O verdadeiro objetivo do conhecimento profético se alcança apenas pela reforma interior, e não pelo conhecimento acumulado em si mesmo.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Exoteologia


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Cabe comentar que falo neste artigo da busca da comprovação da vida exógena, conforme pode ser entendida pela ciência, através de demonstração e fatos. O artigo não versa sobre Ufologia, mas sobre um aspecto dela, e não fala sobre Ufolatria.

Exoteologia é um termo que foi cunhado em português para definir parâmetros de entendimento religioso em futuros contatos com seres extraterrestres, o que é chamado de "extraterrestrial theology".

Conceitualmente, é o exame das conseqüências teológicas advindas do contato com inteligências extraterrestres. Implica também em como compreender possíveis crenças extraterrestres, e em como nossa própria teologia seria afetada face a prova incontestável de vida alienígena.

Fala do reconhecimento de alguns Religiosos de que a vida fora deste Mundo é provável, e que isso não entra em conflito direto com seus textos religiosos, apenas abre uma série de novos esclarecimentos e desafios.

Parte de conceitos primeiramente falados em público na Conferencia dos Bispos da Itália, por volta de 1996 pelo Padre Jesuíta George Coyne, na época diretor do Observatório Astronômico do Vaticano, mas chamou mesmo a atenção quando em 18 de janeiro de 1997, a revista oficial da Conferência dos Bispos da Itália publicou uma entrevista com o padre Piero Coda, um dos mais importantes teólogos do Vaticano.


O Jesuíta Geoge Coyne

ex-Diretor do Observatório do Vaticano


Na entrevista, padre Coda afirmou que "criados por Deus e tendo suas falhas, eles (os extraterrestres) precisam de redenção através das palavras salvadoras de Jesus Cristo". Meses antes da entrevista do padre Coda, outros teólogos do Vaticano declararam ao respeitado jornal Corriere Della Sera que os extraterrestres também devem ser considerados "filhos de Deus".


Padre Piero Coda



No mesmo ano o Vaticano iniciou a construção de um dos mais poderosos observatórios da Terra para ajudar na pesquisa de sistemas solares que possam ter planetas capazes de abrigar vida. O Papa João Paulo II pediu a um grupo de astrônomos de alto nível para procederem a uma busca pela "impressão digital de Deus", ou seja, a denominação que a Igreja encontrou para os fenômenos celestes que por sua complexidade e sutileza reforçariam a onipotência de Deus.


Papa João Paulo II
"a Fé e a razão constituem como que as duas
asas pelas quais o
espírito humano se eleva
para a contemplação da verdade.


Foi DEUS quem colocou no coração do homem
o desejo de
conhecer a verdade e, em última
análise, de O conhecer a Ele,
para que,
conhecendo-O e amando-O, possa chegar
também à
verdade plena sobre si próprio.”

JPII - FIDES ET RATIO


Detalhe do Arizona - EUA
Localizado no Monte Graham, no Arizona, e composto de dois telescópios para proceder à pesquisa de nuvens de poeira e gás que podem formar sistemas planetários, o complexo deverá ser capaz de identificar estrelas e planetas em que hajam condições favoráveis ao desenvolvimento de vida. Um grupo de 10 cientistas que atualmente trabalham no Observatório do Vaticano, em Roma, deverá iniciar a pesquisa, chegando a uma equipe de 20 pessoas, de acordo com a entrada em operação dos equipamentos que estão sendo instalados.





Monte Graham

VATT - Vatican Advanced Technology Telescope



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Esta guinada científica da Igreja não é por acaso

Com um estudo astronômico apurado e poderoso, o Vaticano vê no projeto a possibilidade de evitar erros como os que levaram a confrontos históricos entre as posições religiosas e científicas. As batalhas do passado culminaram com a perseguição a astrônomos famosos como Nicolau Copérnico e Galileu Galilei, que defenderam teorias contrárias à tese de que a Terra era o centro do Universo, como pregava a Igreja.

Para justificar a iniciativa e delinear as tendências teológicas da empreitada, o padre George Coyne, ex-diretor do observatório, disse que "a encarnação de Cristo se aplica a toda atividade humana, incluindo a astronomia."

O Projeto já começa a prever até mesmo reações possíveis diante de temas delicados para a Igreja Católica, como a descoberta de formas de vida extraterrestres, sobretudo no caso de serem inteligentes. Haveria problemas para decidir se a crucificação de Jesus Cristo significaria também a remissão dos pecados para os alienígenas.

O padre Christopher Corbally, jesuíta inglês vice-diretor no Observatório, diz que "se as civilizações fossem descobertas em outros planetas, e se for possível nos comunicarmos, então nós iríamos querer enviar missionários para salvá-los, da mesma maneira como fizemos no passado quando novas terras foram descobertas."

A busca por uma sintonia maior entre a Cristandade e a Ciência parte de um estudo teórico dos astrônomos do Papa que deu origem à "Teologia Especulativa", que permite à Igreja ter grande flexibilidade na maneira como responde a novas descobertas. Há grande preocupação com teorias recentes de que o universo não tem fim nem começo, o que eliminaria a necessidade de um Deus que tivesse criado tudo.

Sob a ótica da "Teologia Especulativa", fenômenos recém descobertos são como "impressões digitais de Deus", que em sua complexidade e sutileza reforçam a onipotência de Deus e não enfraquecem a fé numa força maior.

Em 2001, o então diretor do Observatório Vaticano, George Coyne, disse estar convencido da existência de vida extraterrestre e garante que é "uma loucura" pensar que o homem possa estar só no Universo. "O Universo é tão grande que seria uma loucura pensar que nós somos uma exceção", garantiu hoje, segunda-feira, Coyne em uma entrevista ao jornal milanês Corrieri della Sera, quando destacava que "a cada dia são acumulados novos dados que fazem pensar na possibilidade de formas de vida diferentes às existentes na Terra".

"Quanto mais estudamos os astros, ficamos mais conscientes de nossa ignorância", acrescentou Coyne.

O jesuíta, ex-responsável desde 1978 por um observatório com mais de um século de História e que depende diretamente da Santa Sé, afirmou que a Ciência não destrói a fé, mas a estimula.

Embora admita que hoje em dia não exista evidência científica que prove a existência de vida fora da Terra, Coyne é consciente que esta eventualidade abre para os que acreditam nisso uma inquietante série de incógnitas e "um grande desafio", mas que isso não deve ser considerado um fato "dramático". Nesse sentido, o astrônomo declarou que alguns setores da Igreja consideram negativo debater ou estudar questões que podem fazer a doutrina Católica "tremer um pouco".

No entanto, o padre insistiu em que não existe obrigatoriamente uma contraposição entre as versões sobre a origem do Cosmos que a Bíblia oferece e as versões mais atuais defendidas pela Ciência, como a do "Big bang". Segundo Coyne, nem as Sagradas Escrituras nem a Teologia se aprofundam em como Deus criou o Universo, mas compete aos cientistas e a sua "curiosidade insaciável" responder as muitas incógnitas que ainda não foram resolvidas, entre elas a possibilidade de formas de vida extraterrestre.

Monsenhor Corrado Balducci, considerado exorcista oficial da Santa Sé e pessoa do círculo de intimidade de Papa João Paulo II, admitiu em um simpósio de Ufologia que é "real a possibilidade de que outras criaturas inteligentes vivam no espaço". Segundo o Monsenhor, a existência de "discos voadores" seria um "sinal inequívoco da graça de Deus".

"A Bíblia não exclui a possibilidade de existência de outros planetas com seres inteligentes e voluntariosos de corpo e alma (...) Uma posição de ceticismo integral está fora de jogo. A religião cristã também se baseia em testemunhos. A existência de outros seres vivos é possível também do ponto de vista teológico: bonun est diffusium suis é um conceito largamente repetido na Bíblia, a criação é a glória divina. E criaturas, ainda que alienigenas, dotadas de inteligência e vontade, podem contribuir difundindo isso. É difícil pensar que a criação pela vontade de Deus tenha se limitado à Terra. A habitabilidade de outros planetas pode ser também desejável. Em um futuro remoto poderiam também servir de ajuda em nosso caminho espiritual. Queríeis que não houvesse outras criaturas que amam o Senhor? O Senhor não teria restringido certamente sua glória a este planeta."

Monsenhor Balducci


Este homem ocupou diversos cargos
importantes na Cúria Romana.


Teólogo, escritor e demonólogo, tinha acesso direto
ao papa João Paulo II, e ocupou dentre
outros cargos o de Diplomata do Vaticano em
Washington, foi Membro da Congragação para a
Defesa da Fé e chegou a ser nomeado
como Exorcista oficial do Vaticano



A ideia de que ele ter sido o Exorcista Oficial pode parecer algo polêmico dentro da estrutura da Igreja, mas é algo normal. Ele FOI o exorcista oficial do Vaticano, um cargo designado e com responsabilidades decorrentes disso.

Em Setembro de 2005 houve a última conferencia de Exorcistas em Roma (+ de 180 participantes), e em Outubro de 2005 o padre Vanderlei Nunes foi nomeado pelo Bispo Nelson Westrup como o exorcista na região do ABC, em São Paulo (Brasil). Estima-se que hajam 30 exorcistas autorizados pelo Vaticano, no Brasil.




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Ainda segundo o Monsenhor, há QUATRO questões que precisam ser entendidas sobre seres extraterrestres :

1) Não são demônios;
2) Não são apenas casos psicológicos corriqueiros;
3) Não são casos de possessões;
4) Estes encontros e a aqueles que os relatam devem ser estudados muito cuidadosamente.


Outro que pode ser citado a respeito é Padre Funes, jesuíta argentino, formado em Astrofísica, além de Teologia. Padre Funes foi colaborador no projeto VATT desde seu início e atualmente é Diretor do Observatório do Vaticano, nomeado por Bento XVI.

Recentemente Funes declarou que "Assim como existe uma multidão de criaturas sobre a terra, pode ser que existam outros seres, igualmente inteligentes, criados por Deus".

Funes também dissertou no Corriere della Sera :

"Em uma típica galáxia com um amontoado de centenas de bilhões de estrelas, poderia haver uma enorme quantidade de planetas como a Terra, com seres vivos como nós. Se, como eu acredito, eles existem, podem ser considerados irmãos da criação. Penso que nos outros planetas do sistema solar existem somente formas muito primitivas, como bactérias ou vírus. As civilizações evoluídas estão distantes, por ora invisíveis e inalcançáveis, como os anjos, também eles irmãos da criação."

Em Agosto de 2011, Padre Funes esteve no Rio de Janeiro, para participar do Workshop “The Evolving Universe” (O Universo em Evolução), promovido pela PUC-RJ e a Fundação Planetário Rio de Janeiro, ocorrido entre os dias 15 e 19 daquele mês. 

E ele não perdeu a oportunidade de reafirmar aos meios de comunicação brasileiros, suas declarações anteriores sobre a possibilidade de vida fora da Terra, e sobre os esforços da Igreja nesta busca. 

Tive a grata satisfação de conhecê-lo, em breve contato, em um restaurante em Botafogo, no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto, por ocasião desta sua visita ao Brasil.

Também tive a grata satisfação de conhecer a Dra. Duília de Mello, astrônoma e astrofísica brasileira de reconhecimento internacional, que foi simpática e acessível ao tema Exoteologia, e não só me deu total atenção como me apresentou ao Padre Funes.

Em entrevista publicada em 2008 pelo jornal oficioso do Vaticano, L'Osservatore Romano titulada "O extraterrestre é meu irmão", o Diretor do Observatório Vaticano, o sacerdote jesuíta José Gabriel Funes, indicou que acreditar na existência de vida extraterrestre não se opõe necessariamente à doutrina católica.

O Pe. Funes disse que "a astronomia tem um valor profundamente humano. É uma ciência que abre o coração e a mente. Ajuda-nos a colocar na justa perspectiva nossa vida, nossas esperanças, nossos problemas. Neste sentido –e aqui falo como sacerdote e como jesuíta– é também um grande instrumento apostólico que pode aproximar de Deus", explica na entrevista realizada por Francesco M. Valiante.

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ANGLICANOS

O jornal inglês The Sunday Times publicou em 1998 os resultados de uma pesquisa feita com bispos anglicanos britânicos. Resultado: 95% deles acreditam na possibilidade de vida em outros mundos e 74% afirmam acreditar que essa vida possa ser inteligente. A maioria dos bispos pesquisados, segundo o Sunday Times, concorda em que a descoberta de vida alienígena irá exigir reestudos das doutrinas mais tradicionais. Além desses resultados significativos, a pesquisa revela opiniões muito interessantes de alguns bispos a respeito do assunto.

Henry Richmond, por exemplo, bispo de Repton, diz: "Formas de vida alienígena podem realmente existir. Eu gostaria de acreditar que os ETs são semelhantes aos humanos, mas precisamos adaptar nossas idéias e reconhecer que os pequenos homens verdes são uma outra forma de vida inteligente e que não a devemos temer."

Michael Turnbull, bispo de Durham, considera a descoberta de vida em outros mundos uma "força positiva", embora ele coloque em discussão o dogma de que o homem é único no cosmos: "Deus criou toda a vida. Se for possível entrar em contato com vida em outros planetas, isso abriria nossas próprias vidas para as grandes maravilhas da criação de Deus."

Em resposta à pergunta se Deus poderia ter visitado pessoalmente outros mundos, Mark Green, bispo assistente de Chichester respondeu: "Eu não ficaria chocado se isso tiver acontecido. Se ele tem crianças em diferente planetas, ele as deve ter visitado, do mesmo modo que um pai visitaria seus filhos em diferentes partes do país."

Lindsay Urwin, bispo de Horsham, afirmou: "A religião nunca olhou simplesmente para a Terra para ensinar a respeito de Deus. A Bíblia diz que o céu proclama a glória de Deus e eu diria que tudo o que existe lá em cima proclama a glória de Deus."

Já o bispo de Knaresborough, Frank Weston, afirmou: "Estou feliz com um universo em expansão e alegre com a idéia de outros universos além do nosso. Deus é um criador Todo-Poderoso e nós não podemos limitar sua criatividade. É preciso existir vida sob outras formas. Estou bastante excitado com essa idéia."


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ASPECTOS

Existem alguns aspectos que podemos considerar relevantes dentro da exoteologia, e que dão margem a uma série de outros questionamentos.


A) DEUS.

Raças extraterrestres teriam o conceito de DEUS ? Ou ainda como levar até eles este conceito ?


B) Superioridade extraterrestre.
A possibilidade de contato com seres intelectualmente, culturalmente, geneticamente, tecnologicamente e espiritualmente superiores. Como lidar com estas questões e suas implicações nas Religiões e modo de vida na Terra?

C) Missão espiritual de ETs.
Considerando os contatos esporádicos (mas ainda não comprovados indiscutivelmente até o momento), estariam os ets em algum tipo de “missão espiritual”? Outro desdobramento desta questão é sobre as visões de extraterrestres luminosos ou não-corpóreos tem levado alguns homens a considerá-los semi-deuses. Haveria veneração a estes seres em caso de contato pleno?

D) ETs e sua interferência no desenvolvimento humano.
A evolução humana, em algum momento do passado remoto, teria tido interferência direta de extraterrestres ? Então como encaixar DEUS neste processo ?

E) Pecado e a existência do Mal.
Teriam extraterrestres estes conceitos ?

F) Jesus.
A salvação de Jesus, que se sacrificou pela humanidade, vale também para todos os demais seres inteligentes no Universo ? E outros inspiradores de Religiões globais, como Muhammad ou Sidarta (Buda), como se encaixariam neste contexto ?


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BUSCA


A ufologia e consequentemente a busca por vida extraterrestre seriamente estudada não pode ser considerada contrária a cristianismo ou a qualquer outra Religião, e isso aos poucos vem sendo compreendido. Sabemos que o futuro e eventual contato com outras civilizações trará mudanças profundas em nosso Mundo, e como tudo mais, nossos sistemas de valores religiosos serão de alguma forma afetados. Mas não invalidados.

Assim como nós deveremos ser afetados por novos conceitos e conhecimentos, nossos “visitantes” também o serão, e novas formas de entendimento da Vida, do Universo e consequentemente de toda a CRIAÇÃO advirão disso.

A diversidade da vida no Universo ENGRANDECE A OBRA DE DEUS, e não a diminui !!

Conceber que somos a única forma de vida no Universo, como alguns ainda defendem nos dias de hoje, é pretensão sem lógica diante das evidências científicas de que já dispomos. E ainda não haja provas contundentes, isso é apenas questão de tempo e quem sabe, ainda no tempo de nossas vidas, estas provas surgirão evidenciando que a vida é um processo muito mais amplo do que contido em nossa pequena bioesfera.

Somos parte da CRIAÇÃO, e quão reconfortante acabará sendo nos reconhecermos como parte de uma imensa humanidade, representada por variadas formas de vida, em múltiplos Mundos habitados pelo Universo.







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