O verdadeiro objetivo do conhecimento profético se alcança apenas pela reforma interior, e não pelo conhecimento acumulado em si mesmo.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Exoteologia - outros aspectos - Judaísmo


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Não deixe de ler o post inicial sobre EXOTEOLOGIA.

Embora algumas pessoas e denominações religosas insistam em afirmar que a vida na Terra é uma ocorrência única no Universo, cada vez mais estudiosos das Religiões, Teólogos, Rabis, Monges, Imãs e tantos outros de tantas Religiões, tem um entendimento contrário.

Para estes a vida é um processo Universal, e que expande os horizontes da Criação.

Algumas denominações e suas lideranças insistem em falar de coisas absurdas, atribuindo relatos de óvnis a “enganações do diabo”, e afirmando que “ets são demônios” e quem os viu estava na verdade “possuído”.

Mas existem evidências em muitas religiões de que há vida fora deste Mundo, e esta seqüência vai tentar dar uma breve visão da questão da vida extraterrestre, pela ótica de algumas das mais influentes Religiões do Mundo, baseadas em seus próprios escritos.

Antes de continuar, cabe lembrar que a existência de planetas extra-solares só foi comprovada há 12 anos, mas alguns destes textos, com centenas e mesmo milhares de anos, sugerem isso ou falam sobre isso afirmativamente.


JUDAÍSMO

No Talmud Berachot 32b, é dito (tradução livre) :

“A congregação de Israel lamentava-se de que DEUS a teria esquecido, então ELE teria lhe respondido : Minha filha (a congregação), 12 Mazalot EU criei no firmamento, e para cada uma delas criei 30 Chayil, e para uma delas criei 30 Ligyon, e para uma delas criei 30 Rachton, e para uma delas criei 30 Kraton e para uma delas criei 30 Gastra, e para cada Gastra EU coloquei 365 mil vezes 10 mil estrelas, correspondentes a cada dia do ano solar, e todas elas foram criadas apenas para seu Bem. E você (povo de Israel) ainda diz “Você tem me esquecido e me abandonado ?”


O termo Mazalot significa Constelações ou casas zodiacais. Já os termos Chayil, Ligyon, Rachton, Kraton e Gastra são termos de formação militar, a maneira como um exército é organizado, certamente na tentativa de designar uma ordem, uma hierarquia na organização do Universo. Então por exemplo, Mazalot é algo como um Batalhão, Chayil é algo como pelotão, Ligyon representa legião, e etc... .

Podemos notar algumas coisas interessantes, como por exemplo o próprio conceito do ano com 365 dias, a divisão em 12 meses e também a existência de 12 casas zodiacais. O número 12 também representa o número de Apóstolos de Cristo.

Mas há outra questão ainda mais interessante :
12 x 30 x 30 x 30 x 30 x 30 x 3.650.000.000 = 1.064.340.000.000.000.000

Este incrível número que representaria o número de estrelas no Universo, é representado por 10 a 18 , sendo que os astrônomos atuais consideram que existam 10 a 22 estrelas. Então como o Talmud pode expressar, indiretamente, um número tão "próximo" da moderna astronomia ?!

E por este pequeno trecho do Talmud podemos deduzir duas coisas :

- que existe a admissão de que existem centenas de bilhões de sóis pelo Universo;
- que há a sugestão de que todo o Universo foi criado em função do Homem.

Se o texto admite que existem bilhões e bilhões de estrelas, não seria correto pensar sobre a existência de planetas em volta de algumas destas estrelas ? Será que se pode mesmo considerar que toda a Criação foi realizada apenas para o homem e seu minúsculo Planeta ?



Talmud
O Talmud é uma obra que compila discussões rabínicas
sobre leis judaicas, tradições, costumes, lendas e histórias.

É um livro de comentários das tradições judaicas a partir
das leis compiladas na Torá (Pentateuco) e na Mishná.

A Mishná foi redigido pelos mestres chamados Tannaim
ou Tanaítas (Tana no singular), termo que deriva da
palavra hebraica que significa ensinar ou transmitir (uma tradição).

Os Tanaítas viveram entre o século I e o III dC.

A primeira codificação do Talmud é atribuída a
Rabi Akivá (50–130), e uma segunda, a
Rabi Meir (entre 130 e 160 dC), ambas versões
foram escritas nos idiomas aramaico e hebraico.


Mas os escritos judaicos são ainda mais curiosos, explicando que existem formas de vida ou existência, além das humanas.

“Tudo o que o Santo, Bendito é Ele, criara em Seu mundo - divide-se em três categorias: deles há que são compostos de matéria e forma - e estes vêm a existir e perdem sua existência continuamente, como é o caso do corpo humano, dos animais, vegetais e metais. Outros há que são compostos de matéria e forma, porém não mudam de um corpo para outro, ou de uma forma para outra, como os primeiros, sendo sua forma permanente em sua matéria para sempre, sem que haja neles câmbio como nestes: são as constelações e os astros que nelas se encontram, sem que seja sua matéria como a comum, nem suas formas como as demais. Outros há que foram criados forma sem matéria - que são os anjos, que não são nem corpo, nem forma de corpo, senão formas separadas umas das outras. ... Mas, como separam-se estas formas umas das outras, se não são corpos? - por não serem equivalentes em sua existência, sendo um abaixo do grau de seu semelhante, proveniente da força de seu antecessor, sendo todos provenientes do poder do Santo, Bendito é Ele, e de Sua bondade. ... A mudança dos nomes dos anjos é de acordo com suas graduações, pelo que são chamados ĥaiôt ha-qôdech, são os que encontram-se sobre todos os demais; ofanim, arelim, ĥachmalim, serafim, malakhim, elohim, benê-elohim, keruvim, e ichim. Todos os dez nomes que por eles foram chamados os anjos, são relacionados aos dez graus de elevações nas quais se acham. ... Todas estas formas são vivas e conhecem ao Criador, conhecendo-o por um conhecimento elevadíssimo, cada uma de acordo com seu grau, não segundo sua grandeza. Assim é [desde o mais elevado grau] até o décimo. Mesmo o primeiro grau [de cima para baixo] não atinge o conhecimento pleno do que é o Criador, sendo sua capacidade pequena para tanto.”


Por estes trechos, será que podemos admitir uma hierarquização das formas de vida e de consciências no Universo, e a sugestão de que o próprio Universo é hierarquizado ?

Alguns consideram que sim, e que isto devidamente interpretado pode ser um sinal de que o Universo fervilha de vida, ainda que diferente da nossa e em variados graus de consciência de sí próprios, de todo o restante e de DEUS.


E os textos seguem :

“As esferas astrais - são os chamados céus e firmamento, e zevul e 'aravôt - e são, ao todo, nove. A mais próxima a nós é a da lua, sendo a segunda, [logo] acima desta, a esfera na qual encontra-se mercúrio, a terceira após - a esfera na qual acha-se vênus. Na quarta Esfera - está plutão, na quinta - marte; na sexta, júpiter; na sétima - saturno; na oitava, todos as demais astros que se vêem no firmamento. No nono círculo, é o que que todos os dias volta do oriente para o ocidente. É a que está em torno de tudo e circunda a tudo. Quanto ao vermos todos os astros como que se estivessem na mesma esfera, apesar de haver entre eles alguns mais acima que outros, dá-se pelo fato de serem os astros puros e límpidos como o vidro ou como a safira, pelo que são vistos os astros que se encontram na oitava esfera como se estivessem abaixo da primeira. Cada uma das oito esferas nas quais se acham os astros subdividem-se em várias esferas - uma acima da outra, assemelhando-se aos invólucros das cebolas, algumas delas movimentam-se-se do oriente para o ocidente; outras, do ocidente para o oriente. Entre elas, contudo, não há espaço vazio”.
Neste ponto temos claramente dito que os astros, embora pareçam estar em um mesmo plano, estão em plano diferentes, distâncias diferentes, o que nos traz a noção de amplidão do Universo. E o texto traz um conceito que só desenvolvido nos séculos 16 e 17 por Kepler e Newton, a Lei da Gravitação, afirmando que os objetos estão realizando movimentos uns em torno dos outros, em harmonia.


Kepler e Newton


descobriram ou REdescobriram algo que a sabedoria
antiga já conhecia ?



“Todas estas esferas contornam o mundo todo, sendo elas arredondadas como uma bola, e o [Planeta] Terra em seu centro pendente. Possuem alguns dentre os astros pequenas esferas nas quais se fixam. Tais esferas não circundam a Terra, senão giram em torno de [outra] esfera pequena que não se move em torno de nada, fixando-se numa maior que, [por sua vez,] é envolvente. .. De todos os astros visíveis - há alguns que são pequenos, sendo a Terra maior que cada um deles; outros, qualquer deles é maior que a Terra várias vezes.”

Mais uma vez surpreende o texto ao afirmar que a Terra e todos os demais planetas são REDONDOS, algo que só foi definitivamente provado no ocidente por volta do Século 16. E afirma que existem satélites naturais em torno de outros corpos celestes, bem como que alguns planetas são maiores que o nosso, enquanto outros são menores.

Tudo isso parece muito óbvio para nós atualmente, mas isso foi escrito há milhares de anos, cabe sempre lembrar.
E outro conceito que poderíamos chamar de “moderno” é o conceito de que tais corpos celestes são entes vivos. Algo como a Teoria de Gaia, que ainda é alvo de controvérsias.

“Todos os astros são possuidores de alma, auto-comportamento e intelecto, possuem vida própria, subsistem e conhecem a Àquele que proferiu e o mundo se fez, cada um de acordo com sua grandeza e seu grau de elevação louvam e enaltecem a seu Formador, assim como os anjos.”

Isso não é, por si só, a admissão de que há vida fora deste Mundo ?


No texto Talmudico, Avoda Zara 3b, explica-se dentre outras coisas que “DEUS Governa 18 mil Mundos”, e diversos Rabis usam esta citação como uma das possíveis provas de vida extraterrestre.

Se DEUS governa 18 mil Mundos diferentes, certamente é porque estes Mundos necessitam de sua providência, e se isso é necessário, é porque seriam Mundos habitados.

Alguns nomes proeminentes do Judaísmo como o filosofo judeu espanhol, o Rabino Hasdai Crescas, já admitia tal possibilidade há 600 anos atrás. E foi além, pois considerava na verdade que o número de Mundos poderia ser infinito, e que cada Mundo teria ele próprio suas esferas celestiais e infernais.

Mas outros no judaísmo sustentam que tal citação refere-se a Mundos espirituais e não Mundos físicos, e portanto nada provaria com relação a vida fora da Terra. Baseados na afirmação de que DEUS criou todo o Universo em função do Homem, conforme citado mais acima, dizem que isso demonstra que a única forma de vida inteligente no Universo é o Ser Humano. E vão além nesta conclusão, ao dizerem que a existência de tais seres contraria as palavras de DEUS.

Segundo este raciocínio, DEUS criou todo o Universo em função do Homem, ou seja, criou as estrelas para que justamente nosso Mundo pudesse existir. Portanto todo o firmamento existe apenas para que nosso planeta possa existir, e com ele o HOMEM. E encheu a Terra de vida para que esta também viesse a servir o homem. A vida extraterrestre, se existe, não teria nenhuma utilidade para a humanidade e portanto não pode existir; tal fato seria um contra senso.

Entre os que acreditam em vida extraterrestres, há ainda os que sustentam que isso está de acordo com o judaísmo, mas no entanto esta vida não teria livre arbítrio, pois este é um atributo exclusivo do ser humano dentre todas as criaturas do Universo. Então pode até haver vida em outros Mundos, mas resume-se a vida sem inteligência, sem qualquer expressão tecnológica ou muito menos civilização.

Apenas vida nos três níveis básicos, segundo o Zohar : Inanimado, Vegetativo e Animal. O quarto nível, o humano, apenas existiria na Terra.


Sefer ha-Zohar - o Livro do Esplendor


O Zohar, compilação de textos e ensinamentos judeus supostamente escritos durante a perseguição dos romanos após a Diáspora (70 DC), Século II, de autoria do Rabi Shimon bar Yochai, e publicado pela primeira vez no Século 13 pelo escritor Judeu Moses de Leon, diz :

“O Sagrado, Abençoado seja Ele, decidiu preparar suas criaturas para alcançar o nível mais alto, através de um sistema ordenado de quatro níveis, que se desenvolvem um a partir do outro; eles são chamados Inanimado, Vegetativo, Animal e Humano. Este são na realidade os quatro aspectos do "desejo de receber". Embora o propósito último seja o quarto nível do "desejo de receber", é impossível a este quarto aspecto se manifestar de uma só vêz, mas somente pela força dos outros três aspectos que o precedem. A diferença fundamental entre o Homem, no quarto nível, e os animais, no terceiro nível, é a capacidade de sentir.”


Então se tal afirmativa é correta, podemos deduzir que a vida processa-se em níveis de existência ou consciência, começando do mais básico e chegando até o livre-arbítrio.

Mas se é assim, o que impediria que em Mundos de vida nos três níveis mais básicos, que esta vida venha a evoluir até o quarto e último nível, o da consciência ? Dificil responder !!

Mas é ainda mais dificil entender como sábios de tempos tão antigos tinham conhecimento de tantas coisas que só vieram a ser confirmadas muitos Séculos depois.

Teriam eles mesmos recebido tais conhecimentos de outras fontes, que talvez foram originalmente transmitidos por extraterrestres ?


Observação : Quem conhece o kardecismo identificará nesta afirmação algumas coincidências com a Doutrina, não só na questão da vida em evolução com a necessária passagem por estágios anteriores, mas também na admissão de que a vida também se manifesta no estágio mineral ou inanimado.


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