O verdadeiro objetivo do conhecimento profético se alcança apenas pela reforma interior, e não pelo conhecimento acumulado em si mesmo.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Exoteologia - outros aspectos - Islamismo

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Não deixe de ler o post inicial sobre EXOTEOLOGIA.



“Al-Quran” significa “discurso”, “recitação”, e é também chamado de “Kitab Allah” (Livro de ALLAH / Livro de DEUS).

O Alcorão ou Corão está dividido em trinta partes iguais, que são chamadas de juz, em árabe. São 114 sura (ou suratas - capítulos) de tamanhos variados, a mais longa é a Al-Bácara, a Vaca, que consiste de 286 versículos (ou aiat), e a mais curta é Al-Cauçar, a Abundância, de apenas 3 versículos. Todo o Alcorão contém 6.666 versículos, com 336.233 letras. Os capítulos revelados antes da migração do Profeta para Medina são chamados de Meca, e os revelados após a migração, de Medina.

Sua mensagem básica é: crença em um só Deus, crença na ressurreição dos mortos e na felicidade eterna.

A existência de seres espirituais, como anjos ou demônios é plenamente aceita pelo Islam, assim como é parte da imensa maioria das Religiões. Mas o Corão parece ter alguns elementos que podem ser interpretados como sinais de vida extraterrestre.

Al-Quran, Corão ou Alcorão
Segundo o Islam, o Alcorão foi revelado aos
poucos durante um período de 23 anos.
O Profeta Muhammad recebeu a primeira
revelação em 610 d.C., na caverna de Hira,
próximo a cidade de Meca, na Arábia Saudita.


Logo na 1ª Surata (AL-FÁTIHA), DEUS é saudado :
“Louvado seja DEUS, Senhor dos Mundos”
, e mais a frente, na 45ª Surata (AL JÁSSIYA) novamente é dito “Louvado seja Deus, Senhor dos céus, Senhor da Terra, Senhor dos Mundos”.

Na 65ª Surata (AT TALAC) diz-se :
“Deus foi Quem criou sete firmamentos e um número similar de Terras; e Seus desígnios se cumprem, entre eles, para que saibais que Deus é Onipotente e que Deus tudo abrange, com a Sua onisciência.”


O Islam entende que o Universo possui sete céus ou paraísos, e o número sete surge diversas vezes no Corão pois também expressa a perfeição. Outro entendimento da questão sugere que na verdade a menção a “sete céus” não se refere a um número específico, apenas indica multiplicidade. “Vários” seria o melhor entendimento da questão e portanto a citação da Surata afirma que há vários sistemas cósmicos e vários planetas pelo Universo.

Seja qual for o entendimento, a Surata cita “um número similar de Terras”, e neste caso fala mesmo de outras Terras, deixando claro que existem outros planetas, que podemos também interpretar como Mundos similares e capazes de manter vida. Isso é reforçado pois não se usa a palavras “mundos”, mas sim Terras, trazendo o entendimento de que são planetas que suportam vida orgânica como a nossa.

Na 42ª Surata (AX XURA) é dito :
“E entre os Seus sinais está o da criação dos céus e da terra, e de todos os seres que aí disseminou, e poderá congregá-los quando Lhe aprouver.”


A palavra “céus” é escrita originalmente como sama, e este termo pode ser traduzido tanto como céus como por Paraísos. No entanto quando o termo é usado da forma apresentada, “céus e da terra”, representa a idéia de Universo e não de coisas em separado. Representa o TODO.

O termo traduzido como “congrega-los” é escrito originalmente como Jam-'i-him, um termo árabe que representa algo como "vida de todos os lugares". O temo Jam apenas, representa uma forma de contato que pode ser físico ou remoto (promovido por alguma forma de comunicação).


Na 16ª Surata (AN NÁHL) :

“Ante Deus se prostra tudo o que há nos céus e na terra, criaturas que se movem (seres vivos) bem como os anjos, que não se ensoberbecem!”


O termo original para “criaturas que se movem” é Dabbatun, e refere-se a qualquer ser corpóreo, capaz de se mover. Portanto a frase refere-se a formas de existência bem distintas, uma material como nós e outra espiritual (os anjos).

Unindo os pontos acima, entende-se que estas palavras estão nos dizendo que há outros Mundos e outras Terras, que existem outros seres no Universo, corpóreos e espirituais, e que todos devem obediência a DEUS.

E sugere que tais seres podem manter intercâmbio direto ou remoto conosco, caso assim DEUS permita, e se podem manter contato conosco, é porque pelo menos alguns deles são inteligentes.


Na 19ª Surata (MARIAM), reafirma :
“Sabei que tudo quanto existe nos céus e na terra comparecerá, como servo, ante o Clemente. Ele já os destacou e os enumerou com exatidão. Cada um deles comparecerá, solitário, ante Ele, no Dia da Ressurreição.”

Na 27ª Surata (AN NAM) é dito :
“Dize: Ninguém, além de Deus, conhece o mistério dos céus e da terra. Eles não se apercebem de quando serão ressuscitados.”


O Corão nos diz que todos no Universo comparecerão como servos ante a DEUS.

O Dia do Julgamento (Quiyamah ou Dia da Ressureição) faz parte do sistema de crenças dos islâmicos, assim como é o Dia do Senhor para os cristãos. Faz parte de um entendimento profético de que haverá um momento no futuro em que todas as criaturas com arbítrio serão chamadas perante DEUS para prestarem contas de seus atos. Assim como é para os cristãos, aqueles que já tiverem morrido serão ressuscitados e julgados.

Isso nos leva a conclusões interessantes, lembrando de que “céus e terra” representa o Universo, e que afirma-se existirem outras Terras.

Seres sem livre arbítrio não tem do que prestar conta perante DEUS, somente seres conscientes de seus atos podem responder por eles.

Se o Julgamento e a Ressurreição são Universais, isso não indica novamente que há vida inteligente também em outros locais do Universo ? Isso pode ser interpretado como uma demonstração de que não só há vida, como há vida inteligente fora deste Mundo.

Voltando a 42ª Surata, “E entre os Seus sinais está o da criação dos céus e da terra, e de todos os seres que aí disseminou, e poderá congregá-los quando Lhe aprouver.”

Não parece sugerir que em algum momento poderá haver o contato entre nós e outros seres criados por DEUS, se assim ELE permitir ?



Já na 55ª SURATA (AR RAHMAN), há uma ordem bastante curiosa : “Ó assembléia de gênios e humanos, se sois capazes de atravessar os limites dos céus e da terra, fazei-o! Porém, não podereis fazê-lo, sem autoridade. Assim, pois, quais das mercês do vosso Senhor desagradeceis?”

Porque DEUS dá uma ordem direta para irmos em direção ao espaço ? Seria agora, no nosso contemporâneo, que se aproxima o momento que “LHE Aprove” de realizar Sua congregação entre "todos os seres que disseminou ?"

De qualquer forma tal ordem tem que ter um propósito, uma razão, pois do contrário não estaria presente, e apenas começamos a cumpri-la pois ainda não dispomos dos meios para avançarmos sobre o Universo e os diversos Mundos que o compõem.

Ainda não temos a tecnologia, mas veja o que é dito na 16ª SURATA (AN NÁHL) :
“E (criou) o cavalo, a mula e o asno para serem cavalgados e para o vosso deleite, e (Ele) ainda criará coisas os quais você não tem conhecimento”.


Novamente parece uma profecia, mas que versa agora sobre futuras formas de viajarmos pelo espaço. Somos nós que devemos ir até a eles, ou ainda, somos nós que temos que mostrar a eles que estamos preparados para recebe-los em nosso Mundo, chegando antes até as estrelas?

Uma questão que corrobora com este entendimento de que somos nós que devemos nos mostrar dignos deste contato, ou mesmo provoca-lo, está na 40ª Surata (GHÁFER), que diz que “Seguramente, a criação dos céus e da terra é mais importante do que a criação do homem; porém, a maioria dos humanos o ignora.”

Então não somos o centro do Universo, somos parte deste Universo e não seu objetivo em sí.
Temos relevância no Todo, mas somos parte de algo maior, o que certamente representa “um tapa” em nosso freqüente sentimento de geocentrismo.

Porque seres de outros Mundos viriam até nós, sem que nos mostremos dignos disso ?

Somos relevantes, somos merecedores da Bondade de DEUS, parte integrante de Sua Criação, mas certamente não somos o centro do Universo.

Assim está escrito.

JINNS
A citação da 55ª SURATA fala também dos “gênios”. Estes não são homens de sabedoria como se pode precipitadamente supor, mas o termo em português refere-se aos JINNS (ou DJINS), seres que também habitam a Terra, segundo o Corão, e que são invisíveis a nós.

O entendimento recorrente do termo é como se fossem gênios das estórias milenares, como em “Alladim e a Lâmpada Maravilhosa”. O gênio seria um Jinn. Não são anjos, nem homens e nem demônios, embora alguns os considerem desta forma, pois seguindo suas tendências podem ser maus e exercerem esta influência sobre os homens. Foram criados pelo fogo antes dos Homens, e como no exemplo acima, por vezes se submetem temporariamente a vontade humana.

Homens foram forjados na água e barro, Jinns no fogo e no ar.

Pessoalmente a melhor analogia que posso fazer sobre eles é que seriam algo como “elementais” descritos em outras correntes de pensamento; seres que são capazes de manipular certas forças da natureza, voluntariamente ou induzidos. Mas deixo claro que este entendimento é pessoal e possivelmente falho.

Os gênios estão submetidos no Corão as mesmas Leis que os homens, também devem reverenciar a DEUS e também podem ser condenados ao Céu ou ao Inferno.

Os Jinns por vezes são tomados como uma evidência de extraterrestres em passagens do Corão, mas a leitura mais atenta revela que são seres que pertencem a este Mundo, pois assim como os homens foram forjados na Terra e são submetidos ao ensinos que DEUS nos enviou através do Profeta, ou seja, as Leis e Ensinos dos livros Bíblicos e Corânicos.

Segundo a tradição islâmica, DEUS enviou ao Mundo 124 mil mensageiros de Sua palavra ao longo das eras, em diferentes povos, em diferentes épocas. Destes mensageiros surgiram livros religiosos como o Torah, a Bíblia (VT) e o próprio Corão, e por isso o Corão agrega vários destes ensinamentos, respeitando e citando personagens como Adão, Moisés, Noé e o próprio Jesus.

Estes ensinamentos foram disseminados tanto para os homens como para os Jinns, e ambos estão submetidos as mesmas “penas” e “alegrias” decorrentes da obediência ou não destes ensinamentos.

O Corão possui uma Surata, a 72ª (AL JIN), dedicada aos Jinns, mas menções a estes seres estão por todo o texto, quase sempre em discursos direcionados, aos homens e aos jinns. Se a palavra é direcionada a este Mundo, só posso supor que os jinns estão neste Mundo. Portanto é um engano atribuir aos Jinns um carater extraterrestre.



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