pergunta sobre o assunto porque isso era inexprimível em palavras. Ele não iria permitir a seus discípulos imaginar um Absoluto a semelhança deles, como é a tendência do homem em todo lugar. Ele assinalou sutilmente que é melhor se ajustar para tentar alcançar a iluminação e, assim, experimentar o Absoluto por si próprio, em vez de perder tempo tentando ineficazmente falar sobre isso, já que nada que possa ser dito sobre Isso pode ser verdade em absoluto. Palavras iriam inevitavelmente modificá-Lo e moldá-Lo, resultando no máximo em uma aproximação grosseira. Palavras podem ser verdadeiras apenas em certo nível, mas apenas nesse nível, portanto serão apenas verdades relativas.


Assim, como um entendimento que só funciona por meio de palavras pode conter o que não pode ser colocado em palavras? Apenas pela experiência direta.


Se esse fato tivesse sido assimilado, às custas do orgulho humano, teria havido muito menos intolerância, violência e sofrimento cometidos em nome da religião, entre os vários adeptos de seus seus próprios credos; todos afirmando de maneira confiante e dogmática que somente eles receberam a Verdade e que todos os outros estão errados e devem ser salvos de sua ignorância voluntária.



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